Toto Wolff precisou se explicar após a Mercedes usar de ordens de equipe para dar a vitória do Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1, disputado na manhã deste domingo (30) no circuito do Parque Olímpico de Sochi. Na 25ª das 53 voltas da prova, Valtteri Bottas abriu caminho para Lewis Hamilton, que teve que passar Sebastian Vettel na pista após a parada nos boxes, e seguiu para a vitória na sequência.

LEIA MAIS:
Vettel lamenta “corrida complicada” na Rússia
Bottas fala em “corrida difícil” após ordem da Mercedes
Hamilton: “Bottas foi um gentleman por me deixar passar”
Hamilton vence na Rússia e aumenta a vantagem sobre Vettel

“Somos todos corredores de coração e queremos ver disputas reais e deixar o homem mais rápido vencer. Mas também somos um grupo racional e discutimos muitas coisas durante a manhã – e depois tudo é diferente durante a corrida. Foi isso que aconteceu hoje. Deveríamos estar nas nuvens com o 1-2 – e fundamentalmente nós estamos -, mas as coisas aconteceram contra Valtteri. Deveria ter sido uma vitória para ele, e mudamos isso”, disse Wolff, após a corrida.

“É desaminador para os pilotos, desanimador para a equipe, mas há uma realidade dura de que em dias assim você pode aumentar a vantagem na liderança do campeonato para sete pontos num campeonato que tem sido muito difícil”, seguiu Wolff, antes de explicar qual foi a estratégia escolhida pela Mercedes para a corrida realizada nesta manhã no balneário russo.

“Discutimos quem pararia primeiro, e resolvemos que seria Valtteri porque protegeria a vitória dele. Depois paramos Lewis uma volta mais tarde, acabamos perdendo a posição para Sebastian. Tudo isso causou a bagunça. Voltamos atrás de Sebastian, Lewis precisou atacar e não ficou feliz com isso. Tinha bolha nos pneus, e era por isso que precisávamos protegê-lo”, seguiu o dirigente.

“A gente quer controlar tudo: são milhões de cenários possíveis que discutimos pela manhã, mas tivemos um diferente na corrida. Agora precisamos dar um passo atrás, voltar para casa, analisar e ver o que aprendemos de um dia como hoje”, completou Wolff.

Foto: Getty Images