Bia Figueiredo teve o contrato de patrocínio com a Ipiranga suspenso nessa quinta-feira (25) após ter o nome envolvido em um caso de corrupção na área da saúde do estado do Rio de Janeiro. O marido e o sogro da piloto, Fábio Souza e Juracy Batista, foram presos após a Organização Social de Saúde que comandam, o Instituto dos Lagos Rio, desviar dos cofres públicos mais de R$ 9 milhões entre 2012 e 2019.
“A Ipiranga informa que foi surpreendida com notícias envolvendo o nome da piloto da Stock Car Bia Figueiredo. A empresa esclarece que as práticas citadas nas matérias veiculadas, relacionadas aos familiares da piloto, não representam os valores da sua marca e repudia enfaticamente tais atitudes”, divulgou a Ipiranga, através das redes sociais.
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“Até que os fatos sejam esclarecidos, a Ipiranga informa que decidiu suspender o contrato de patrocínio do piloto. A Ipiranga ressalta ainda que preza pela transparência e ética em todas as suas ações e relações e não compactua com práticas ou atividades que violem leis, as normas e/ou o seu Programa de Compliance”, completa o comunicado da empresa.
A Ipiranga apoia Bia Figueiredo é apoiada pela Ipiranga desde 2010, quando fez a estreia na Indy, categoria da qual fez parte até 2013. Desde 2014, a atleta faz parte do grid da Stock Car, sempre apoiada pela rede de postos de gasolina. Em 2018, a única mulher do grid da categoria brasileira passou a integrar a Ipiranga Racing, se tornando companheira de equipe de Thiago Camilo. Grávida, Bia deveria retornar ao grid apenas no fim do ano.
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Nessa quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro realizou a operação Pagão, cumprindo sete mandatos de prisão e 14 mandatos de busca e apreensão contra 12 pessoas denunciadas por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Os denunciados são todos do Instituto dos Lagos Rio, acusados de desviar mais de R$ 9 milhões de reais.
Entre 2012 e 2019, o instituto recebeu do governo fluminense 649 milhões de reais para administrar unidades de saúde no estado. Porém, o MP entende que houve desvio de parte deste dinheiro. A denúncia afirma que a Lagos Rio sequer poderia assinar contratos de gestão, mas usou atestados técnicos falsos para forjar sua capacitação técnica.
Uma das empresas beneficiadas era a F71, de Juracy e Fábio, que teria repassado para a B3Três, pertencente a Bia, R$ 1.576.000. Segundo a denúncia, a empresa da piloto existe apenas no papel, e oculta a origem dos valores pagos pela F71. Os desvios aconteciam através de pagamentos superfaturados para as empresas para adquirir produtos ou serviços necessários para atendimentos em hospitais e UPAs administrados pela Lagos Rio.
Outros documentos indicam que a F71 repassou dinheiro para a B3Três para que Bia usasse na Stock Car. Além disso, a empresa de Fábio e Juracy bancou parte da festa de casamento de Bia e Fábio, ocorrido em janeiro de 2016.
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