<p>Após as recentes análises técnicas realizadas nos pneus usados em Spa-Francorchamps, a Pirelli conclui que:</p>
<p>1) Os testes realizados pela Pirelli nos pneus usados ??em Spa confirmaram a ausência de problemas estruturais. A fabricante italiana de pneus empreendeu uma análise profunda sobre os materiais e processos de produção utilizados, empregando dois diferentes métodos de testes e verificações.</p>
<p>A análise microscópica, realizada em um grande número de pneus após a segunda sessão de treinos livres, não apresentou sinais de fadiga ou problemas de integridade. O mesmo resultado foi confirmado nos pneus usados ??durante a corrida, que foram cortados transversalmente e analisados em Milão. Alguns dos pneus usados na corrida foram submetidos ainda a outro teste de fadiga de laboratório, passando por todas as avaliações de forma conclusiva. Estas confirmam que não houve degradação ou quaisquer outros problemas estruturais durante a corrida.</p>
<p>Desde o início deste ano, 13,748 pneus slick já foram utilizados, inclusive em pistas especialmente exigentes, como Sepang, Barcelona e Silverstone. Nenhum problema foi encontrado, reafirmando a plena qualidade e eficiência dos Pirelli P Zero.</p>
<p>2) Os acontecimentos de Spa, portanto, podem ser atribuídos a fatores externos, relacionados ao uso prolongado dos pneus, em um dos circuitos mais exigentes para os pneus, de toda a temporada.</p>
<p>Os fatores externos foram evidenciados em um total de 63 microcortes encontrados na banda de rodagem dos pneus usados ??pelas equipes de Fórmula 1, no mesmo traçado que, anteriormente, presenciou diversos acidentes nas corridas preliminares ao GP da Bélgica, ao longo de todo o fim de semana. Nos 15 eventos anteriores (sendo 10 corridas e cinco sessões de teste), uma média de apenas 1,2 corte por evento foram identificados. Tudo isso resultou em uma quantidade anormal de detritos na pista de Spa, com o consequente aumento do risco de se deparar com um objeto estranho.</p>
<p>Se até mesmo um pequeno pedaço de detrito feito de carbono ou outro material afiado pode perfurar e cortar partes estruturais de um pneu (que está, obviamente, sujeito a utilização de alta velocidade, e ainda mais suscetível se usado por um período prolongado) sem penetrar a estrutura real, isto pode causar uma falha que é diferente daquela encontrada em casos de furos normais, que se caracterizam pela perda de pressão do pneu. E o primeiro caso foi exatamente o tipo de anomalia vista no pneu de Sebastian Vettel em Spa.</p>
<p>Quanto a Nico Rosberg, em cujo caso o uso dos pneus foi menor, o pneu foi perfurado – como o vídeo mostra claramente –, porém a falha não foi instantânea. Quatro curvas antes, um elemento da estrutura interna do pneu se tornou visível, em um caso que é totalmente fora dos padrões. Isso denota a existência de dano externo que, consequentemente, deu início ao desgaste do pneu.</p>
<p>Durante todo o fim de semana em Spa (incluindo treinos livres, classificação e corrida), cortes causados ??por destroços foram encontrados em pneus de outros pilotos, mas que, embora tenham danificado a banda, não causaram quaisquer falhas.</p>
<p>3) No final do treino classificatório, no sábado em Spa, um número excepcional de cortes foi constado nos pneus. Naquele momento, a Pirelli chamou a atenção da condição do circuito para a FIA, solicitando que a pista fosse limpa; e avisou as equipes daquela situação. A FIA reagiu imediatamente no sentido de providenciar a limpeza da pista, bem como de também informar as equipes.</p>
<p>Juntamente com a FIA, a Pirelli propõe um estudo para avaliar qual é a melhor maneira de limpar os circuitos, que seja realmente eficaz.</p>
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