A McLaren entrou na justiça nesta terça-feira (23) solicitando um segundo pedido de empréstimo ao governo britânico. A empresa, que além de ter uma equipe de Fórmula 1 conta com uma fábrica de carros esportivos, tem sofrido com os efeitos da pandemia e coronavírus, e alega urgência para conseguir o empréstimo, e admite precisar de recursos até o próximo dia 17 de julho.

A fábrica de Woking precisa de 280 milhões de libras, algo em torno de 1,8 bilhão de reais, para garantir as operações do grupo até 2021. Nos documentos apresentados no processo, a McLaren alega ter recursos para cumprir as obrigações a curto prazo, mas alerta para a necessidade do empréstimo para até o dia próximo dia 17, e diz que a culpa para chegar nesta situação é da pandemia, que atrapalha a economia do Reino Unido.

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A McLaren tentou um primeiro pedido de empréstimo junto ao governo britânico no início de abril, solicitando 150 milhões de libras, mas não obteve êxito. Naquela época, a alegação do governo foi de que a fabricante não atendia aos pré-requisitos necessários para receber o aporte financeiro. Neste período, mais de mil funcionários perderam os seus empregos.

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Entre as soluções propostas pela McLaren para não afetar o fluxo de caixa da montadora estão a venda de alguns carros históricos, sejam modelos de rua, sejam carros de competição, para uma subsidiária recém-criada, que poderia conseguir o empréstimo. A venda de algumas propriedades do grupo também é considerada pela empresa baseada em Woking.

De acordo com a emissora de TV britânica BBC, um grupo de credores da McLaren busca impedir a obtenção do empréstimo. A reação dos britânicos foi alegar que está “em dificuldades financeiras severas e inesperadas” para buscar o financiamento. A expectativa é de que um julgamento sobre a aprovação ou não do empréstimo deve ter início no dia 2 de julho.