Ser piloto de Fórmula 1 permite guiar os carros mais rápidos do planeta nos melhores autódromos. Mas, vez por outra, há a possibilidade de se conduzir modelos históricos também. Foi isso que Carlos Sainz fez recentemente, ao dirigir a Ferrari 412 P, modelo raríssimo construído em 1967 e avaliado em 19,4 milhões de dólares (R$ 101 milhões, na conversão atual), em Fiorano.

Este não é qualquer modelo: foi com a 412 P que a Ferrari conquistou a terceira colocação nas 24 Horas de Daytona, mais importante prova de endurance dos Estados Unidos, em 1967. O veículo pilotado por Sainz foi restaurado pela própria montadora italiana, que manteve tudo original, exceção da cor vermelha usada na época.

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Quando o veículo foi inscrito na prova de resistência realizada em Daytona Beach, ele tinha as cores azul e branca, pertencentes a NART, a North American Racing Team, uma divisão americana da marca. A equipe tinha como proprietário Luigi Chinetti, importador da Ferrari para a América do Norte. O modelo é equipado com um motor de 3.9 litros, V12 de 420 cv, e alcança os 310 km/h.

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O 412 P não é apenas um carro que disputou uma corrida importante. O modelo foi produzido pela Ferrari como uma resposta a Ford, que anos antes tentou comprar a fábrica de Enzo Ferrari. Assim, o veículo de Maranello tinha como objetivo rivalizar com o Ford GT40. A rixa entre as duas fabricantes virou um filme lançado em 2019.

Na ocasião, o 412 P fechou um top-3 de carros da Ferrari, que viu dois 330 P dominarem a corrida. O melhor Ford GT40 terminou com a oitava posição.