Card image
Notícias
Minha Corrida Inesquecível: Christian Fittipaldi

2 Minutos de leitura

  • Publicado: 26/09/2016
  • Atualizado: 26/09/2016 às 19:09
  • Por: Racing

<p><img alt="Christian acelerou forte na Austrália e fez os adversários pagarem o pato" src="/wp-content/uploads/uploads/christian_fittipaldi1_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Prêmios milionários, elevado nível técnico entre os pilotos e, sobretudo, equipamentos com desempenho capaz de permitir a diversos pilotos a chance de vencer. Esses foram alguns dos atrativos que, durante os anos 1990, consolidaram a CART como uma ótima alternativa no automobilismo top mundial.</p>

<p>Contudo, houve uma temporada que quebrou uma dessas regras: em 1998, a Chip Ganassi dominou o campeonato. Embalada pelo pacote técnico mais competitivo do certame (chassi Reynard, motor Honda e pneus Firestone), a equipe venceu dez das 19 corridas do ano. No auge de sua carreira, o italiano Alex Zanardi faturou o bicampeonato com quatro provas de antecedência e, de quebra, assegurou um milionário contrato de dois anos para retornar à Fórmula 1 a partir de 1999, pela Williams.</p>

<p>Embora não tivesse em mãos um dos foguetes da Chip Ganassi, Christian Fittipaldi, que à época corria pela Newman-Haas, guarda uma excelente recordação desta temporada. Foi nela, mais precisamente durante a Honda Indy 300, em Surfers Paradise, na Austrália, que o paulista fez, segundo ele, a corrida mais inesquecível de sua carreira.</p>

<p>"Naquela noite (após a corrida), eu fui dormir 100% tranquilo", conta Christian. "Eu tive a certeza que não conseguiria extrair nem mais uma vírgula do carro. Andei absolutamente no limite do começo ao fim e isso foi muito prazeroso".</p>

<p> </p>

<p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" src="https://www.youtube.com/embed/Qk0_GzbvcLM" width="620"></iframe></p>

<p>Curiosamente, essa notável participação ocorreu no local onde, no ano anterior, Fittipaldi passara por um dos piores acidentes de sua carreira. O brasileiro sofreu múltiplas fraturas na perna direita (e uma fratura no dedão do pé esquerdo) após estampar seu Swift-Ford no muro, a mais de 200 km/h, durante a segunda volta da prova. Para se ter uma ideia, a contenção recuou quase meio metro por conta do impacto.</p>

<p>Fittipaldi surpreendeu aos médicos e, apenas 11 semanas depois, já estava de volta às pistas. Ainda caminhando com o auxílio de muletas, terminou em quarto lugar na reestreia, em Portland.</p>

<p>Mas voltemos a Surfers Paradise, 1998.</p>

<p>A CART desmbarcou na Austrália para a 17ª etapa daquele ano, em outubro, com o campeonato já definido a favor de Alessandro Zanardi. Mesmo assim, o italiano não tirou o pé: cravou o segundo melhor tempo do treino classificatório, com 1m32s310. À frente dele, o escocês Dario Franchitti com um carro que era a "segunda força" da categoria: o Reynard-Honda-Firestone, da Team Green.</p>

<p>No entanto, de fato, quem roubou a cena foi Fittipaldi. Em um ano não dos mais produtivos à sua equipe, a Newman-Haas, marcou 1m32s501, apenas 0s213 de Franchitti.</p>

<p>Na corrida, como era esperado, Franchitti e Zanardi "sumiram" na frente. Mas Christian teve uma forte participação.</p>

<p>"Eu andei no limite do começo até o fim", ressalta o campeão das temporadas 2014 e 2015 do WeatherTech SportsCar Championship, na classe Prototype. "Encostei umas duas ou três vezes na parede e não aconteceu nada com o carro. Guiei todas as voltas como se estivesse em uma classificação".</p>

<p>Poucas voltas antes da quadriculada, um acidente entre Richie Hearn, Alex Barron e o companheiro de Fittipaldi na Newman-Haas, o norte-americano Michael Andretti, forçou a entrada do safety car. A corrida terminou sob bandeira amarela, com Zanardi em primeiro, seguido por Franchitti e Christian.</p>

<p>Um terceiro lugar com gostinho de vitória.</p>

Deixe seu Comentário

Comentários