A Fórmula 1 possui uma meta até 2026: ter um combustível 100% sustentável. Enquanto isso não acontece, algumas empresas já inovam e realizam pesquisas dentro e fora das pistas para contribuir com um futuro livre de CO2. Em entrevista para a Racing, Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, empresa de bioenergia, contou como é o processo de pesquisa entre a empresa e a Shell, que tem parceria com a Ferrari.
O novo combustível com aditivos Shell V-Power foi desenvolvido dentro de um prazo de 5 anos. Pose explica que esse é prazo estabelecido não só pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), mas também pelos órgãos de fiscalização e produção de combustíveis ao redor do mundo.
Você conhece o canal da RACING no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga a RACING também no Instagram! e no Twitter
Acompanhe tudo o que rola no esporte a motor com o Boletim Racing
“A Shell trabalha com esse prazo de 4 a 5 anos. Primeiro porque a FIA estabelece mudanças nos regulamentos dos motores, ajustes, etc, que fazem com que o grupo de engenheiros, que trabalha para atender a Ferrari, trabalhe em função de melhorar o que vai ser utilizado pelo motor Ferrari.”
LEIA MAIS:
Binotto relembra pior momento de sua carreira na Ferrari
McLaren anuncia Andrea Stella como novo chefe de equipe na F1
Grupo Sauber anuncia Andreas Seidl como CEO a partir de 2023
A tecnologia utilizada no combustível da escuderia italiana na F1 chegou ao Brasil. E traz uma gama de benefícios para os carros de corrida e de rua: “Esse pacote traz a capacidade de remover até 100% dos resíduos que se formam dentro do motor em função do trânsito, de vapores e também da queima de combustível”, destaca Pose.
A redução de emissões de carbono mas é uma consequência do uso do novo aditivo Shell V-Power devido à limpeza interna do motor. Nos carros de corrida, essa característica é essencial e a Raízen já se prepara para dar o próximo passo junto à Fórmula 1.
“A Raízen já fornece o etanol de 2ª geração para a Shell da Alemanha, que faz a mistura com a gasolina e esse combustível vai para a pista com a Ferrari. Então o Brasil já tem 10% de combustível dentro do tanque da Ferrari. Se o regulamento da FIA for um pouco mais elástico, a Raízen está pronta para colocar mais.”
Além do combustível 100% sustentável até 2026, a Fórmula 1 planeja ser um esporte zero carbono até 2030, acabando com o uso de plásticos, materiais não recicláveis e melhorando a logística entre as etapas.
Deixe seu Comentário