A FIA decidiu acabar com o limite mínimo de tempo durante as paradas nos boxes para troca de carros na Fórmula E. A ação será válida já a partir fo ePrix de Marrakesh, prova que será disputada neste sábado (13), em um circuito urbano.
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De acordo com a entidade máxima do automobilismo mundial, o limite de tempo foi criado pensando na segurança dos pilotos e membros das equipes. Com o passar do tempo, porém, esse processo foi otimizado, fazendo com que esta janela não seja mais necessária.
A mudança no procedimento de paradas nos boxes não foi bem aceito por alguns pilotos da categoria dos carros elétricos. Lucas di Grassi se diz a favor da alteração, mas cobrou os dirigentes por não terem a aplicado antes do início do campeonato.
“Sou a favor do conceito, mas se era para mudar, que mudassem no início do campeonato. Se fazem isso antes, a gente tem a opção de aperfeiçoar tudo. Uma mudança como essa será confusa para todos. Isso tornará nossa vida mais difícil em Marrakesh”, disse Di Grassi, em entrevista à revista Autosport.
Sam Bird, piloto da DS Virgin, concorda com o atual campeão da Fórmula E. Mais do que isso, o inglês se mostra preocupado com a segurança dos pilotos durante o processo de troca de carros.
“Do ponto de vista dos fãs, isso faz sentido. Mas, analisando o aspecto da segurança, não é o ideal. Não há nada que impeça os pilotos de baterem os cintos de segurança para ganhar tempo, e aí tudo se torna extremamente perigoso. Se coisas assim começarem a ser ignoradas, então não é o certo a ser feito”, disse.
Di Grassi concorda com Bird, e lembra que o sistema de fechamento do cinto nos protótipos e em carros de GT são bem diferentes – e mais fáceis – em relação ao carro da Fórmula E. Para o brasileiro, uma falha no fechamento fará o piloto perder muito tempo.
“Os atuais cintos de monopostos não são desenhados para mudanças rápidas. Em carros LMP e GT o sistema de fechamento é diferente, muito mais simples e efetivo. Tenho certeza que eu nunca vou arriscar andar sem os cintos estarem propriamente fechados”, disse Di Grassi.
“Como eles não foram feitos para isso, se o mecânico não fizer certo ou tentar fazer rápido demais sob pressão, pode levar entre 15 e 20 segundos para refazer tudo. É parte do jogo, mas não deveria ser parte de perder uma corrida” completou.
Foto: divulgação
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