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Fórmula 1
Nelson Piquet: “Meu automobilismo acabou em Ímola, em 1987”

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  • Publicado: 23/04/2020
  • Atualizado: 24/04/2020 às 1:36
  • Por: Leonardo Marson

Nelson Piquet afirmou nessa quarta-feira (22) que a carreira como piloto em nível competitivo acabou em 1987, após sofrer o acidente no Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1, em Ímola. De acordo com o tricampeão mundial, uma deficiência na visão provocada pelo acidente o prejudicou muito a partir daquele momento, mesmo vencendo o campeonato daquele ano.

Nelson Piquet
Nelson Piquet em ação em 1987. Apesar de título, piloto afirma que deixou de ser competitivo após acidente. (Foto: Williams)

“Eu tive o acidente em Ímola, perdi a profundidade da visão. Eu demorei umas duas ou três semanas para entender o que acontecia comigo. Era difícil você ter a visão nítida e não saber o que está acontecendo. Até voar de helicóptero, que eu andava, eu sentia as coisas estranhas. Fui fazer meus exames na Itália e era tudo manual, nada digital. E o médico ficou impressionado por ainda pilotar”, disse Piquet, em live com a jornalista Mariana Becker no Instagram.

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“Então, fui testar e, pela primeira vez na minha vida comecei a olhar as placas de freada. Quando você pilota, você olha a pista, não as placas. Então, meu automobilismo acabou em Ímola”, seguiu o ex-piloto, que ainda lembrou que passou a seguir seu companheiro de Williams naquele ano, Nigel Mansell, conseguindo assim vencer corridas e conquistar o campeonato.

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“Eu fui melhorando durante o ano, mas eu seguia o Mansell. Seguir o carro da frente era muito fácil. Toda vez que eu podia, eu estava ali. Quando ele ganhava, eu chegava em segundo. Quando ele parava por qualquer razão, eu ganhava. Eu fui melhorando, mas nunca fui o piloto que eu fui. Por isso que eu fui pro melhor contrato, fui para a Lotus e saí da Williams. Fui ganhar dinheiro. O automobilismo para mim acabou em Ímola”, disse, antes de lembrar as experiências que teve em Lotus e Benetton.

“A Lotus me pagou uma fortuna. Não fiz nada na Lotus porque o carro era uma bosta. O chassi torcia de tudo quanto é jeito. Suspensão dianteira, traseira… Não tinha acerto que fizesse o carro andar. Era enrolação. Depois, eu fui para a Benetton, que eu já estava melhor, mas nunca voltei a ser o Nelson do passado. Assinei o contrato por pontos, e ganhei um dinheiro. Ainda ganhei no Japão”, completou o tricampeão.

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