Após a realização de uma etapa com o Gen2, novo carro da Fórmula E, Lucas di Grassi acredita que as corridas da categoria se tornarão mais previsíveis. No ePrix de Ad-Diriyah, disputado no último dia 15 de dezembro na Arábia Saudita, a vitória ficou com o português António Félix da Costa, piloto da BMW Andretti que largou da pole position e que acabou triunfando após uma punição contra Jean-Eric Vergne, piloto da DS Techeetah que foi punido por exceder o limite de potência.

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A prova saudita contou com uma entrada do Safety Car na pista, o que ajudou os pilotos a gerirem o nível da bateria do carro. Porém, acredita-se que mesmo sem o acionamento do carro de segurança, os pilotos teriam margem de bateria para completar a prova em Ad-Diriyah sem problemas. Para Di Grassi, esse fator poderá deixar as corridas mais monótonas.

“O que nós tínhamos na Fórmula E era que o gerenciamento de energia desempenhava um papel importante na estratégia da corrida. Você poderia usar mais energia no começo ou poderia usar mais energia no final. Mas se isso for eliminado, todo mundo faz a mesma coisa. Isso tira a imprevisibilidade da corrida”, disse Di Grassi, em entrevista para a revista inglesa Autosport.

Se o atual vice-campeão da Fórmula E crê na queda da imprevisibilidade das corridas, Da Costa acredita que as provas se tornarão mais desafiadoras para os pilotos, o que pode ser benéfico para a categoria dos carros elétricos. O português também acredita que baterias que durem a corrida toda com tranquilidade podem representar uma mensagem positiva para este tipo de veículo.

“Isso é mais legal, estamos voltando para provas acirradas. A corrida Ad Diriyah foi praticamente acirrada desde o começo até o fim e não houve troca de carros. Os níveis de concentração, especialmente em uma pista como essa, também têm que ser um pouco mais altos. É assim que deve ser. Queríamos passar a mensagem de que os carros elétricos têm autonomia para fazer uma corrida completa sem precisarem ser trocados”, disse Da Costa.

Foto: Audi Sport