Robert Kubica admitiu ter recebido uma proposta para se tornar piloto de desenvolvimento da Ferrari para a temporada deste ano da Fórmula 1, mas que optou por buscar uma vaga de titular, conseguindo um lugar na Williams para o próximo campeonato. A proposta veio após Antonio Giovinazzi e Daniil Kvyat fecharem acordos para defenderem Sauber e Toro Rosso, respectivamente.
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“Eu sabia o que eu gostaria de fazer, mas às vezes as coisas são um pouco mais complicadas do que parecem. Eu tive uma oportunidade que achei muito interessante e não foi fácil dizer não. No fim das contas, sou piloto de corridas, embora não tenha corrido há muito tempo, e essa mentalidade de competidor venceu. Estou feliz por ter tomado esta decisão porque é um grande desafio”, disse Kubica, em entrevista ao site Motorsport.com.
Participar da temporada de 2019 significa para Kubica disputar a primeira corrida na mais importante categoria do automobilismo mundial desde o final do campeonato de 2010, quando defendeu a Renault. Após se acidentar em um rali no início de 2011, o polonês sofreu lesões permanentes no braço, e foi obrigado a interromper a carreira. Apesar disso, o piloto garante estar preparado para o retorno às pistas.
“Não é fácil se tornar um piloto de F1: não é fácil convencer as pessoas de que você pode fazer isso e se estabelecer em um paddock da F1. Você tem que ter muita motivação para fazer isso porque eu passei por isso há 12 anos e, no final, eu disse que acho que tenho energia para fazer isso de novo. Não estou preocupado ou com medo deste desafio e acho que posso fazer isso funcionar. Tenho uma grande oportunidade e é um final feliz para a longa jornada”, explicou o polonês.
Kubica lembrou que, caso tivesse aceitado a proposta da Ferrari, teria um trabalho semelhante ao o que desempenhou na Williams na última temporada, mas com menos oportunidades de ir à pista. O piloto lembrou ainda que precisará de algum tempo para se ajustar da posição de piloto de testes para um competidor regular da Fórmula 1.
“Quando estou guiando o carro, tenho que ter em mente que preciso dar informações de qualidade, e que sou capaz de dar bom ritmo e não arriscar nada. Tenho que mudar um pouco essa abordagem, porque agora eu tenho que trabalhar mais por um time, como eu fazia, mas agora também por mim mesmo. Preciso me concentrar em coisas diferentes que podem ser úteis quando estou correndo. É uma abordagem um pouco diferente”, completou.
Foto: Williams
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