A Fórmula 1 tem discutido mudanças no formato do final de semana para a próxima temporada, tendo proposto a realização de corridas classificatórias para a definição dos grids de largadas para os Grandes Prêmios. Mas os pilotos não parecem satisfeitos com a possibilidade da alteração da classificação, que é discutida atualmente entre as equipes e o Liberty Media, grupo proprietário da categoria.
Sebastian Vettel chegou a afirmar durante o GP de Singapura que uma eventual mudança é uma “besteira”, fala que foi rebatida por Ross Brawn, diretor esportivo da principal categoria do automobilismo mundial, que fala em se realizar testes antes de se adotar definitivamente tal mudança.
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Para Romain Grosjean, atual piloto da Haas e diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA, na sigla em inglês), todos os dirigentes deveriam se preocupar em propor mudanças para acabar com o artificialismo na categoria, concentrando esforços em quatro áreas.
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“O ponto da GPDA, e isso é algo de 100% dos pilotos, é de que o problema não é no formato do final de semana. O problema é maior que isso. Estamos tentando resolver as coisas com uma colher pequena, enquanto uma boa panela velha fará o trabalho”, disse Grosjean, em declaração para o site americano Motorsport.com.
“Os pneus. Por quê há uma distância tão grande na pista entre os carros? Por quê os pneus são tão sensíveis? É a distribuição do dinheiro. Quando o dinheiro é distribuído assim, como você pode obter um campeonato mais apertado”, seguiu o piloto da equipe americana.
“Então é o peso do carro, que está muito relacionado com a ajuda dos pneus, e a sensibilidade aerodinâmica na qual a Fórmula 1 está trabalhando. Acreditamos que, se esses quatro pontos forem levados em conta, o campeonato não precisará de truques”, explicou Grosjean.
“Não vimos o tênis mudar a maneira como eles fazem os torneios porque Nadal e Federer estão vencendo, mas, no momento, estamos indo com uma raquete de ping pong em uma partida em que Nadal tem uma raquete de tênis”, comparou Grosjean, que é apoiado em seu ponto de vista por Carlos Sainz, piloto da McLaren.
“Antes de mudar o formato, acho que precisamos ver a F1 mais apertada, com carros capazes de acompanhar uns aos outros. Quando tivermos, em 2021, carros que consigam andar mais próximos e um grid inteiro andando no mesmo segundo, que é o que eu desejo, e que todo piloto possa fazer diferença, talvez não precisemos dessas mudanças”, disse Sainz.
“Podemos ter a melhor F1 de todos os tempos sem nenhuma dessas mudanças. Então, por quê não nos concentramos em tornar a F1 como deveria ser, que é uma competição mais próxima, com uma distribuição monetária mais igual e carros que são capazes de acompanhar uns aos outros?”, questiona o espanhol.
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