A Williams admitiu nesta sexta-feira (29) que poderá vender a equipe de Fórmula 1 e de toda a empresa por conta do prejuízo financeiro que a companhia teve em 2019. Nesta sexta-feira (29), os ingleses anunciaram o balanço anual com uma perda de 13 milhões de libras no ano passado, o que contrasta com 2018, quando houve lucro de 12,9 milhões de libras.
“Como parte dessa nova direção estratégica, o conselho do WGPH (Williams Grand Prix Holding) realiza uma revisão de todas as várias opções estratégicas disponíveis para a companhia. As opções consideradas incluem, entre outras, a captação de novo capital para os negócios, a participação minoritária ou majoritária no WGPH, incluindo uma potencial venda de toda a empresa”, alegou a Williams, através de comunicado.
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“Embora ainda não tenham sido tomadas decisões sobre o resultado ideal, para facilitar as discussões com as partes interessadas, a companhia anuncia o início de um ‘processo formal de venda’”, diz a Williams, que nomeou consultores financeiros conjuntos para ajudar na revisão estratégica e ser um ponto de contato para as partes interessadas no negócio.
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A Williams afirma ainda que não recebeu nenhuma abordagem até o comunicado ser divulgado, e confirma estar em conversas com algumas partes para um potencial investimento na empresa. Os ingleses também dizem não saber se alguma oferta será feita, nem os termos para isso, e se dizem prontos para voltar às corridas assim que a temporada da F1 for iniciada.
Considerando apenas a equipe de Fórmula 1, as receitas caíram de 130,7 milhões de libras em 2018 para 95,4 milhões no ano passado. Assim, o time fechou 2019 com um prejuízo de 10,1 milhões de libras, ante um lucro de 16 milhões de libras na temporada de 2018. A Williams ainda anunciou o fim do patrocínio com a RoKit, principal apoiadora do time até a última temporada.
“Os resultados financeiros de 2019 refletem o recente declínio na competitividade da operação F1 e a consequente redução na receita de direitos comerciais”, diz Mike O’Discroll, diretor-executivo da Williams. O dirigente ainda disse que uma reformulação foi implementada nos últimos meses para que o time pudesse se fortalecer tecnicamente.
“Após quatro anos de um desempenho muito sólido no campeonato de construtores da F1, durante o qual conquistamos dois terceiros e dois quintos lugares, passamos por duas temporadas muito difíceis. Implementamos uma reestruturação significativa nos últimos nove meses e fortalecemos a equipe de liderança técnica”, seguiu O’Discroll.
“É claro que a temporada de Fórmula 1 de 2020 foi interrompida devido à pandemia do COVID-19, e isso terá um impacto em nossa receita de direitos comerciais este ano. A equipe também enviou um aviso para encerrar seu relacionamento com seu parceiro, ROKiT, e o principal patrocinador, ROK Drinks”, explicou o dirigente.
“Em comum com muitos outros negócios, tomamos medidas extensivas para mitigar, incluindo um período prolongado de licença para grande parte de nossa equipe. À medida que essa terrível crise global recua, todos na Williams Racing estão ansiosos pelo início da nova temporada”, completou.
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