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Cascavel Racing: De dezoito para nove

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  • Publicado: 12/09/2016
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:38
  • Por: Racing

<p>Eram duas e meia da tarde, ou perto disso, quando os dezoito carros deram as caras, ou as grades dianteira, na entrada da reta do autódromo de Interlagos. Segunda corrida da quinta etapa da Copa Petrobras de Marcas, numa programação megarrecheada no padrão da Vicar, que incluiu outras duas corridas do Brasileiro de Turismo, também duas da Fórmula 3, uma do Mercedes-Benz Challenge e outra da Stock Car, que já havia conferido ao bonachão Felipe Fraga o prêmio milionário reservado uma vez ao ano.</p>

<p>Estávamos ao vivo na Band, além dos dezoito, o repórter Bruno Monteiro, o comentarista Tiago Mendonça e eu, na narração. A rapaziada da Master/CATVE, como de costume, inseriu no cantinho da tela o detalhe do semáforo vermelho aceso. Antes daquelas três luzes se apagarem determinando a largada, o caos estava estabelecido. Doze dos dezoito acabaram envolvidos em um acidente que, nem podia ser diferente, levou à interrupção da prova com bandeira vermelha para resgate do que sobrou dos carros.</p>

<p>Vicente Orige, Thiago Marques, Nonô Figueiredo, Patrick Choate, Gustavo Martins e Guilherme Salas, os seis primeiros no grid, foram embora talvez sem notar a retaguarda caótica. Salas pode ter visto pelos espelhos, e olhe lá – não perguntei isso a ele. Tozzo, pela inversão de oito posições entre o resultado de uma corrida e o grid de outra, era o sétimo. Saiu da fila da esquerda antes das três luzes se apagarem. Por certo notou que ainda brilhavam vermelhas e tentou retomar seu lugar na fila. Já não havia mais seu lugar na fila.</p>

<p>Carlos Souza era o nono colocado no grid. Quando notou o movimento de Tozzo, por reflexo, reagiu e avançou também. Foi seu Civic que ocupou o lugar para onde Tozzo tentou devolver o Focus multicolorido. Sem o lugar, houve o toque, os dois carros atravessaram e a sequência do episódio foi tão repetina quanto devastadora. Dali para trás ninguém escapou ileso. Odair dos Santos, Ricardo Gargiulo e Daniel Kaefer, mesmo envolvidos, viram condições de reposicionar seus carros no grid para a nova tentativa de largada.</p>

<p>E assim seguiu o domingo, com metade do grid partindo para uma corrida mais curta e a outra metade sendo preparada, como digo nas transmissões, para visitas às concessionárias Honda, Toyota, Ford, Chevrolet e Renault. Tozzo, apontado pela maioria como causador do salseiro, também esperneou. Reclamou do efeito sanfona que os pilotos à sua frente teriam provocado, acelerando e desacelerando enquanto aguardavam a largada; disse ter sido o que o levou a sair da fila antes da nota. Foi para não bater no da frente, ele escreveu.</p>

<p>A direção já deve ter requisitado um tempo maior que o habitual para o briefing da próxima etapa – aquela reunião protocolar entre as autoridades de prova e os pilotos, em que se discutem coisas técnicas e desportivas. O tempo para reparos dos carros será curtíssimo: precisamente de doze dias até os treinos livres da etapa seguinte, que vai levar a categoria de volta a Londrina depois de cinco anos. Na sequência vamos visitar a pista de Curvelo, que está tinindo de nova, e voltaremos aqui para Interlagos no fechamento da temporada.</p>

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