Um ano muito diferente, mas que acabou do mesmo jeito. Assim pode ser definido o 2020 da Fórmula 1, que começou em julho, repetiu circuitos, teve corridas canceladas, GPs em locais que jamais receberam a categoria. Mas que acabou com o mesmo campeão das últimas temporadas: Lewis Hamilton, que alcançou Michael Schumacher e agora também tem sete títulos mundiais.
Mesmo com a pandemia de Covid-19 deflagrada em março, a F1 esteve a minutos de realizar a primeira atividade do ano na Austrália. Menos de uma hora antes do início do primeiro treino livre em Melbourne, e depois de a McLaren anunciar que não correria, a prova foi cancelada. Depois, outros adiamentos e cancelamentos se seguiram, como China, Vietnã, na Ásia, e Mônaco e França, na Europa. Posteriormente, o Brasil também ficou sem a corrida.
Você conhece o canal da RACING no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga a RACING também no Instagram!
Após semanas de negociações com promotores, a solução adotada foi um campeonato com entre 15 e 18 corridas – foram 17 – e repetição de pistas, o que jamais aconteceu na categoria. Primeiramente, oito provas foram marcadas, com o restante do calendário sendo revelado apenas semanas mais tarde. Áustria, Inglaterra e Bahrein sediaram duas corridas cada.
LEIA MAIS:
Haas opta por manter Mazepin como titular para 2021
Pistas que não estavam no calendário receberam GPs. Assim foi com Mugello e Ímola, na Itália, Nürburgring, na Alemanha, Portimão, em Portugal, e Istambul, na Turquia. Houve ainda uma prova no Bahrein ainda foi disputada em um anel externo, o que fez com que, pela primeira vez desde os anos 1970, uma volta da categoria fosse feita abaixo de um minuto.
Na pista, o que se viu foi um domínio completo da Mercedes. Mais especificamente, de Lewis Hamilton. O inglês venceu nada menos do que 11 das 16 corridas em que disputou, já que ficou de fora do GP de Sakhir por contrair Covid-19. Mais do que isso, conquistou o heptacampeonato na 14ª etapa, na Turquia. A Mercedes ainda viu Valtteri Bottas vencer duas vezes.
A temporada ainda foi marcada por vitórias inéditas. Pierre Gasly triunfou pela primeira vez na categoria máxima do automobilismo mundial no maluco GP da Itália, ao segurar Carlos Sainz. Em Sakhir, após trapalhada da Mercedes, Sergio Pérez venceu com a Racing Point, time que ainda viu Lance Stroll ser pole na Turquia. Já Max Verstappen venceu duas vezes, no GP dos 70 anos e em Abu Dhabi.
A temporada ainda contou com a volta de veteranos para algumas provas e a estreia de jovem pilotos. Nico Hülkenberg, que deixou a F1 ao final de 2019, substituiu Pérez e Stroll na Racing Point, após os dois testarem positivo. O alemão nem largou na Inglaterra, mas foi sétimo no GP dos 70 anos e oitavo no GP de Eifel, em Nürburgring, somando dez pontos.
A Covid-19 ainda tirou Hamilton do GP de Sakhir, o que fez com que a Mercedes escalasse George Russell, que só não venceu a prova por conta de uma trapalhada da Mercedes nos boxes e um estouro de pneu no final da corrida. Assim, Jack Aitken o substituiu naquela corrida na Williams, estreando na mais importante categoria do automobilismo mundial.
Outro que estreou na F1 foi Pietro Fittipaldi, que quebrou um jejum de três anos sem brasileiros no grid da categoria. O piloto esteve presente nos GPs de Sakhir e Abu Dhabi pela Haas, mas por um motivo muito diferente. O neto de Emerson Fittipaldi se viu titular após Romain Grosjean sofrer um acidente assustador na primeira volta do GP do Bahrein. Na ocasião, o francês viu sua Haas se explodir, partindo em dois. Incrivelmente, o piloto apenas queimou as mãos.
Deixe seu Comentário