O Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, realizado no último domingo (29) em Spa-Francorchamps, certamente não agradou aos pilotos e aos fãs. A ausência de condições mínimas para que a corrida pudesse ser disputada resultou em uma sequência de três voltas sob bandeira amarela, sendo apenas uma delas válida, e resultou na corrida mais curta da história da categoria, tendo como vencedor Max Verstappen, que oficialmente percorreu apenas 6.880 metros.
Foi a primeira vez que a Fórmula 1 realizou uma corrida em que não houve em momento algum o acionamento da bandeira verde. A prova em Spa pagou pontos pela metade aos pilotos, fato que ocorreu apenas pela sexta vez nos mais de mil GPs já realizados, sendo o quinto que foi encerrado devido as condições climáticas.
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O regulamento da Fórmula 1 diz que, caso uma corrida não tenha 75% das voltas completadas, os pontos são pagos pela metade. RACING relembra abaixo todos os outros cinco Grandes Prêmios da história da Fórmula 1 que foram encerrados prematuramente e que só renderam metade dos pontos para os pilotos.
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GP da Espanha de 1975
Realizado em Montjuic, o GP da Espanha de 1975 é o único da lista que não foi encerrado antes da hora por conta das condições climáticas, mas sim por acidente. As condições de segurança eram precárias no circuito urbano, o que fez com que Emerson Fittipaldi, campeão do mundo e piloto da McLaren, não alinhasse para a corrida.
Na 25ª volta da prova, que tinha 75 previstas, a asa traseira do GH-01/Ford de Rolf Stommelen se soltou, fazendo com que o carro batesse com violência contra um guard-rail. Depois, o veículo decolou em direção às arquibancadas, matando cinco espectadores. A corrida seguiu em bandeira amarela até a volta 29, quando foi encerrada. Jochen Mass foi declarado o vencedor.
GP da Áustria de 1975
Também em 1975, o GP da Áustria também não chegou ao final, mas desta vez por conta das condições climáticas. A corrida, disputada no Österreichring, atual Red Bull Ring, tinha previstas 54 voltas, mas contou com pouco mais da metade delas, 29.
Naquela ocasião, a vitória ficou com Vittorio Brambilla, que conduziu um March. Aquele foi o único triunfo do italiano na F1. James Hunt, com uma Hesketh, terminou na segunda posição, enquanto Tom Pryce, que perderia a vida em 1977, em um acidente em Kyalami, na África do Sul, completou o pódio com um Shadow.
GP de Mônaco de 1984
Eis aqui uma das corridas mais conhecidas do público brasileiro. Em um GP que contou com chuva desde o seu início em Monte Carlo, o que causou um atraso de 45 minutos em seu início, Alain Prost largou da pole position, chegou a ser superado por Nigel Mansell, mas retomou a frente após uma rodada do inglês. Por outro lado, um novato Ayrton Senna voava na pista com seu Toleman, e tomou a segunda posição rapidamente, após largar em 13º.
Quando o brasileiro tomou a segunda posição, Prost passou a gesticular para o diretor de prova, o ex-piloto Jack Ickx, pedindo o final da prova, sendo atendido na volta 31 das 77 programadas. O “professor” saiu com a vitória com a McLaren, sendo seguido pelo Toleman de Senna e por René Arnoux, francês que defendia a Ferrari.
Anos mais tarde, Ickx admitiu ter sido pressionado pelo então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, a terminar a corrida, dando a vitória a Prost, compatriota do presidente da entidade máxima do esporte a motor. Com 4,5 pontos recebidos, e não os 9 originais da vitória, o francês perdeu o título para Niki Lauda no final do ano.
GP da Austrália de 1991
A corrida no circuito de rua de Adelaide fechava a temporada de 1991, mas foi marcada pela forte chuva que atingiu a região da pista. Ayrton Senna já campeão, partiu da pole position, e viu cinco rivais baterem por conta das condições da pista logo nas cinco primeiras voltas.
Quando Nigel Mansell buscava se aproximar do brasileiro, uma bandeira amarela em todo o circuito foi acionada. Pouco depois, mesmo com a prova neutralizada, o inglês da Williams e Gerhard Berger, companheiro de Senna na McLaren, rodaram. O brasileiro, então, passou a gesticular pedindo o final da corrida, sendo atendido na 16ª volta.
Como a corrida teve validadas 14 voltas das 81 previstas, Senna saiu com a vitória, sendo seguido por Mansell e Berger. Até o último domingo, esta foi a corrida mais curta da história da Fórmula 1, com 52.920 metros percorridos.
GP da Malásia de 2009
A segunda prova da temporada de 2009 foi disputada em Sepang, foi marcada pela chuva e pelo final antecipado por conta da falta de luz natural. Naquele ano, a FIA optou por marcar as provas na Ásia e na Oceania para um horário que privilegiasse o público europeu, mais tarde na hora local, o que gerou muitas críticas. Em Sepang, a largada estava marcada para 17h locais.
A prova começou com pista seca, mas logo na 19ª volta, a chuva caiu com força, fazendo com que os pilotos, mesmo tendo carros equipados com pneus de pista molhada, aquaplanassem e rodassem. A direção de prova paralisou a disputa na volta 31, mas viu a falta de luz natural impedir que a corrida seguisse até o final, com 56 voltas.
Jenson Button venceu a corrida com a Brawn GP, sendo seguido por Nick Heidfeld, da BMW Sauber, e por Timo Glock, da Toyota.
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