Leonardo Marson, da MotorMídia, em São Paulo (SP)

O British Drivers’ Racing Club (BDRC), proprietário do Circuito de Silverstone anunciou na manhã desta terça-feira (11) a ativação da cláusula de rompimento de contrato com a Fórmula 1 para sediar o Grande Prêmio da Inglaterra. Desta forma, a prova seguirá sendo realizada apenas até 2019, e não mais até 2026, como o acordo firmado com Bernie Ecclestone, então dirigente máximo da categoria, previa.

O rompimento do contrato já era especulado desde a última semana, e tinha como principal motivo o aumento anual de 5% previsto no acordo. A prova deste ano tem uma taxa de £16,2 milhões, ao passo que, em 2010, o evento era taxado em £11,5 milhões. Em 2026, a taxação seria de £25 milhões.

“A decisão foi tomada porque não será financeiramente viável organizar o GP da Inglaterra nos atuais termos do contrato. Tivemos perdas de £ 2,8 milhões em 2015 e £ 4,8 milhões em 2016, e esperamos perder algo semelhante neste ano”, disse John Grant, presidente do BRDC.

“Chegamos ao ponto em que não podemos deixar nossa paixão pelo esporte guiar nossas cabeças. Isso não só arriscaria o futuro de Silverstone e do BRDC, como também do automobilismo britânico, que depende de nós”, seguiu o dirigente, que apesar da quebra de contrato, planeja manter a prova em Silverstone.

“Porém, quero deixar claro que, apesar de termos ativado a cláusula de rompimento, estamos apoiando totalmente as mudanças que o Liberty está fazendo para aumentar a experiência na Fórmula 1. Nossa esperança é de que um acordo possa ser alcançado para que possamos garantir um futuro viável financeiramente e sustentável para o GP da Inglaterra em Silverstone nos anos por vir”, encerrou.

Silverstone foi o primeiro autódromo do mundo a receber uma corrida de Fórmula 1. A edição deste ano do Grande Prêmio da Inglaterra, que acontece neste domingo, será o 51º neste circuito.

Foto: Sutton Images