A Nascar anunciou na noite dessa quarta-feira (10) que não permitirá mais a entrada de bandeiras confederadas em seus eventos. A decisão da principal categoria do automobilismo dos Estados Unidos foi tomada dois dias após Bubba Wallace, único piloto negro no atual grid da Cup Series, reclamar da presença destes símbolos durante uma entrevista para a emissora de TV americana CNN.
A bandeira confederada é considerada de cunho racista. Em 1861, após a eleição do abolicionista Abraham Lincoln à presidência dos Estados Unidos, escravistas e agrários dos estados de Alabama, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana e Mississipi declararam independência, sendo apoiados por Carolina do Norte, Kentucky e Texas posteriormente.
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Uma guerra se instaurou e só foi encerrada em 1865, quando o General Robert Edward Lee se rendeu a General Ulysses S. Grant. Porém, até hoje, moradores destes estados usam a bandeira confederada como símbolo de heroísmo do povo, ou como forma de homenagear familiares que lutaram naquele conflito que dividiu o norte e o sul dos Estados Unidos.
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“A presença da bandeira confederada nos eventos da Nascar vai na direção contrária de nosso comprometimento de fornecer um ambiente acolhedor para todos os fãs e competidores. Trazer pessoas em volta do amor pelas corridas e a comunidade que faz isso é o que torna nossos fãs e nosso esporte especial. A exibição da bandeira confederada será proibida em todos os eventos da Nascar e de suas propriedades”, disse, em nota, a categoria.
Os protestos que ocorrem nas ruas em todo território americano desde a divulgação das imagens da morte de Goerge Floyd, assassinado em uma ação policial abusiva, forçaram a categoria a se posicionar sobre alguns temas, como o racismo e as causas LGBTQI+.
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