<p>Um dia após a conquista do seu quarto título consecutivo do Campeonato Mundial de Rali – WRC, quando o francês Sébastien Ogier comemorava o tetracampeonato de Pilotos, a Volkswagen Motorsport anunciou oficialmente que abandonaria a categoria. A taça de champanhe virou um balde de água fria.</p>
<p>Poucos dias antes a Audi havia divulgado outra decisão que deixou o mundo do automobilismo muito triste. Após 18 anos e 13 vitórias em Le Mans, a fábrica encerraria seu programa de Le Mans e do Campeonato Mundial de Endurance (WEC).</p>
<p>A Audi faz parte do Grupo Volkswagen, que também tem a Porsche, que por enquanto permanecerá no Mundial de Resistência. A Audi rumou para a Fórmula E, também dará continuidade em seu programa no Campeonato Mundial de Rallycross – WRX. Já a Volkswagen, apesar estar com o novo carro pronto e de ter tornado público em 2015 sua permanência até 2019 no WRC, abandonou o projeto.</p>
<p>A explicação para a decisão que apanhou muita gente de surpresa, divulgada por ambas as equipes, foi a necessidade de concentrar esforços em “novas tecnologias e customer sport”.</p>
<p>Coincidentemente foi no dia de Finados que a Volkswagen anunciou sua decisão drástica. Parece quase impossível dissociar esta repentina desistência de dois importantes programas esportivos do escândalo Dieselgate: um software manipulava as emissões dos motores Diesel da fábrica alemã no momento em que eram sujeitos a testes. Só nos Estados Unidos o prejuízo já é estratosférico, cerca de 15 bilhões de Euros, sem contabilizar o estrago de imagem e outras contas que devem aparecer.</p>
<p>Com estes números, mesmo os custos elevados de uma equipe oficial são uma migalha. Tanto um programa no WRC, como no WEC estão na ordem 300 milhões de euros/ano. Aparentemente manter as marcas e desenvolver tecnologias poluentes não seria politicamente correto neste momento.</p>
<p>O mais lamentável é que nunca veremos o novo Polo R WRC 2017 em ação, apesar dos milhares de quilómetros de testes nas mãos dos pilotos e do veterano Marcus Grönholm. Agora resta saber o que vai acontecer com Sébastien Ogier, Jari-Matti Latvala, Andreas Mikkelsen, seus respectivos navegadores e todos que participavam da estrutura. O mesmo para o pessoal da Audi. O brasileiro Lucas di Grassi já prossegue em sua jornada campeã na Fórmula E.</p>
<p>Sobre Ogier já existem especulações. Como a Citroën, Hyundai e Toyota já haviam anunciado seu programa de pilotos para 2017, a Ford, que é representada pela equipe M-Sport, aparece como o caminho mais fácil. Mas quem não tem interesse em conversar com um tetracampeão do mundo?</p>
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