
O Dia do Orgulho LGBT é celebrado neste domingo (28), dia em que a “Revolta de Stonewall”, ocorrida em Nova York, completa 51 anos. A data foi escolhida após o bar StoneWall-Inn, frequentado por gays, lésbicas, trans e drag queens, ser invadido por policiais, que agrediram uma lésbica provocando a ira dos frequentadores, que expulsaram os policiais e protestaram por três dias. No ano seguinte, foi criada a Parada do Orgulho Gay.
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Neste dia especial para a comunidade LGBT, RACING lembra de cinco pilotos que competiram – ou ainda competem – em algumas das principais categorias do automobilismo mundial, e que são gays, lésbicas ou transsexuais.

Mike Beuttler
O egípcio de cidadania inglesa passou pelas Fórmula 3 e Fórmula 2 antes de disputar 28 corridas na Fórmula 1 entre os anos de 1971 e 1973. Sempre correndo com um chassi March equipado com motor Cosworth V8, Beuttler passou muito perto de conquistar um ponto no GP da Espanha de 1973, em Montjuich. Naquela ocasião, Beuttler chegou a aparecer em sexto, mas foi superado por Danny Hulme há nove voltas do final.
O anglo-egípcio encerrou sua trajetória no automobilismo nos 1000 Km de Brands Hatch, em 1974. Depois, se mudou para San Francisco, nos Estados Unidos, onde se assumiu gay. Beuttler morreu em 1988, aos 48 anos, por complicações causadas pelo vírus da AIDS.

Lella Lombardi
A italiana, declaradamente gay, é até hoje a única mulher a conseguir pontuar em uma corrida da Fórmula 1. Lella correu de kart, foi vice-campeã da Fórmula 3 Italiana, em 1968, antes de passar pela Fórmula Ford Inglesa e pela Fórmula 5000, em 1974. Lella foi inscrita para o GP da Inglaterra do mesmo ano, mas não se classificou para a corrida.
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Defendendo a March, em 1975, se classificou para o GP da África do Sul, mas abandonou. No GP da Espanha marcado pela falta de segurança em Montjuich, com a morte de quatro pessoas em um acidente com Rolf Stommelen, Lella terminou em sexto, e faturou 0,5 ponto, já que a corrida não chegou aos 75% da distância oficial. Exceto Mônaco, a italiana sempre se classificou entre os 20 melhores.
Lella deixou a F1 em 1976, e disputou as 24 Horas de Le Mans, e teve uma experiência na Nascar, onde terminou as 400 Milhas de Daytona na 31ª posição. A italiana deixou às pistas definitivamente em 1988, e morreu quatro anos depois, vítima de câncer, deixando a esposa, Fiorenza.

Charlie Martin
A inglesa de 38 anos pode entrar para a história como a primeira piloto transsexual a disputar as 24 Horas de Le Mans, objetivo que traça desde que iniciou sua carreira no esporte a motor, disputando o campeonato britânico de subidas de montanhas. Em 2018, passou a correr o Ginetta GT5 Challenge.
No ano passado, Charlie estreou na Michelin Le Mans Cup, categoria da qual estreou em protótipos, correndo ao lado os irmãos luxemburgueses Gary e David Hauser. Para este ano, disputaria o tradicional VLN, campeonato de corridas de longa duração baseado na Alemanha. A piloto também disputou o campeonato virtual da Fórmula E para influencers.

Stephen Rhodes
No noticiário atualmente por conta de manifestações contra o racismo, a Nascar teve em Stephen Rhodes seu primeiro piloto assumidamente gay em divisões nacionais. Nascido na Carolina do Norte, Rhodes estreou no esporte a motor em 1992, no kart. Passou por corridas em ovais de terra antes de mudar para as pistas de asfalto.
Em 2001, o piloto correu em categorias de Late Models. Dois anos depois, Rhodes se tornou o primeiro gay a correr uma prova de divisão nacional da Nascar, ao correr pela Truck Series a etapa de Bakersfield, disputada no circuito de Mesa Marin, terminando na 30ª posição. O atleta correu apenas mais uma vez na categoria das caminhonetes, terminando em 21º em Martinsville. Rhodes deixou as pistas em 2010, correndo nos Late Models.

Danny Watts
Danny Watts teve uma carreira bem-sucedida no esporte a motor. Vencedor das 24 Horas de Le Mans na categoria LMP2 em 2010, ano em que terminou a prova na quinta posição geral, o inglês disputou outras sete vezes a mais importante corrida de endurance do planeta, deixando-a em 2016.
Watts, que também correu no WEC, na Porsche Supercup e na extinta A1GP, se assumiu gay em 2017, depois de aposentado. O ex-piloto disse que o ambiente do esporte o “obrigava a esconder” sua sexualidade por ser “muito masculino”.
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