Organizadores de 16 dos 21 Grandes Prêmios que compõem o Mundial de Fórmula 1 se reuniram na noite da última segunda-feira (28), e emitiram um comunicado revelando não estarem satisfeitos com o modo como o Liberty Media tem conduzido a principal categoria do automobilismo mundial. A Associação de Promotores de Fórmula 1 (FOPA, na sigla em inglês), alega falta de colaboração e comunicação do grupo dono do campeonato com os promotores.
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Uma das críticas feitas pelos organizadores diz respeito a saída da Fórmula 1 da TV aberta para canais de TV por assinatura ou, em alguns casos, por serviços de streaming, como acontece com a “F1 TV”. De acordo com a FOPA, isso fará com que menos pessoas se interessem em acompanhar as corridas do campeonato mundial e, consequentemente atrairá menos fãs aos autódromos.
“Não é do interesse de longo prazo desse esporte que os fãs percam acesso ao conteúdo e às transmissões. Temos uma falta de clareza a respeito de novas iniciativas na F1 e uma falta de engajamento com os promotores a respeito de suas implementações”, apontou a FOPA, através de comunicado.
A entidade ainda alega falta de voz ativa na gestão do calendário da Fórmula 1 desde que a categoria passou a ser comandada pelo Liberty Media. Enquanto provas tradicionais, como Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália, e México têm acordo apenas até esta temporada, uma prova no Vietnã já está confirmada para acontecer em 2020, e há negociações para se correr em Miami, nos Estados Unidos.
“Novas corridas não deveriam ser introduzidas em detrimento aos eventos existentes, apesar de a Associação se encorajar com os moldes de negócios alternativos que estão sendo oferecidos a possíveis novos eventos”, seguiu o comunicado da FOPA.
O “molde de negócio alternativo”, alegado pela FOPA, diz respeito a possível realização de uma prova em Miami. As corridas que fecharam contratos ainda na gestão de Bernie Ecclestone precisam pagar taxas altas para a categoria para terem as provas realizadas. Já o Liberty teria oferecido a cidade americana um acordo de parceria do qual, além de não pagar estas taxas, a cidade americana teria parte dos lucros da corrida.
Os cinco GPs que não enviaram representantes para a reunião foram Abu Dhabi, Bahrein, China, Japão e Rússia.
Foto: Pirelli
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