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Fórmula 1
Confira dez mudanças essenciais nas regras da F1 em 2023

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  • Publicado: 01/02/2023
  • Atualizado: 01/02/2023 às 7:54
  • Por: Ana Oliveira

O regulamento da Fórmula 1 em 2023 permanece o mesmo do ano passado. Mas algumas mudanças foram feitas para tornar as corridas melhores e aumentar a segurança dos pilotos, além de melhorar o espetáculo para o público. Confira dez regras alteradas para esta temporada:

(Foto: Red Bull Content Pool)

1 – Altura e difusores ajustados
Para ajudar a diminuir o porpoising, efeito que faz o carro “quicar” na pista, quatro medidas foram tomadas: as bordas do assoalho do carro foram aumentadas em 15 mm; a altura da “garganta” do difusor e a rigidez da borda do mesmo foram aumentadas; e um sensor foi acrescentado para monitorar o efeito.

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2 – Aros de rolagem mais fortes
Essa mudança foi impulsionada após o acidente de Guanyu Zhou, da Alfa Romeo, no GP da Inglaterra de 2022. Para evitar que o carro role pela pista, como aconteceu com o chinês, o regulamento 2023 passou a estipular a obrigatoriedade de topo arredondado no arco de rolagem, o que reduzirá a chance de ele se enterrar no solo em caso de acidente, além de garantir uma altura mínima para o ponto de aplicação do teste de homologação.

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3 – Redução no peso mínimo do carro
Atualmente, o carro da Fórmula 1 tem um peso mínimo de 798 kg. Agora, o desafio dos projetistas e engenheiros vai mudar: uma redução de 2 kg foi implementada, dando chance para que as equipes trabalham formas de deixar o carro mais leve que seus adversários.

4 – Mudança nos retrovisores
Em uma tentativa de melhorar a visibilidade dos pilotos, haverá uma mudança nos espelhos retrovisores dos carros da F1: a largura da superfície reflexiva aumentará em 50 mm, de 150 mm para 200 mm.

5 – Aumento no número de corridas sprint
O número de corridas sprint vai dobrar em 2023: de três para seis provas neste estilo. Azebaijão, Áustria, Bélgica, Catar, Estados Unidos (no Circuito das Américas) e Brasil vão receber a prova curta no sábado.

Será a terceira vez que o traçado de Interlagos receberá a corrida, que se mostrou eficiente por aqui, mas ainda sofre resistência quanto a ser adotada em todas as provas da temporada.

6 – Redução do tempo de trabalho no paddock
O número de horas trabalhadas pelos membros da equipe de F1 nos fins de semana de corrida será reduzido nas próximas temporadas, com o terceiro dos três períodos restritos (a partir das sextas-feiras) diminuindo uma hora no neste ano.

Para complementar a mudança, o número de toques de recolher permitidos para o primeiro (quarta-feira) e segundo (quinta-feira) períodos restritos também será reduzido pela metade, de oito para quatro e seis para três, respectivamente.

7 – Formato da classificação
Essa não é uma mudança definitiva, e sim um teste. Duas provas, ainda não definidas, devem receber um novo formato de classificação.

Nestes testes, será obrigatório utilizar os seguintes compostos em cada parte: pneus duros apenas no Q1; pneus médios apenas no Q2; e, finalmente, pneus macios apenas no Q3. Intermediários e pneus de chuva serão permitidos em condição de pista molhada.

8 – Ajustes nas regras da caixa de câmbio
Enquanto as alterações nas caixas de câmbio homologadas das equipes só eram permitidas “para resolver problemas de confiabilidade” ou “para economia de custos, no início de cada temporada”, as modificações agora são permitidas “no caso de materiais, processos ou peças proprietárias ficarem indisponíveis”.

9 – Esclarecimento de punições
Após a confusão e excesso de punições no GP da Itália de 2022, a regra para definir a ordem do grid foi atualizada: “Pilotos classificados que acumularam mais de 15 penalidades de posições no grid, ou que foram penalizados por largar no final do grid, largarão atrás de qualquer outro piloto classificado. A sua posição relativa será determinada de acordo com a sua classificação de qualificação.”

10 – Mais flexibilidade para resfriar o combustível
Essa mudança pode ter impacto na confiabilidade dos motores, principalmente em corridas mais quentes, com alguma liberdade extra sendo dada às equipes em relação ao resfriamento do combustível. Para 2023, o combustível em um carro não deve estar mais frio do que o mínimo de 10 graus centígrados abaixo da temperatura ambiente.

É esperado que algumas dessa mudanças evoluam em 2024, como as horas no paddock, que devem diminuir ainda mais. Quanto ao novo formato de classificação, não existe previsão de implementação, já que deve ser apenas um teste este ano.

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