Via de regra, usamos o espaço do Piloto da Semana para falar de nomes brasileiros que tiveram bons desempenhos no final de semana anterior. Mas o americano Myles Rowe merece que a exceção seja aberta nesta semana. O americano de ascendência jamaicana se tornou campeão da USF Pro 2000, uma das categorias de acesso à Indy, no último final de semana, em Portland. Mais do que isso, o piloto de 23 aos também é o primeiro negro a vencer um título no “caminho” para a categoria americana.

Apoiado por Roger Penske e tendo no australiano Will Power um de seus admiradores e mentores, Rowe fez uma campanha praticamente perfeita na USF Pro 2000. Foram cinco vitórias, nove pódios, quatro poles positions e três melhores voltas. Tal desempenho permitiu ao piloto se manter na frente por toda a temporada e, mesmo com a ascensão de Kiko Porto, brasileiro que terminou com o vice-campeonato, nas etapas finais, não teve a liderança seriamente ameaçada, garantindo o campeonato.

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“Sabíamos que, depois de 2022 e de terminarmos em segundo lugar na USF2000, especialmente por estarmos tão perto do título, tínhamos que começar com força. Foi isso que fizemos. Trabalhamos duro, perseveramos e conseguimos. Tudo isso é graças a todos que me apoiam, a todos que estão aqui assistindo e me incentivando, à minha família – minha mãe e meu pai pelo sangue, suor e lágrimas -, a Roger Penske e Penske Entertainment, Force Indy, Pabst Racing. Isso não seria possível sem eles”, disse Rowe.

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A conquista de Rowe na USF Pro 2000 passou longe de ser celebrada apenas pela família e por pessoas ligadas à sua equipe na categoria americana, a Pabst. Lewis Hamilton, até hoje único piloto negro a competir na Fórmula 1, onde possui sete títulos mundiais, celebrou o título do americano através das redes sociais ao republicar postagens da conta oficial da Indy sobre o título do jovem de 23 anos.

Rowe não teve os planos para a próxima temporada revelados após a disputa da rodada tripla de Portland, no último final de semana. Mas o título da USF Pro 2000 lhe garantiu uma bolsa de pouco mais de 600 mil dólares, que poderá ser usada para garantir uma vaga na Indy NXT, a principal categoria de acesso à Indy. Muito provavelmente, será lá que o piloto estará no próximo ano.