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ICGP Brasil: a emoção das motos clássicas de GP

3 Minutos de leitura

  • Publicado: 17/10/2016
  • Atualizado: 17/10/2016 às 20:10
  • Por: Racing

<h2><img alt="Keller é o responsável por trazer o ICGP ao Brasil. (Foto: divulgação)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/z_800_1228_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></h2>

<h2>O paulista Bob Keller é um apaixonado por automobilismo e motociclismo. E, como tal, envolveu-se profundamente com algumas das competições mais importantes do Brasil. Ele foi um dos responsáveis pela introdução da Porsche GT3 Cup no Brasil, junto com Dener Pires, e agora se prepara para coroar o esforço para realizar a etapa brasileira do International Classic Grand Prix, o campeonato mundial para motos de GP clássicas. A corrida acontecerá no dia 23 de outubro em Goiânia.</h2>

<p>Keller organiza corridas com a mesma paixão que o levou para o cockpit dos carros e o guidão das motos de competição. Sobre quatro rodas, venceu em 1996 a Mil Milhas Brasileiras, ao volante de um Porsche 911. Nas motos, competiu em enduros e ralis antes de se dedicar à motovelocidade. Desde 2011, disputa o ICGP na categoria 250, com uma Yamaha TZ. Foi o terceiro colocado no campeonato de 2015.</p>

<p>Nesta entrevista exclusiva, Bob Keller fala sobre o ICGP, a corrida de Goiânia e o resgate histórico do motociclismo brasileiro com a série de homenagens que serão feitas a pilotos que marcaram época.</p>

<p><strong>Como surgiu a ideia de trazer o ICGP para o Brasil?</strong><br />
Foi quase uma consequência natural do meu envolvimento como piloto. Há mais de dez anos, comecei a restaurar uma Yamaha TZ, unicamente como hobby. Como decorrência desse trabalho, passei a fazer contatos e conheci o circuito de motos de competição clássicas, e depois a competir nas provas que acontecem na Europa. E acabei entrando de corpo e alma no ICGP, o campeonato de motos de GP clássicas. Sempre tive vontade de ver essas motos correndo no Brasil, e agora isso finalmente vai acontecer!</p>

<p><strong>Esta vai ser a primeira prova do ICGP fora da Europa, certo?</strong><br />
Como etapa válida pelo campeonato, sim. Muitos anos atrás, o ICGP se apresentou em Daytona, mas apenas para demonstração. O Eric Saul, ex-piloto do Mundial e criador do ICGP, tem interesse em expandir o campeonato para fora da Europa e a realização desta prova no Brasil veio no momento certo para iniciar esse processo.</p>

<p><strong>Que tipo de moto pode correr no ICGP?</strong><br />
Somente motos de GP produzidas entre 1974 e 1984, das categorias 250 e 350 cm³, de qualquer marca. As Yamaha TZ são as mais numerosas, porque foram produzidas em grande quantidade e por muito tempo, mas também correm motos como Kawasaki, Exactweld, Sankito e outras. Neste ano, foi criada uma categoria nova, a YC250, somente para motos Yamaha TZ fabricadas entre 1985 e 1990. Por enquanto, ela corre em caráter experimental.</p>

<p><strong>E as máquinas aguentam o esforço?</strong><br />
Sim, e pode ter certeza de que são levadas ao limite! Todas são muito bem preparadas, cada piloto cuida da sua moto com dedicação e zelo extremos. As etapas do ICGP têm duas corridas, quase sempre realizadas no mesmo dia, como vai ser em Goiânia. Elas têm metade da duração de um GP atual, o que dá entre 20 e 30 minutos de corrida. </p>

<p><strong>E qual é o perfil dos pilotos?</strong><br />
Em sua maioria, são pilotos ou ex-pilotos que já corriam essas máquinas em nível nacional ou internacional. Há antigos participantes de GPs, como o Eric Saul e o Guy Bertin. O ponto em comum entre todos é a paixão por motos de GP clássicas.</p>

<p><strong>Como será o evento de Goiânia?</strong><br />
Teremos vários pilotos europeus, participantes do ICGP, e também alguns brasileiros que vão aproveitar a oportunidade para correr com motos de GP em uma prova internacional. Além disso, faremos uma homenagem aos grandes pilotos brasileiros de moto em todos os tempos e haverá atrações extras para quem estiver de moto e comparecer ao autódromo. Para mim, vai ser um final de semana cheio de trabalho, porque também estarei correndo e, mais ainda, quero fazer de tudo para terminar no top 3 do campeonato. Tenho certeza de que vai ser um grande evento, muito festivo e emocionante. Quem estiver lá vai querer voltar para a próxima.</p>

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