<p><img alt="Peugeot defende título com novo modelo, o 3008 DKR. (Foto: Flavien Duhamel)" src="/wp-content/uploads/uploads/peugeot-3008_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>A 39ª edição do Rally Dakar terá largada em 2 de janeiro em Assunção, capital do Paraguai, rumando para o norte onde cruzará os altiplanos da Bolívia, visitando a cidade de La Paz e retornando ao Sul, atravessando a Argentina, com a chegada no dia 14 de janeiro em Buenos Aires.</p>
<p>Esta será a nona edição do Rally Dakar na América do Sul, mas a primeira em que a Peugeot defende seu título após o retorno a mais difícil prova do esporte motor. E a equipe francesa está se armando até os dentes e que, me desculpem o péssimo trocadilho, os dentes do leão já eram bastante temidos.</p>
<p>Tentando me explicar, a Peugeot já tinha quatro títulos na versão africana do Dakar. Eles foram conquistados em 1987 e 1988 com o modelo 205 T16, e outros dois em 1989 e 1990, com o 405 T16.</p>
<p>Em 2014 os franceses anunciaram um projeto bastante audacioso, o protótipo Peugeot 2008 DKR, um revolucionário buggy, abandonando a tração 4×4 dos modelos anteriores, e com motor diesel, e também muito diferentes dos outros 4×2 que já disputavam a prova.</p>
<p>A reestreia aconteceu no Dakar 2015, tendo como pilotos um trio de peso: o francês Stéphane Peterhansel, o recordista de vitórias no Dakar. O espanhol Carlos Sainz, bicampeão mundial do WRC e vencedor do Dakar 2010 com a Volkswagen. E o francês Cyril Despres, que foi uma grande surpresa. Despres tem cinco títulos sobre duas rodas no Dakar e aproveitou a excelente oportunidade para mudar de categoria.</p>
<p>O carro tinha muitas novidades e sofreu com o nascimento prematuro. Mostrando que não se tratava de uma aventura, o time aprendeu com a experiência, voltou atrás em algumas apostas, corrigiu erros e aperfeiçoou o que funcionou. Literalmente construiu um novo carro para o Dakar 2016. Os franceses seguiram a cartilha e fizeram a lição de casa, participaram de provas, muitos testes e desenvolvimentos, e de quebra, um quarto piloto, nada mais nada menos que o nove vezes campeão do WRC, o francês Sébastien Loeb.</p>
<p>O resultado foi fenomenal, a equipe liderou o Rally Dakar 2016 de ponta a ponta, venceu nove das treze etapas disputadas (destas, sete formando dobradinha). Peterhansel ampliou seu recorde para 12 vitórias (seis em moto, seis com carros).</p>
<p>Voltando aos dentes afiados, o apetite do leão não foi saciado. A equipe trabalhou e recentemente disputou a primeira prova já com o novo modelo, o Peugeot 3008 DKR. Visualmente muito parecido com o anterior, mas com várias melhorias, no chassi, na suspenção, no motor 3.0 V6 twin-turbodiesel e inclusive no conforto dos tripulantes, com um novo sistema de ar condicionado.</p>
<p>Entre os caçadores deste magnifico troféu, precisamos prestar a atenção em Nasser Al-Attiyah. Dono de dois títulos no Dakar, em 2011 com a Volkswagen e em 2015 com a Mini, o piloto no do catariano mudou para a Toyota após o Dakar 2016. Em dupla com o inglês Matthieu Baumel, a bordo do Hilux V8, eles venceram todas as provas em que participaram, inclusive no Marrocos, onde a Peugeot colocou um 3008 DKR com Sainz no volante e ficou com a segunda posição.</p>
<p>Vamos ver se o Dakar 2017 será dia da caça ou do caçador!</p>
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