A Europa pode até ser o continente com o maior número de circuitos na Fórmula 1, mas quando falamos de países que receberam a categoria, os Estados Unidos largam na primeira posição com folga: são 12 traçados diferentes, prestes a completar 13 com a entrada do GP de Las Vegas em 2023.
Com o status de um campeonato mundial, é normal que a F1 busque correr em outros continentes fora da Europa, mas a insistência nos EUA busca popularizar o esporte nas terras do Tio Sam. Por lá, o público possui paixão por suas categorias locais, como NASCAR e Indy.
Você conhece o canal da RACING no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga a RACING também no Instagram! e no Twitter
Acompanhe tudo o que rola no esporte a motor com o Boletim Racing
A insistência da Liberty Media, dona dos direitos da categoria, parece estar dando resultado: agora, além do já conhecido Circuito das Américas no Texas, a Fórmula 1 vai desembarcar na ensolarada Miami no segundo final de semana de maio e Las Vegas, a cidade dos cassinos, se prepara para receber novamente as 10 equipes em 2023.
LEIA MAIS:
Volkswagen confirma entrada na Fórmula 1 em 2026
Diversas pistas ainda moram na lembrança de quem acompanha a categoria há anos. Relembre os circuitos que já receberam a Fórmula 1 em solo norte-americano:
1 – Indianápolis, Indiana (oval)
A história da Fórmula 1 nos Estados Unidos começa em 1950, com o famoso circuito de Indianápolis. Sem equipes ou pilotos europeus, a 34ª edição da icônica 500 Milhas valeu pontos para o campeonato mundial. O traçado continuou no calendário até 1960, com tímidas aparições dos pilotos do velho continente. Destaque para o piloto norte-americano Bill Vukovich, que venceu duas edições seguidas e faleceu em um acidente na edição de 1955.
2 – Sebring, Flórida
A pista apareceu somente uma vez no cronograma da F1, em 1959. Na época, a prova encerrou o campeonato daquele ano, que coroou Jack Brabham como campeão. Apesar de única, a corrida foi memorável: Brabham precisou empurrar seu carro nos metros finais para cruzar a linha de chegada e garantir o título, protagonizando uma cena que até hoje vive no imaginários dos fãs de automobilismo.
3 – Riverside, Califórnia
Elogiado por sua rapidez, Riverside foi mais um circuito que recebeu apenas uma edição da Fórmula 1. A corrida, realizada em 1960, enfrentou uma série de problemas: era a última do calendário, mas o campeonato já estava decidido. Além disso, a pista receberia em poucas semanas uma categoria local, o que tirou a atenção da mídia. Apenas 25 mil pessoas atenderam ao evento para ver Stirling Moss cruzar a linha de chegada em primeiro.
Com o “fracasso”, Riverside não foi renovada para outras temporadas. O circuito continuou operando por mais alguns anos, até ser vendido em 1983 e encontrar seu fim em 1988.
4 – Watkins Glen, Nova York
Foram 20 grandes prêmios e três traçados diferentes. Watkins Glen fez história na categoria e viu grandes campeões acelerarem em suas retas. Com a primeira edição em 1961, o circuito consolidou o seu espaço no calendário até 1980. “Glen” foi palco da primeira vitória de Emerson Fittipaldi na categoria, em outubro de 1970.
5 – Long Beach, Califórnia
Com quatro traçados diferentes, Long Beach recebeu a F1 de 1976 a 1983. O circuito de rua também marcar uma data importante para os brasileiros: em 1980, Nelson Piquet cruzou a linha de chegada para conquistar sua primeira vitória na Fórmula 1. Atualmente, o circuito é palco da Indy e já recebeu a Fórmula E.
6 – Caesar’s Palace, Nevada
O primeiro circuito de Las Vegas recebeu a categoria em 1981 e 1982. Realizado no estacionamento do famoso cassino Caesars Palace, o GP recebeu diversas críticas pelo traçado em formato de “E”. Logo os dirigentes da F1 desistiram do circuito, com a Indy assumindo por mais dois anos. Atualmente, o estacionamento se tornou um complexo de hotéis com piscinas e arenas esportivas.
7 – Detroit, Michigan
Em uma tentativa de resgatar a cidade de Detroit, coração da indústria automotiva mundial, do declínio, as ruas da cidade foram casa da F1 nos EUA durante sete anos. Entre os vencedores ilustres, Ayrton Senna se destaca com três vitórias, o maior número de um piloto no circuito. A pista saiu fora do calendário em 1988.
8 – Dallas, Texas
Outro circuito que recebeu apenas uma edição, em 1984. O circuito urbano recebeu um dos momentos mais marcantes na carreira de Nigel Mansell: o britânico vinha para vencer a prova quando o câmbio de sua Lotus quebrou. Ele ainda tentou empurrar o carro, mas desmaiou no meio da pista devido ao cansaço. A vitória ficou com Keke Rosberg.
9 – Phoenix, Arizona
A pista de rua recebeu três edições da F1 entre 1989 e 1991. A falta de interesse do público e a baixa rentabilidade fez com que a categoria abandonasse o circuito. Apenas Ayrton Senna e Gerhard Berger venceram no circuito, com o brasileiro obtendo duas vitórias. Atualmente, não existem mais sinais da pista.
10 – Indianápolis, Indiana (Infield)
Nos anos 2000, Indianápolis voltou ao calendário da Fórmula 1, mas com o traçado interno. A pista durou até 2007 e presenciou uma das maiores polêmicas da categoria: apenas seis pilotos largaram. Os pneus Michelin apresentavam falta de confiabilidade na perigosa curva 13, levando as equipes a tentar entrar em acordo e alterar o traçado. As equipes com pneus Bridgestone não concordaram, fazendo com que todos os carros com borrachas Michelin ficassem de fora da prova de 2005.
11 – Circuito das Américas, Texas
Especialmente construído para a Fórmula 1, o Circuito das Américas está no calendário desde 2012 e ficou de fora apenas em 2020, devido à pandemia de covid-19. Conhecido pelas ondulações no asfalto, a pista já foi alvo de críticas dos pilotos da F1 e da MotoGP. O contrato está renovado até 2026.
Deixe seu Comentário