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Fórmula 1
Relembre corridas que, como o GP da Bélgica, pagaram metade dos pontos

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  • Publicado: 31/08/2021
  • Atualizado: 31/08/2021 às 14:48
  • Por: Leonardo Marson

O Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, realizado no último domingo (29) em Spa-Francorchamps, certamente não agradou aos pilotos e aos fãs. A ausência de condições mínimas para que a corrida pudesse ser disputada resultou em uma sequência de três voltas sob bandeira amarela, sendo apenas uma delas válida, e resultou na corrida mais curta da história da categoria, tendo como vencedor Max Verstappen, que oficialmente percorreu apenas 6.880 metros.

Fórmula 1
Verstappen foi declarado vencedor do GP da Bélgica, no último domingo. (Foto: Getty Images)

Foi a primeira vez que a Fórmula 1 realizou uma corrida em que não houve em momento algum o acionamento da bandeira verde. A prova em Spa pagou pontos pela metade aos pilotos, fato que ocorreu apenas pela sexta vez nos mais de mil GPs já realizados, sendo o quinto que foi encerrado devido as condições climáticas.

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O regulamento da Fórmula 1 diz que, caso uma corrida não tenha 75% das voltas completadas, os pontos são pagos pela metade. RACING relembra abaixo todos os outros cinco Grandes Prêmios da história da Fórmula 1 que foram encerrados prematuramente e que só renderam metade dos pontos para os pilotos.

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GP da Espanha de 1975

Realizado em Montjuic, o GP da Espanha de 1975 é o único da lista que não foi encerrado antes da hora por conta das condições climáticas, mas sim por acidente. As condições de segurança eram precárias no circuito urbano, o que fez com que Emerson Fittipaldi, campeão do mundo e piloto da McLaren, não alinhasse para a corrida.

GP da Espanha
Jochen Mass saiu com a vitória em prova marcada por forte acidente em Montjuic. (Foto: divulgação)

Na 25ª volta da prova, que tinha 75 previstas, a asa traseira do GH-01/Ford de Rolf Stommelen se soltou, fazendo com que o carro batesse com violência contra um guard-rail. Depois, o veículo decolou em direção às arquibancadas, matando cinco espectadores. A corrida seguiu em bandeira amarela até a volta 29, quando foi encerrada. Jochen Mass foi declarado o vencedor.

GP da Áustria de 1975

Também em 1975, o GP da Áustria também não chegou ao final, mas desta vez por conta das condições climáticas. A corrida, disputada no Österreichring, atual Red Bull Ring, tinha previstas 54 voltas, mas contou com pouco mais da metade delas, 29.

GP da Áustria
Vittorio Brambilla venceu sua única corrida na F1 em corrida encurtada pela chuva na Áustria. (Foto: divulgação)

Naquela ocasião, a vitória ficou com Vittorio Brambilla, que conduziu um March. Aquele foi o único triunfo do italiano na F1. James Hunt, com uma Hesketh, terminou na segunda posição, enquanto Tom Pryce, que perderia a vida em 1977, em um acidente em Kyalami, na África do Sul, completou o pódio com um Shadow.

GP de Mônaco de 1984

Eis aqui uma das corridas mais conhecidas do público brasileiro. Em um GP que contou com chuva desde o seu início em Monte Carlo, o que causou um atraso de 45 minutos em seu início, Alain Prost largou da pole position, chegou a ser superado por Nigel Mansell, mas retomou a frente após uma rodada do inglês. Por outro lado, um novato Ayrton Senna voava na pista com seu Toleman, e tomou a segunda posição rapidamente, após largar em 13º.

GP de Mônaco
Ayrton Senna foi o grande destaque da corrida vencida por Alain Prost. (Foto: divulgação)

Quando o brasileiro tomou a segunda posição, Prost passou a gesticular para o diretor de prova, o ex-piloto Jack Ickx, pedindo o final da prova, sendo atendido na volta 31 das 77 programadas. O “professor” saiu com a vitória com a McLaren, sendo seguido pelo Toleman de Senna e por René Arnoux, francês que defendia a Ferrari.

Anos mais tarde, Ickx admitiu ter sido pressionado pelo então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, a terminar a corrida, dando a vitória a Prost, compatriota do presidente da entidade máxima do esporte a motor. Com 4,5 pontos recebidos, e não os 9 originais da vitória, o francês perdeu o título para Niki Lauda no final do ano.

GP da Austrália de 1991

A corrida no circuito de rua de Adelaide fechava a temporada de 1991, mas foi marcada pela forte chuva que atingiu a região da pista. Ayrton Senna já campeão, partiu da pole position, e viu cinco rivais baterem por conta das condições da pista logo nas cinco primeiras voltas.

GP da Austrália
Ayrton Senna venceu o tumultuadíssimo GP da Austrália de 1991, em Adelaide. (Foto: divulgação)

Quando Nigel Mansell buscava se aproximar do brasileiro, uma bandeira amarela em todo o circuito foi acionada. Pouco depois, mesmo com a prova neutralizada, o inglês da Williams e Gerhard Berger, companheiro de Senna na McLaren, rodaram. O brasileiro, então, passou a gesticular pedindo o final da corrida, sendo atendido na 16ª volta.

Como a corrida teve validadas 14 voltas das 81 previstas, Senna saiu com a vitória, sendo seguido por Mansell e Berger. Até o último domingo, esta foi a corrida mais curta da história da Fórmula 1, com 52.920 metros percorridos.

GP da Malásia de 2009

A segunda prova da temporada de 2009 foi disputada em Sepang, foi marcada pela chuva e pelo final antecipado por conta da falta de luz natural. Naquele ano, a FIA optou por marcar as provas na Ásia e na Oceania para um horário que privilegiasse o público europeu, mais tarde na hora local, o que gerou muitas críticas. Em Sepang, a largada estava marcada para 17h locais.

GP da Malásia
Jenson Button venceu em Sepang após um temporal encerrar a corrida. (Foto: divulgação)

A prova começou com pista seca, mas logo na 19ª volta, a chuva caiu com força, fazendo com que os pilotos, mesmo tendo carros equipados com pneus de pista molhada, aquaplanassem e rodassem. A direção de prova paralisou a disputa na volta 31, mas viu a falta de luz natural impedir que a corrida seguisse até o final, com 56 voltas.

Jenson Button venceu a corrida com a Brawn GP, sendo seguido por Nick Heidfeld, da BMW Sauber, e por Timo Glock, da Toyota.

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