Ayrton Senna sempre foi considerado um exemplo de boas ações ao longo de sua trajetória no esporte. E, mesmo após 25 anos de sua morte, o piloto continua sendo referência para pilotos de várias idades e categorias diferentes. Durante o Senna Day, festival organizado pelo Instituto Ayrton Senna nessa quarta-feira (1º), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), Sérgio Sette Câmara, piloto da Dams na Fórmula 2 e já ligado à McLaren, e Cacá Bueno, piloto da Cimed Racing na Stock Car, falaram sobre as qualidades atribuídas ao tricampeão mundial que carregam para as próprias carreiras.

Sette Câmara tem apenas 20 anos, e não era nascido quando Ayrton Senna sofreu o acidente fatal em Ímola. O mineiro garante que leva consigo diversas características do piloto, considerado por muitos o maior nome da história da Fórmula 1, mas vê o trabalho desenvolvido por Senna em diversas frentes como a mais importante característica a ser levada em conta em seu trabalho.

“O trabalho, a dedicação, entender que tem várias áreas em que você pode trabalhar. Não é só sentar e guiar. Você tem que se preparar física e mentalmente. A parte espiritual também, acreditar em algo, fazer o bem, e o Instituto (Ayrton Senna) é a prova disso. A parte de trabalho, principalmente o trabalho inteligente, que o piloto tem várias áreas em que precisa ser completo. E também a parte de ter um propósito para isso. E, no meu caso, o fato de ser brasileiro. Sinto um grande orgulho de ter essa referência no nosso País”, disse Sette Câmara, que veio ao Brasil após a etapa de Baku da Fórmula 2.

Cacá Bueno, que voltou sua carreira para categorias de Turismo desde o início da carreira, teve a chance de conviver com Senna quando criança, uma vez que um dos amigos do tricampeão mundial era Galvão Bueno, pai do astro da Stock Car. De acordo com o piloto da Cimed Racing na mais importante categoria do automobilismo nacional, a dedicação de Ayrton era a principal característica do tricampeão.

“O Senna era o cara, talvez, mais dedicado que eu vi no meu esporte, que é o esporte que eu amo, e que era o esporte dele. Ele procurava a dificuldade e tentava superá-la, se dedicando mais que todo mundo. Eu brinco com alguns amigos, vi isso escrito em algum lugar, mas podem surgir pilotos melhores que o Senna, talvez já tenha acontecido, mas igual ao Senna, não vai ter jamais pelo nível de dedicação, o nível de amor que ele tinha pelo esporte que ele praticava”, disse Cacá.

Sette Câmara e Cacá estiveram em Interlagos para conduzir a McLaren Senna, modelo produzido pela fabricante inglesa em homenagem a Ayrton Senna. Os dois, além de Rubens Barrichello, conduziram o superesportivo levando de carona alguns convidados ao longo do dia.

Foto: Divulgação/Instituto Ayrton Senna