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Exclusivo: Djalma Fogaça revela planos a 2017

4 Minutos de leitura

  • Publicado: 09/01/2017
  • Atualizado: 09/01/2017 às 1:01
  • Por: Racing

<p><img alt="Em 2017, as pistas seguirão com a rapidez (e irreverência) de Fogaça" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/fogaca-1_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Enquanto o torcedor brasileiro vive a expectativa do retorno de Felipe Massa à Williams caso Valtteri Bottas troque a equipe inglesa pela Mercedes, um grande nome do automobilismo nacional acabou de trilhar, pela segunda vez na carreira, o caminho de desistência da aposentadoria: trata-se de Djalma Fogaça. O sorocabano, que ao início do ano passado anunciou que não correria mais a partir de 2017, deixou a ideia para trás.</p>

<p>“Muita gente pedindo para que eu não parasse pesou”, conta Fogaça, com exclusividade ao <span style="color:#B22222;"><strong>RACING Online</strong></span>. “Da outra vez em que parei (2009), estava desmotivado e cansado. Dessa vez, não: eu me sinto bem guiando. O fato de sentir que ainda guio em alto nível pesou muito e me deixou mal em saber que 2016 estava acabando e não teria mais nada (em 2017)”.</p>

<p>Campeão nacional de Fórmula Ford e de Fórmula Chevrolet, respectivamente em 1988 e 1992, “O Monstro” ainda não definiu onde correrá nesta temporada. Old Stock Race e Fórmula Truck, certames que disputou no ano passado, surgem como dois caminhos conservadores. Contudo, no caso da categoria dos caminhões – a qual Fogaça diz não saber se acontecerá em 2017, o piloto tem uma certeza: não desejaria seguir como dono de equipe. “Se eu continuar (na Truck), quero ser só piloto”, ressalta.</p>

<p><img alt="Djalma celebra pole position na etapa de Guaporé, em 2015" src="/wp-content/uploads/uploads/fogaca2_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Aos 53 anos, Djalma não esconde o desejo de quem gostaria de ter como seu “patrão” em uma eventual continuidade na Fórmula Truck: o filho Fábio Fogaça, de 25 anos. De acordo com o veterano, ambos já conversaram sobre a possibilidade. E ele aposta alto no sucesso do primogênito.</p>

<p>“Ele não mistura coração com trabalho”, relata. “Tenho certeza que a linha de trabalho seria outra. E funcionaria bem”.</p>

<p>Questionado sobre a chance de correr ao lado do filho na Truck, como aconteceu em Cascavel, no ano passado, Fogaça é direto. “Acho quase impossível que isso aconteça”, garante. “Quem entende da parte eletrônica dos trucks é o Fábio. Isso não tem condições de ser executado com ele guiando”.</p>

<p>Mas se uma dupla Fogaça/Fogaça na Truck parece bastante improvável, em outro campeonato, a Copa Petrobras de Marcas, soa como algo mais real. Fábio tem grandes chances de assegurar vaga no grid da próxima temporada e Djalma cogita uma parceria com o filho em duas provas.</p>

<p><img alt="Djalma com o filho Fábio: candidato à patrão do &quot;Monstro&quot; em 2017" src="/wp-content/uploads/uploads/fabio-djalma_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>De fato, em pouco mais de dois meses, o cenário da família Fogaça no automobilismo aponta para uma mudança considerável. Ao fim de outubro, <strong><a href="http://www.carrosecorridas.com.br/2016/10/exclusivo-djalma-fogaca-anuncia-que-deixa-de-correr-para-se-dedicar-a-carreira-do-filho-fabio/" target="_blank"><span style="color:#FF0000;">Djalma afirmou, em entrevista ao site Carros e Corridas, que se aposentaria para ajudar o filho na busca por oportunidades nas pistas</span></a></strong>. Agora, com essa situação relativamente bem encaminhada, “O Monstro” parece disposto a instigar Fábio a desafios maiores. Como uma espécie de preparação para que o primogênito assuma seu legado nas pistas.</p>

<p>“Ele acostumou comigo à frente de tudo”, diz Fogaça. “Agora ele tem que se aplicar ou não chegará a lugar algum, seja como piloto ou dono de equipe. Estarei fazendo sempre por ele, mas às vezes não é o suficiente”.</p>

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<p><strong>2016: um ano de dificuldades</strong></p>

<p><img alt="Djalma (72) em disputa com Diego Pachenki, terceiro colocado em 2016" src="/wp-content/uploads/uploads/fogaca-2_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Em 18 temporadas na Fórmula Truck, Djalma Fogaça acostumou-se a conquistar pódios sequentes e vitórias, seja como piloto ou chefe de equipe. Contudo, o cenário no ano passado foi diferente: ele não foi além de dois terceiros lugares (em Campo Grande e Interlagos) e o 15º lugar na classificação. Já a Ford, que fornece caminhões à sua equipe, a DF Motorsport, terminou o ano apenas no quinto posto entre as seis montadoras do certame.</p>

<p>“Penso que é muito difícil ter um resultado positivo quando se tem trocas constantes de pilotos”, lamenta. “Andaram conosco Geraldo Piquet, Valmir Benavides (Hisgué), Ronaldo Kastropil e Jaidson Zini. Fora isso, eu deixei de fazer três etapas, que são seis corridas. São 318 pontos que deixei de disputar”.</p>

<p>Dono de sete vitórias na categoria e um título como dono de equipe (com Beto Monteiro, em 2004), Fogaça alega que o simples fato de ter alinhado seus trucks em pista já foi um “milagre”. De acordo com ele, a DF fez a temporada inteira com um orçamento de R$ 600 mil, dos quais, R$ 400 mil eram destinados ao pagamento dos funcionários. Ou seja, o orçamento médio disponível em cada uma das 20 corridas da Truck era de apenas R$ 10 mil.</p>

<p>Além de competitividade, o enxuto capital atingiu em cheio outra importante área: a prevenção a problemas nos caminhões. “Sempre fomos traídos por pequenos problemas, que não existiriam se tivesse uma manutenção preventiva, algo que só se consegue fazer com orçamento”, revela.</p>

<p>Problemas a parte, Djalma faz questão de ressaltar algumas performances durante 2016, como em Interlagos, quando cravou o quarto melhor tempo, a 0s9 do pole position e os dois pódios, um deles, em Campo Grande, partindo da penúltima colocação no grid.</p>

<p>Esperançoso quanto à sua carreira em 2017, Fogaça espera que um baixinho de 1,65 m, vencedor de 11 GPs na Fórmula 1, se inspire em seu exemplo e dê um chega pra lá na aposentadoria. “Imagine ficar um ano sem ter um brasileiro no grid”, diz o sorocabano. “Lamento muito pelo garoto Nasr não seguir, pelo menos, isso é o que parece que vai acontecer. Então, a importância do retorno do Massa aumenta. Ele tem muito a contribuir em todas as áreas”.</p>

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