<p><img alt="Em 2017, Ventura disputa sua quarta temporada na competição" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/ventura-1_620x467.jpg" style="opacity: 0.9; margin: 0px auto; display: block;" width="620" /></p>
<div>É grande a expectativa para a temporada 2017 do Mercedes-Benz Challenge. Teremos novidades técnicas e desportivas, além da estreia de vários pilotos. E, claro, devo dizer que me sinto muito bem preparado para o campeonato na divisão CLA AMG Cup. Afinal, eu também tenho boas novidades para contar.</div>
<p>Primeiro, gostaria de lembrar um pouco da minha história no campeonato. Obtive meu melhor resultado em 2015, quando terminei em quarto no campeonato. Lembro que cheguei à última etapa brigando pelo título, apesar de ter tido um acidente forte na prova de Ribeirão Preto, o que atrasou a preparação da equipe para as próximas corridas. Mesmo assim, foi um ano muito bom que quero pelo menos repetir em 2017.</p>
<p>Tudo indicava que a temporada seguinte, 2016, seria muito boa. Mas acabou sendo a pior desde que estreei no Mercedes-Benz Challenge, em 2014. Fiquei somente em oitavo. A primeira metade do campeonato foi complicada – deixamos de pontuar já na primeira corrida, o que é péssimo em termos de disputa de título. Melhoramos um pouco no segundo semestre, mas não o suficiente para brigar pela ponta.</p>
<p><img alt="Pierre terminou 2016 na oitava colocação, com 69 pontos" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/ventura-2_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Mudei de equipe para 2017, atendendo a um pedido do meu patrocinador máster, a Savarauto. Resumindo, saí de uma ótima equipe para ingressar em outra igualmente competente, que é a Cordova Motorsports. Meus apoiadores acreditam que vamos andar na frente, então estou muito empolgado com esse voto de confiança de todos que me cercam. A meta é que nós disputemos o título, algo que é o objetivo de qualquer piloto – então estou acreditando em coisas muito boas para 2017.</p>
<p>E eu tenho estatísticas que reforçam esse panorama positivo. Os carros da Cordova Motorsports sempre conseguem boas posições no grid – incluindo aí poles e posições de destaque no grid. Do meu lado, sei que tenho experiência e um estilo que vão casar bem com o pacote deles, por que acredito que posso manter um bom nível para a equipe também nas corridas. Eles têm feito um ótimo trabalho, com várias vitórias, com destaque para o Adriano Rabelo, que foi vice-campeão em 2015. Então, acho que mudei para um time que tem muito a contribuir com meu desempenho – e para o qual também posso ser importante.</p>
<p>Em termos competitivos, é vital estar em uma equipe que mantém a regularidade nos resultados: este pode ser o segredo do sucesso na CLA. Meu conterrâneo, o gaúcho Luiz Ribeiro, foi campeão em 2016 somando 102 pontos, mas sem vencer corridas. Se você fizer uma conta rápida, verá que bastaria terminar em quarto em todas as provas para ser campeão. Isso te daria 117 pontos no final do ano – 15 a mais que o Ribeiro.</p>
<p><img alt="À frente em Interlagos, Ventura correrá pela Cordova neste ano" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/ventura-3_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>O amigo leitor pode até achar que esse é um fenômeno apenas do Mercedes-Benz Challenge, mas na verdade isso se verifica em todas as categorias muito competitivas: quando há vários pilotos brigando pelo título, existe uma alternância natural nos primeiros lugares. Em um ambiente como este, você pode ser campeão se for MUITO calculista e comedido. Isso, claro, é meio utópico até pela natureza da profissão de piloto. Trata-se de um especialista que tem justamente na impetuosidade seu maior valor. Por isso, não é fácil fazer esse tipo de cálculo e controlar o ímpeto quando você está ao volante. Piloto que é piloto quer vencer.</p>
<p>Pelo que se comenta nos bastidores, o grid para 2017 deve crescer bastante, em cerca de 20%. Isso nos deixaria sempre perto dos 40 carros e vai aumentar ainda mais o nível de competitividade do campeonato, que já é bem alto: por exemplo, na penúltima etapa de 2016 (Goiânia), tivemos 15 carros dentro do mesmo segundo no grid da CLA. Eu larguei em sexto, a apenas um décimo de segundo do pole – metade do tempo necessário para piscar um olho. Acho que somente esta estatística já diz muito sobre como o Mercedes-Benz Challenge. Concorda?</p>
<p><img alt="Ventura acredita em mais uma temporada de crescimento ao MBC" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/ventura-4_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Devemos ter uma quantidade considerável de estreantes em 2017 – e vários deles são realmente bons, gente com carreira muito sólida em outros campeonatos. Diante disso, eu espero um ano dos mais disputados. Afinal, o grid de 2016 já era de grande qualidade – e o pessoal novo vai tentar conquistar seu espaço. Teremos grandes provas, pode anotar aí.</p>
<p>Analisando todas essas variáveis, fico ainda mais confiante na minha fórmula para 2017: uma equipe bem estruturada que não oscila em termos de desempenho e um mix de experiência, arrojo e, claro, uma tremenda vontade de vencer o primeiro título no Mercedes-Benz Challenge. É um objetivo ambicioso, claro. Mas, como disse acima, todo piloto quer mesmo é vencer. Espero que, daqui uns meses, possa voltar aqui para contar a vocês essa história.</p>
<p>Obrigado pela torcida!</p>
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