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Mundo Rally: Sertões e certeza de mudanças

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  • Publicado: 30/09/2016
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:38
  • Por: Racing

<p><img alt="Rally dos Sertões sofrerá mudanças em 2017. (Foto: Ricardo Leizer/Fotop)" src="/wp-content/uploads/uploads/sertoes1_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>O esporte automobilístico, por sua natureza tecnológica, é um mundo de constantes evoluções. Muitas delas provocadas por interessem maiores, como da própria indústria.</p>

<p>Quando selecionamos as competições ligadas ao todo terreno, este ritmo de novidades é ainda mais frequente. Por exemplo, uma das características do Rally Dakar, o mais famoso Rally Cross Country do planeta, é justamente nunca repetir o percurso, que também é secreto, guardado às sete chaves e apresentado aos concorrentes na véspera da largada, justamente para evitar reconhecimentos, treinamentos e montagem de pontos de apoio, o que inclusive é proibido pelo regulamento.</p>

<p>Nossa maior prova, o Rally dos Sertões, que teve a sua 24ª edição realizada em setembro, não fugiu a esta fórmula, e já anunciou, que a próxima edição terá um percurso inédito, largando de Goiânia, ponto de partida já tradicional, e chegada em Bonito, Mato Grosso do Sul. Sim, sabemos de onde larga e onde chega, mas por onde vai passar? Neste exato momento nem a organização ainda sabe. Este levantamento é um longo trabalho, que ainda vai começar. Mas para quem gosta de aventura, dá aquela coceira e vontade de começar a se preparar. Para mais de 3.000 quilômetros de surpresas.</p>

<p>Para quem ainda não está satisfeito, tem mais. Em 2012, tivemos a primeira participação dos UTVs. Se no começo parecia uma corrida de quadriciclos com volante no lugar do guidão, dois bancos concha e uma gaiola, aquela novidade cresceu e tornou-se uma importante categoria com 32 participantes em 2016.</p>

<p>Os “carrinhos” evoluíram, já parecem quase verdadeiros bajas. Aliás, isso é interessante, porque ao contrário da categoria carros, que nasceu da adaptação dos veículos de rua, os UTVs já foram gerados com o DNA da competição. Isso quer dizer que eles praticamente saem da barriga da mamãe prontos para competir. Sim, hoje os carros de ponta, como os que venceram as 4 últimas edições do Sertões, são verdadeiros protótipos. Mas custam uma fortuna, o que inviabiliza a participação democrática na categoria. Não que os UTVs sejam tão baratos como uma moto ou um quadriciclos, mas se comparados aos bólidos que disputam a ponta do Dakar ou do Sertões, só o cambio de um monstro desses já paga a conta do UTV. E por exemplo, o vencedor do Dakar 2016, o Peugeot DKR 2008 não está a venda. A categoria ainda é nova, muito competitiva, isso quer dizer, muito divertida. Estou louco para provar.</p>

<p>Então, para quem pensa em participar do próximo Sertões, a única certeza é de mudanças.</p>

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