A temporada 2020 da GT Sprint Race tem como uma de suas grandes novidades as novas máquinas. Após oito anos de um projeto bastante elogiado, a categoria terá novos carros neste ano, mas mantendo suas premissas de segurança e equilíbrio, em sintonia com as principais competições de turismo no mundo. Esses pontos foram garantidos com o conceito de cockpit utilizado nos modelos anteriores, o qual o piloto fica sentado no meio do carro.

“O piloto posicionado ao centro, ajuda no distanciamento dos impactos em “T”. Ele fica longe das laterais e garante uma maior segurança. O melhor exemplo disso é que em mais de 200 provas realizadas, ninguém, felizmente se machucou”, destaca Thiago Marques, CEO da GT Sprint Race “Sem contar que distribui melhor o peso e assegura um maior equilíbrio, ponto este que sempre foi inquestionável por qualquer piloto que já teve a possibilidade de dirigir um dos carros da categoria”, completa.

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O novo carro GT Sprint Race, vem com chassi tubular de aço inox e peso total de 1.000 kg. Terá motor V6, 3.6 litros, 300 cv de potência e um torque de 40 kg. Em relação aos freios, as pinças são de fabricação Argentina, marca doppler, discos de freios Fremax e pastilhas de freios TecPads. Já na parte eletrônica, passaremos a usar o modelo S8000 da Injepro, onde o piloto terá todas as informações técnicas do carro no volante, as quais facilitarão muito o entendimento dos sinais vitais do motor, evitará possíveis quebras e, acima de tudo, trará uma facilidade ainda maior com relação ao equilíbrio de todos os carros. Já na parte da suspensão, todas elas serão independentes, através de duplo triângulo e push rods.

Os GTs estarão compostos por um câmbio sequencial de fabricação francesa, super conceituado no mundo do automobilismo, chamado Sadev, com seis marchas, power shift e paddle shift (câmbio na borboleta).

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Os novos modelos terão dimensões semelhantes aos carros originais de fábrica. Portanto, foi preciso trabalhar bastante na aerodinâmica para uma dirigibilidade ideal dos pilotos. “Para usar esse modelo de asa, estilo Nascar americano, compensamos o downforce do tradicional aerofólio suspenso, com outros apêndices aerodinâmicos e mexendo bastante no set up do carro. Chegamos a um resultado satisfatório, resultando em um ganho de 20% de velocidades nas curvas em geral”, completou o CEO.

FICHA TÉCNICA – GT SPRINT RACE
Chassi:
Chassi tubular space frame revestido de chapas de alumínio
Piso plano de madeira e difusor de fibra de vidro
Tanque de combustível de borracha com espuma com capacidade para 70 litros

Freios, rodas e suspensão:
Freios: Dopler cáliper, seis pistões e discos 330 x 30 mm
Discos: Fremax
Pastilhas: TecPads
Pneus: YOKOHAMA 260/650 R18 modelo A005 (Slick – pista seca) e A006 (Wet-pista molhada)
Suspensão: Duplo triângulo e push rods
Amortecedores: JRZ, duas vias regulagem bump e rebound
Barras Estabilizadoras reguláveis

Interior, motor e câmbio:
Piloto posicionado, exatamente no centro para maior segurança e distribuição de peso
Câmbio: Sadev traseiro longitudinal, seis marchas, sequencial com power shift
Motor: V6, 3.6 litros
Potência: 300cv
Peso: 1.000 kg

Carroceria
Carenagem: composites (plástico reforçado com fibras)
Pára-brisas: Policarbonato
Asa traseira:Fibra de vidro e suporte de alumínio
Extrator – Em fibra de vidro
Portas – Asa de gaivota
Itens de montagem: – Capô traseiro, cock central, portas capô e para-choque
Dimensões: 1,80 de entre eixo, 4,90 de comprimento, 1,28 de altura e 1,94 de bitola

Estreia do modelo ainda em 2020

Seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde, por conta da expansão de transmissão do novo coronavírus (Covid-19), e as determinações da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), alinhada com as autoridades nacionais de Saúde – Ministério e Secretarias estaduais -, a organização da GT Sprint Race comunicou que a etapa que seria realizada no dia 11 de abril, no autódromo Internacional de Curitiba, foi adiada para 21 de novembro, em local ainda a ser confirmado.

Temporada da Gold Classic valerá uma vaga no grid da GT Sprint Race

Depois de três edições festivas nos autódromos de Cascavel e de São Paulo, realizadas entre 2018 e 2019, a Gold Classic prepara-se para a mais movimentada de suas temporadas ainda este ano. O calendário para 2020 tinha previstas corridas dos modelos clássicos e antigos nos autódromos de Curitiba, Londrina, Interlagos e Cascavel. É a maior competição do gênero no país, que confirma a estimativa de grid com mais de 50 carros a cada etapa.

As três primeiras etapas da Gold Classic vão integrar a programação de eventos da GT Sprint Race (sujeito a confirmação, devido aos acontecimentos extraordinários do COVID-19). A parceria entre as duas categorias não ficará restrita às conveniências logísticas das etapas que vão compor programações conjuntas. Um dos pilotos da Gold Classic será escolhido ao fim da temporada para participar de uma corrida na GT Sprint Race. O prêmio, já anunciado aos pilotos, inclui a isenção dos custos técnicos de competição e com seguro.

Texto: Silvana Grezzana
Edição: Venicio Zambelli