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Fórmula 1
Shell e Raízen levam tecnologia de combustíveis da F1 para as ruas do Brasil

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  • Publicado: 14/12/2022
  • Atualizado: 14/12/2022 às 16:03
  • Por: Ana Oliveira

A Fórmula 1 possui uma meta até 2026: ter um combustível 100% sustentável. Enquanto isso não acontece, algumas empresas já inovam e realizam pesquisas dentro e fora das pistas para contribuir com um futuro livre de CO2. Em entrevista para a Racing, Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, empresa de bioenergia, contou como é o processo de pesquisa entre a empresa e a Shell, que tem parceria com a Ferrari.

Pose é um dos nomes da Raízen, empresa brasileira de bioenergia (Foto: Divulgação)

O novo combustível com aditivos Shell V-Power foi desenvolvido dentro de um prazo de 5 anos. Pose explica que esse é prazo estabelecido não só pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), mas também pelos órgãos de fiscalização e produção de combustíveis ao redor do mundo.

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“A Shell trabalha com esse prazo de 4 a 5 anos. Primeiro porque a FIA estabelece mudanças nos regulamentos dos motores, ajustes, etc, que fazem com que o grupo de engenheiros, que trabalha para atender a Ferrari, trabalhe em função de melhorar o que vai ser utilizado pelo motor Ferrari.”

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A tecnologia utilizada no combustível da escuderia italiana na F1 chegou ao Brasil. E traz uma gama de benefícios para os carros de corrida e de rua: “Esse pacote traz a capacidade de remover até 100% dos resíduos que se formam dentro do motor em função do trânsito, de vapores e também da queima de combustível”, destaca Pose.

A redução de emissões de carbono mas é uma consequência do uso do novo aditivo Shell V-Power devido à limpeza interna do motor. Nos carros de corrida, essa característica é essencial e a Raízen já se prepara para dar o próximo passo junto à Fórmula 1.

“A Raízen já fornece o etanol de 2ª geração para a Shell da Alemanha, que faz a mistura com a gasolina e esse combustível vai para a pista com a Ferrari. Então o Brasil já tem 10% de combustível dentro do tanque da Ferrari. Se o regulamento da FIA for um pouco mais elástico, a Raízen está pronta para colocar mais.”

Além do combustível 100% sustentável até 2026, a Fórmula 1 planeja ser um esporte zero carbono até 2030, acabando com o uso de plásticos, materiais não recicláveis e melhorando a logística entre as etapas.

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