Robert Kubica admitiu ter pensado que estava muito próximo de um retorno à Fórmula 1 na condição de piloto titular. O polonês, que neste ano será piloto reserva da Williams, negociou com o time inglês o lugar deixado por Felipe Massa para ser companheiro de equipe de Lance Stroll, mas acabou preterido por Sergey Sirotkin, russo que fará sua estreia na principal categoria do automobilismo mundial.
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A opção da Williams se deu após os testes de pneus realizados no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, no último mês de novembro. Sirotkin também chega apoiado pelo SMP Racing, que investirá na equipe para esta temporada. Desta forma, não houve opção à Kubica senão ficar com a vaga de reserva, participando de testes de pré-temporada, atividades durante o ano e três primeiros treinos livres em Grandes Prêmios.
Apesar do acordo fechado com a equipe de Grove e saber que pode se tornar titular em um futuro próximo, Kubica admitiu que, em alguns momentos, chegou a pensar que o assento como companheiro de Stroll estivesse garantido. “Os próximos sete, oito, nove meses podem me aproximar deste objetivo”, disse Kubica, em entrevista ao jornal polonês Przeglad Sportowy.
“Não sei quão perto estive nesses momentos, mas isso não importa mais. Sigo mantendo minhas expectativas baixas e tenho o hábito de acreditar nas coisas apenas quando elas acontecem. Em alguns momentos, estava convencido de que alinharia na Austrália”, disse o polonês, que se preocupa com o fato de estar na maioria dos Grandes Prêmios na condição de reserva.
“Eu estava pensando sobre isso e, para ser sincero, não acho que será um bom momento para mim. Ir para corridas para ver outros pilotos correndo não será legal, mas vale a pena tentar voltar. Pode também ser apenas uma parte da longa jornada que completei até agora e fico feliz por ter me encontrado neste momento”, seguiu Kubica, que mesmo como reserva, crê em ter bons momentos na temporada.
“Acredito que haverá momentos satisfatórios como piloto reserva, apesar de não estar na pista competindo e lutando. Darei tudo para voltar a ter uma oportunidade. Estou tentando recuperar o que a vida me tirou em um certo momento. Espero que ela não tenha me tirado para sempre”, disse o polonês, que deixou a Fórmula 1 após sofrer um acidente em uma prova de rali, lesionando seriamente o braço.
Kubica diz que seu objetivo é ajudar os pilotos da Williams ao longo da temporada. Porém, o polonês acredita poder se beneficiar desta oportunidade. “De certa forma, serei uma espécie de ‘tradutor’. Muitas vezes, os engenheiros se sentam na mesma mesa dos pilotos, mas falam idiomas distintos. Veem as coisas de forma diferente, não entendem as prioridades dos pilotos, que não querem entender os engenheiros”, disse o piloto.
“Isso acontece porque vemos o esporte de lados completamente opostos. Tenho um grande desafio à minha frente, e poderei ter acesso a novas informações, me tornando um piloto melhor. Não muito mais rápido, mas uma pessoa mais completa no automobilismo”, completou Kubica.
Foto: Williams F1
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