Ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone tem dúvidas sobre se o campeão da temporada deste ano poderá, de fato, ser considerado o melhor competidor do ano. Defensor do cancelamento do campeonato de 2020, o inglês alega que a repetição de praças para os Grandes Prêmios deste ano, causadas pela pandemia de coronavírus, tornarão a edição deste ano um torneio que não será de verdade.

“Este é um campeonato engraçado. Você tem o Grande Prêmio da Áustria, e na semana seguinte tem a mesma coisa, mas com outro nome. Então, você vai olhar o campeonato e alguém vai vencer, mas sem saber muito bem o que venceu. As pessoas sempre vão falar que foi um título por sorte porque não foi um campeonato de verdade”, comentou Ecclestone, em entrevista ao site inglês London Evening Standard.

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Além das rodadas duplas, Ecclestone não gosta da ideia da realização de poucas corridas no ano. Existe a possibilidade de a temporada deste ano ter apenas 15 GPs, menor quantidade de provas desde a temporada de 1983. Ainda assim, não há garantia alguma de que a principal categoria do automobilismo mundial poderá cumprir este cronograma mínimo. Sequer o novo calendário de 2020 foi divulgado ainda.

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“Eu pensava que, no começo disso tudo, que não deveria acontecer o campeonato neste ano. Não é a F1 quem decide o que vai acontecer. O governo pode dizer ‘que pena, mas não vai dar’, talvez haja uma segunda onda do vírus. Tudo que foi planejado teria de parar”, seguiu o ex-dirigente máximo da Fórmula 1.

“Essa temporada não é boa para ninguém e o maior problema é não saber quando terminar. Se alguém decide que termina em setembro ou outubro, você pode planejar. Mas como fazer planos agora? É tudo uma questão de esperança”, completou Ecclestone.

A pandemia de coronavírus fez com que a temporada deste ano ainda não fosse iniciada. A Fórmula 1 chegou a ir para a Austrália, mas a corrida foi cancelada poucas horas antes do primeiro treino livre. Desde então, Mônaco, França e Holanda cancelaram seus GPs, e outras praças tiveram a corrida adiada. O campeonato deve começar no dia 5 de julho, na Áustria.