Caio Collet comemorou o sucesso de sua primeira temporada no automobilismo, que contou com o título da Fórmula 4 Francesa, obtido com uma campanha arrasadora, coroada com a conquista de seu primeiro campeonato com uma etapa de antecipação. Considerado por Felipe Massa como principal promessa do automobilismo brasileiro para o futuro da Fórmula 1, o paulista venceu sete corridas na França, além de obter sete poles e outras sete voltas mais rápidas.
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Antes de correr na F4 Francesa, Collet teve carreira de sucesso no kart, e estreou no automobilismo na F4 dos Emirados Árabes Unidos, onde conquistou sua primeira vitória na carreira, obtida no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi. O brasileiro ainda venceu o Volante Winfield, que lhe rendeu uma bolsa integral para a disputa do campeonato francês.
Collet, que esteve em São Paulo (SP) na última semana para participar do “Futebol dos Pilotos”, evento realizado no Centro de Treinamento do São Paulo Futebol Clube e que contou com a participação de diversos nomes do esporte a motor do País, fez um balanço de sua temporada. O jovem destacou a regularidade com chave para a conquista do título na França.
“Eu acho que foi um ano muito positivo. A gente conseguiu trabalhar muito bem desde o começo do ano. Um fato muito importante é que a gente conseguiu evoluir a cada etapa, foi muito consistente. A gente conseguiu somar muitos pontos durante a temporada em todas as etapas, e isso foi um fator chave para a conquista do título. Fiquei muito contente com o resultado final. Ano que vem, a gente promete bastante”, disse Collet, em entrevista exclusiva para RACING.
A principal diferença da F4 Francesa para as divisões Italiana e Alemã do campeonato é o fato de todos os carros serem preparados pela mesma equipe, algo semelhante ao que acontece na Porsche Cup brasileira. Para o paulista, este fato faz com que o talento do piloto seja ainda mais importante, pois os equipamentos são iguais para todos os competidores.
“Eu acho que é positivo por ser uma categoria de base. É a primeira categoria depois do kart, então, você colocando todos os carros iguais, você equaliza bastante, e mostra que o piloto tem que fazer a diferença. É mais difícil também para o piloto, pois a gente tinha 19 pilotos, então eram 19 companheiros de equipe, com o mesmo carro, e isso te cobra bastante. Se você não é o mais rápido, não ganha corridas, é culpa sua, pois os carros são iguais. Então você tem que dar o máximo, e dar o melhor para estar na frente”, explica o piloto, que se sente lisonjeado pela consideração que Massa tem por ele.
“Para mim, é algo emocionante. Acho que o Felipe é um cara super legal, tanto que a gente tem o mesmo manager. São dois pilotos brasileiros com o mesmo manager, o que é muito legal. Tudo que ele está fazendo por mim mostra que o trabalho está dando certo”, diz Collet, que também convive com Massa. “Sempre que estou sozinho, ele me chama para a casa dele. Isso dá uma levantada na nossa moral, pois não é fácil morar sozinho, longe da família”, explicou o piloto, que trata dos detalhes finais para definir onde correrá em 2019.
“Ano que vem, tudo se encaminha para correr na Fórmula Renault Eurocup. Serão os novos carros da Fórmula 3. Acho que vai ser um campeonato muito competitivo, como foi esse ano. Estou muito feliz com isso”, completou.
Foto: KSP
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