Escalado de última hora, Augusto Farfus pôde comemorar neste domingo (27) sua primeira vitória na classe GTLM das 24 Horas de Daytona, prova que abriu a temporada 2019 da IMSA SportsCar no Daytona International Speedway. O brasileiro foi chamado para o lugar de Tom Blomqvist, que não conseguiu o visto de entrada nos Estados Unidos, e pilotou um BMW M8 GTE ao lado de Connor de Phillippi, Philipp Eng e Colton Herta, triunfando ao assumir a ponta na 22ª hora e ver uma bandeira vermelha encerrar a corrida.

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Ao final da prova, diversos membros da equipe BMW Team RLL choravam, emocionados com a vitória, e também por dedicar a vitória a Charly Lamm, ex-chefe da BMW Team Schnitzer, equipe com a qual o brasileiro conquistou a Copa do Mundo FIA GT em Macau, em novembro do ano passado. O ex-dirigente morreu na última quinta-feira, surpreendendo a todos da equipe de Munique.

“Essa vitória foi mágica, e teve um significado muito especial para mim. Há alguns dias, perdi um amigo próximo, uma pessoa muito importante para mim e para toda a família BMW, e fizemos essa corrida pelo Charly Lamm. Tenho certeza que ele estava comigo nessa, então esse resultado é para ele”, disse Farfus, após o encerramento da corrida em Daytona.

As condições da pista eram das mais complicadas, sobretudo a partir da 15ª hora, quando a chuva começou a atingir o circuito localizado em Daytona Beach. Farfus e seus companheiros conseguiram se manter na pista, e viram os rivais enfrentarem problemas. O brasileiro tomou a liderança quando restavam pouco mais de duas horas para o final, e garantiu a vitória com o modelo que colocou na pista pela primeira vez na edição do ano passado da prova americana.

“Finalmente conseguimos essa vitória, e essa talvez foi uma das corridas de 24 horas mais duras que eu já fiz. As condições estavam muito difíceis, estava extremamente molhado, mas eu sabia que tinha que buscar a liderança e dei o meu melhor para isso. Quero agradecer a BMW por ter me confiado essa missão, e ao Team RLL pelo ótimo carro que nos deram. Tínhamos um grupo de pilotos muito forte, e nosso carro estava muito bom”, seguiu.

Farfus tem outro desafio em uma prova de longa duração já no próximo final de semana. O piloto deixa os Estados Unidos e segue para a Austrália, onde disputa as 12 Horas de Bathurst, mais tradicional prova de endurance do país localizado na Oceania. A corrida será disputada no circuito de Mount Panorama, e o curitibano terá como companheiros na condução de um BMW M6 GT3 Martin Tomczyk e Chaz Mostert, que também correu em Daytona, na equipe que tinha o italiano Alex Zanardi.

“Agora vou para mais um desafio, nas 12 Horas de Bathurst, e espero manter essa ótima sequência de resultados, após o título da Copa do Mundo de GT em Macau e das 24 Horas de Daytona”, completou Farfus.

Foto: BMW