<p><img alt="Após breve passagem pela F1, carreira de Lucas di Grassi deslanchou" src="/wp-content/uploads/uploads/d10bra1472_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>Quem acompanha Fórmula 1 sabe que a categoria possui, em alguns aspectos, um ambiente inóspito. Não há espaço para erros, sejam na pista ou no modo como um piloto conduz sua carreira. Também pudera: trata-se da elite do esporte a motor mundial. São apenas 22 carros para, porque não, centenas de postulantes pelo mundo. Muitos deles, inclusive, trazem uma porção de patrocinadores, algo fundamental para a sobrevivência de times dotados de um orçamento enxuto.</p>
<p>Ter uma segunda chance na Fórmula 1 é artigo raro. Infelizmente. Vide Lucas di Grassi. Aos 31 anos, o brasileiro passa pelo melhor momento da carreira. No Mundial de Endurance (WEC), ao lado dos companheiros de Audi, o francês Loïc Duval e inglês Oliver Jarvis, ocupa a vice-liderança do campeonato, atrás do trio do Porsche vencedor em Le Mans (Marc Lieb/Neel Jani/Romain Dumas). Já na Fórmula E, chega às últimas duas provas do ano, em Londres, na luta pelo título – assim como ocorrera na temporada passada.</p>
<p>Di Grassi teria condições de voltar à Fórmula 1 e fazer um bom papel? Não tenho a menor dúvida. Contudo a passagem dele pela categoria, em 2010, lamentavelmente deixou sequelas.</p>
<p>Não que o paulista tenha ido mal. Muito pelo contrário. A bordo dos problemáticos carros da então estreante equipe Virgin, fez um trabalho consistente, recebendo a quadriculada em 11 dos 18 GPs que participou, um a mais que o companheiro de equipe, o alemão Timo Glock – que já tinha 35 provas no currículo.</p>
<p>No entanto, quando um piloto encontra-se relegado a um time de fim de grid existem apenas dois caminhos para progressão na carreira. O primeiro é por meio de um envolvimento sólido com uma grande equipe, dirigentes influentes que possam garantir-lhe um posto privilegiado no futuro.</p>
<p>Já o segundo método para crescimento é se o cara colocar o carro debaixo do braço e conseguir resultados sui generis. Algo, convenhamos, extremamente complicado. Sobretudo na Fórmula 1 dos últimos anos, onde aquela história de poupar equipamento para receber a bandeirada e contar com problemas mecânicos no carro dos adversários caiu por terra. O número de abandonos nas provas tornou-se muito baixo em relação, por exemplo, aos anos 80 e 90.</p>
<p>Outro piloto que merece uma segunda chance é o mexicano Sergio Pérez. Uma segunda chance em time grande, mais precisamente.</p>
<p>Em 2013, Checo chegou à McLaren depois de duas temporadas promissoras pela Sauber. Porém pouco fez. E ainda não teve um relacionamento dos mais positivos com o companheiro de equipe, o inglês Jenson Button.</p>
<p><img alt="Pérez conquistou dois pódios nas últimas três provas disputadas" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/perez_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Há quem possa torcer o nariz para Pérez, julgá-lo apenas por esse frustrado episódio. Mas fato é que o mexicano parece um piloto mais consistente e maduro que naquela época. Sobretudo, nos últimos dois campeonatos. Para isso, basta comparar seu rendimento ao do companheiro de Force India, o alemão Nico Hülkenberg, outro piloto talentoso, osso duro de roer.</p>
<p>Ano passado, o mexicano somou 78 pontos, contra 58 de Nico. Já na atual temporada, com dois pódios nas últimas três corridas realizadas, tem 39 pontos. Hulk, 20.</p>
<p>Para ter uma noção, a melhor classificação de Hülkenberg em provas desde 2015 foi sexto lugar, obtido em quatro ocasiões. Pérez superou esse resultado em nada menos que seis ocasiões, com três terceiros e três quinto lugares.</p>
<p>Com o nome mais uma vez em evidência na Fórmula 1, Sergio é alvo de diversas especulações no paddock. Inclusive uma possível transferência para a Ferrari, a partir do próximo ano. Vale lembrar que o piloto já fez parte da equipe, como membro da Academia de Pilotos, entre 2010 e 2012.</p>
<p>Longe de torcer por a ou b, x ou y, até vejo algo positivo nessa possibilidade: ao menos deixaria um pouco de lado esse paradigma de que a categoria não oferece uma segunda chance.</p>
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<body id="cke_pastebin" style="position: absolute; top: 1739px; width: 1px; height: 180px; overflow: hidden; margin: 0px; padding: 0px; left: -1000px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-e3Ti9byTvoE/V3_xil9Z_mI/AAAAAAAAAs8/xmseVob_emMhI4LI-bTilqsM8K-_3CpnQCLcB/s1600/rafael_ligeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-e3Ti9byTvoE/V3_xil9Z_mI/AAAAAAAAAs8/xmseVob_emMhI4LI-bTilqsM8K-_3CpnQCLcB/s1600/rafael_ligeiro.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><em><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background-image: initial; background-position: initial; background-size: initial; background-repeat: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; color: rgb(34, 34, 34);"><b>Rafael Ligeiro</b> é jornalista e publicitário. Estreou na Comunicação em 2002, como colunista de automobilismo, esporte do qual é fã desde sua infância. Possui mais de 600 artigos publicados em veículos do Brasil e do Exterior, para segmentos como esportivo, científico e literário. Editor executivo do site </span><span style="color: rgb(178, 34, 34);"><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background-image: initial; background-position: initial; background-size: initial; background-repeat: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial;"><strong>RACING ONLINE</strong></span></span><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background-image: initial; background-position: initial; background-size: initial; background-repeat: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; color: rgb(34, 34, 34);"> desde junho de 2016, acumula ainda passagem por agências de publicidade.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span open=""><o:p></o:p></span></div>
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