A Ferrari anunciou na manhã desta terça-feira (12) que Sebastian Vettel não seguirá com a equipe ao final da temporada de 2020 da Fórmula 1, deixando o time de Maranello após o encerramento do atual acordo. A saída do tetracampeão mundial da equipe italiana vinha sendo especulada há algumas semanas, e ganhou força na noite da última segunda-feira, sendo confirmada nas primeiras horas do dia.

O piloto de 32 anos teria recebido dos italianos duas propostas de renovação de contrato, uma por um ano, e a outra por dois, com ambas com uma redução salarial. Apesar disso, o alemão alega que a saída do time italiano em nada tem a ver com a questão salarial ou o tempo de contrato.

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“Meu relacionamento com a Ferrari será encerrado no final de 2020. Para conseguir os melhores resultados possíveis no esporte, é vital que todos os envolvidos trabalhem em perfeita harmonia. A equipe e eu percebemos que não há mais um desejo comum de seguir juntos além dessa temporada”, disse Vettel.

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“Questões financeiras não foram um fator nessa decisão conjunta. Não é assim que eu penso quando tomo certas decisões, nem nunca será”, seguiu o alemão, que alegou ainda que os acontecimentos dos últimos meses o fizeram tomar a decisão de não seguir em Maranello.

“O que está acontecendo nesses últimos meses levou muitos de nós a refletir sobre as reais prioridades na vida. Você precisa usar a imaginação e adotar uma nova abordagem. Eu, por exemplo, vou usar o tempo para refletir no que realmente importa quando o assunto é o meu futuro”, comentou Vettel.

“A Ferrari ocupa um lugar especial na F1 e espero que tenha todo o sucesso que merece. Por fim, quero agradecer a todos na família Ferrari, todos os tifosi do mundo, todo o suporte que tive ao longo dos anos. Meu objetivo imediato é terminar minha passagem pela Ferrari, torcendo por novos momentos lindos juntos, completando os outros tantos que já tivemos”, completou o alemão.

“Essa é uma decisão conjunta tomada por nós e por Sebastian, uma decisão que as duas partes consideram ser para o bem”, comentou Mattia Binotto, chefe da Ferrari. “Não foi fácil, considerando o valor do Sebastian como piloto e como pessoa. Não houve razão específica para essa decisão, além da crença comum e amigável de que já é hora de tomar caminhos diferentes para alcançar nossos respectivos objetivos”, completou.

Após conquistar quatro títulos com a Red Bull, Vettel chegou à Ferrari em 2015, e tem 102 corridas disputadas pelo time vermelho. O alemão venceu 14 corridas, conquistou 54 pódios e conquistou dois vice-campeonatos pela equipe italiana.