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Briga pelo título, estilo de pilotagem e mais

3 Minutos de leitura

  • Publicado: 23/11/2016
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:38
  • Por: Racing

<p><img alt="Vencedor do Capacete de Ouro, Gottschalk venceu duas provas no ano" src="/wp-content/uploads/uploads/gottschalk_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Quando fui convidado para escrever esta coluna, tentei imaginar como iria começar o texto e cheguei a uma conclusão bacana: tenho muita coisa boa para contar. Então, resolvi falar um pouco deste final de temporada, que está sendo um dos mais legais da minha carreira. </p>

<p>Por exemplo, agora em novembro conquistei pela segunda vez consecutiva o Capacete de Ouro na categoria C 250 Cup do Mercedes-Benz Challenge. Imaginem a sensação: depois de meses de expectativa, você sobe ao palco juntamente com os outros candidatos, diante dos melhores pilotos do Brasil e também da imprensa especializada, para o tão aguardado anúncio do vencedor. E eu fui apontado como o merecedor do Capacete de Ouro 2016.</p>

<p>Na minha opinião, é difícil dizer se é mais legal ganhar o Capacete de Ouro ou vencer um campeonato. São acontecimentos que, na carreira de um competidor, têm um valor muito parecido. E eu posso comemorar o fato de ser um dos poucos felizardos que têm dois troféus do Capacete de Ouro em casa, pois venci também em 2015.</p>

<p>O ano de 2016 tem sido, ao mesmo tempo, especial e único na minha carreira.</p>

<p>Eu sempre fui um piloto naquele estilo que lá fora é chamado de “win or wall” – ou seja, em uma tradução simples, “vitória ou muro”, no sentido de que eu sempre parto para o tudo ou nada em qualquer corrida. Ao volante, eu tenho essa característica de ser agressivo, de buscar o limite sempre que possível. E é por causa dela que eu sempre bati muito… Mas me aponte um piloto que não concorde que, no automobilismo, a graça é justamente superar os limites – e eu te mostro um cara que está na atividade errada.</p>

<p>No ano passado, por exemplo, por causa do meu hábito de andar no limite eu quase perdi o campeonato, apesar de ter vencido quatro corridas em um total de oito que teve a temporada. O título foi decidido na última prova, com muita emoção, por que tudo se revolveu nas voltas finais depois de uma confusão causada pela chuva. </p>

<p>Depois daquele susto, em 2016 eu decidi experimentar um estilo mais calculista. Resolvi apostar na regularidade e andar menos tempo no limite da aderência dos pneus. Como resultado dessa mudança, em sete corridas disputadas, venci até agora duas: Cascavel e Goiânia, na segunda e sétima etapas. Ainda é um bom retrospecto, se levarmos em consideração que tivemos sete provas até aqui. Mas se pensarmos que sou o único no grid da C 250 Cup que pontuou em todas as corridas, acho que dá para concluir que estou mesmo moderando o ímpeto. Foi uma mudança radical, que funcionou bem. Desde que comecei a correr, aos 16 anos, é a primeira vez que tenho uma temporada assim.</p>

<p>Vou para a última corrida do ano, dia 11 de dezembro, em Interlagos, com uma vantagem de 25 pontos sobre os segundos colocados – para você ter uma ideia, a vitória concede 20 pontos ao primeiro colocado. No segundo lugar da tabela estão empatados, com 88 pontos, a dupla Marcos Paioli/Peter Gottschalk (que é meu pai) e o piloto Fabio Scorpioni. </p>

<p><img alt="Gottschalk a bordo do Mercedes C250 número 21, da Paioli Racing" src="/wp-content/uploads/uploads/gottschalk-1_620x467.jpg" style="opacity: 0.9; margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>A C 250 Cup este ano tem pilotos muito bons. O Scorpioni, por exemplo, vem apresentando um desempenho impressionante. Além dele, o quarto colocado, Claudio Simão é outro que está andando muito forte. E, claro, conheço bem o potencial da dupla Paioli/Gottschalk – não é à toa que têm uma longa tradição de vitórias na categoria. De meu lado, para ser campeão, eu preciso apenas completar a prova. Então, é uma questão de evitar riscos desnecessários, bem ao estilo “Peter 2016”. </p>

<p>Espero que dê certo. Por enquanto, eu sigo a orientação da equipe Paioli Racing: “muita calma, paciência, por que temos que pensar no título”. OK.</p>

<p>Mas, como piloto, eu gosto mesmo é de superar meus limites, de andar “com a faca entre os dentes”. A minha versão “win or wall” volta no ano que vem!</p>

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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jX3-y-6s3MI/WDX_dOIfjHI/AAAAAAAABAI/zEB2EiK74ZkYpO5_mLu011JAvnE45heLACLcB/s1600/gottschalk.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-jX3-y-6s3MI/WDX_dOIfjHI/AAAAAAAABAI/zEB2EiK74ZkYpO5_mLu011JAvnE45heLACLcB/s1600/gottschalk.jpg" /></a></div>

<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><em><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background: white; color: #222222; font-family: "><b>Petter Michael Gottschalk</b> é piloto do Mercedes-Benz Challenge C 250. Competiu no Campeonato Paulista Fórmula 1600, Brasileiro de DTM PickUp (vice-campeão em 2004), Brasileiro de Sprint Race, Copa Clio e Mercedes-Benz Challenge, na qual foi campeão da C 250 Cup (2015). Vencedor de dois Capacetes de Ouro (2015 e 2016), pretende continuar na categoria na próxima temporada.</span></em></div>

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