
Bom medir antes de comprar um carro. Toda compra deve ser precedida de uma verificação, muito cuidadosa, do produto a ser incorporado ao patrimônio do comprador. Nos dias atuais então, o perigo de comprar “gato por lebre”, pela Internet, é muito grande. Todo cuidado é pouco, mesmo sabendo-se que a maioria das empresas do setor atua com correção.

Mas, em muitos casos, o engano ocorre por conta do comprador que, no entusiasmo da compra acaba se esquecendo de verificar se o produto a ser adquirido, tem as especificações que estejam de acordo com as suas necessidades.
Um exemplo equivocado de compra aconteceu, faz alguns anos, com um jornalista do setor. Nos tempos do lançamento da picape Corsa (1995), derivada do carro que foi um dos maiores sucessos da marca norte-americana no Brasil, embora o modelo tenha vindo da europeia Opel . Pois bem, ele corria de kart e queria um modelo pequeno que transportasse o seu veículo de competição.
E comprou uma picape Corsa. E quem disse que o seu kart cabia no veículo? A picape tinha apenas 88 cm de largura por 1,80 m de comprimento! Não tenho ideia do que ele fez com a pequena picape, mas faltou planejamento, mesmo para alguém intimamente ligado ao setor. Foi o entusiasmo!
E a RAM então
Este caso foi mais recente. Ao conhecer a RAM, o sujeito enlouqueceu logo pensou em trocar a sua picape, por uma versão 3.500 do modelo da Stellantis. Antes de ir para a concessionária ainda anunciou para a esposa que ela não ia acreditar no veículo que viajariam para a praia no próximo feriadão. Gabou-se de que iriam ter todo o espaço do mundo para as coisas das crianças e muito espaço interno para toda a família, incluindo o cachorro, um enorme Dog Alemão.
Por incrível que pareça, conseguiu um bom negócio na concessionária e já saiu de lá com a RAM 3.500. Vermelha, chamava a atenção de muita gente na rua. E ele estava orgulhoso. Mas, ao chegar em casa, foi advertido pelo síndico que, coincidentemente, estava saindo do prédio onde moravam, que “aquilo” não ia caber na garagem.
– Imagine! A minha outra picape era enorme e cabia.
E entrou na garagem, já raspando um pouco a antena no teto do portão com 2,20 m de altura (a altura dela é 2.03m, mas com a antena alcança os 2,20m). Quando foi estacionar, ficou uma “pilha de nervos” e, principalmente frustrado, porque a RAM não cabia na vaga. Ela, com seus 6,06m de comprimento, era quase um metro maior que a anterior, que tinha 5,3 m e tomava boa parte da passagem da sua garagem. Foi uma decepção e um custo extra de manutenção, porque teve que alugar uma vaga no estacionamento, distante uma quadra de seu prédio, por um preço condizente com o tamanho da sua nova picape.
Mas a sua esposa aprovou o tamanho e conforto. A criançada então, seus três filhos, adoraram a RAM.

Não cabiam os amigos
Bem que o pai avisou, que era um carro pequeno, que levava só duas pessoas e que na hora da turma ir para a balada ou uma viagem de fim de semana, ela pouco poderia ajudar no transporte, a não ser levar as bagagens na caçamba.
Mas ela adorou a picape Corsa e, pouco tempo depois de fazer 18 anos, ganhou a sua preferida. O tempo foi passando, passando e chegou o momento em que ela reconheceu que o uso daquele tipo de veículo era mesmo para quem precisasse trabalhar com ele.
E adorou quando a picape foi trocada por um Corsa e, depois, por um Peugeot 206, nos quais podia levar quatro colegas.
Os nomes dos personagens dessas três histórias não foram revelados pra não ferir suscetibilidades. Vocês entendem, não?
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