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Competições
Goodyear: trabalho para agradar ao consumidor

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  • Publicado: 11/02/2016
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:58
  • Por: Racing

<p style="text-align: justify;"><img alt="Campo de provas da Goodyear em Americana (SP)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/nota001_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p style="text-align: justify;"><span style="line-height: 1.6em;">Pneu. Mas qual a importância deste componente em um carro? Ele é o responsável por fazer a ligação do automóvel com o solo, gerenciando a tração, absorvendo impactos, trabalhando de forma interligada com sistemas como a suspensão e os freios para garantir a segurança, conforto e bem-estar dos ocupantes dos mais variados tipos de veículos, sejam eles com duas, três, quatro ou mais rodas.</span></p>

<p style="text-align: justify;"><span style="line-height: 1.6em;">Desta forma, cuidar bem e garantir que o seu veículo tenha o pneu adequado para a sua necessidade é fundamental. Buscando mais detalhes sobre isso, e como a marca trabalha no seu dia a dia para entregar seus produtos, a <strong>RACING </strong>recebeu em sua sede, no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo, Vinícius Sá, Gerente Sênior de Marketing da marca no País.</span></p>

<p style="text-align: justify;"><span style="line-height: 1.6em;">Engenheiro mecânico por formação, Vinícius atua na Goodyear desde 2002 quando assumiu a posição de piloto de testes para o campo de provas da empresa em Americana, cidade que fica cerca de 140 km de distância de São Paulo, passando a atuar, desde 2010, na área de marketing.</span></p>

<p style="text-align: justify;"><span style="line-height: 1.6em;">Com isso, deixou de atuar diretamente no desenvolvimento dos pneus na pista, mas passou a trabalhar e, depois, coordenar, todas as estratégias dos produtos feitos e comercializados pela Goodyear no País. Nossa entrevista exclusiva você pode conferir a partir de agora.</span></p>

<p style="text-align: justify;"><strong style="line-height: 1.6em;">RACING: Qual a importância do envolvimento da Goodyear com o motorsport?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>Vinícius Sá:</strong> Hoje, aqui no Brasil, para a Goodyear, competição é uma base fundamental da nossa plataforma de desenvolvimento. A Goodyear tem parceria com a NASCAR, nos Estados Unidos, há mais de 60 anos, por exemplo. Este acordo o mais longo da história entre uma fornecedora de componentes e uma categoria de automobilismo. E a NASCAR é muito forte, é uma categoria cada vez mais global. Duas de suas categorias estão entre os cinco esportes mais assistidos nos EUA. A Sprint Cup é o segundo esporte, depois do Futebol Americano (NFL).</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Bate o Basquete?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Sim, a Sprint Cup bate o basquete (NBA). E isso mostra a importância, não só que a Goodyear dá ao automobilismo, mas que também é relevante para o consumidor. A gente quer atender o consumidor de maneira eficiente. E o automobilismo e a competição são excelentes laboratórios para que você consiga atender o consumidor de maneira eficiente, em todas as linhas de produtos.</p>

<p style="text-align: justify;">Pneu não é uma commodity. Exatamente por isso que a gente tem diversas linhas de produtos, senão faríamos uma linha só para usar em todos os carros e aplicações. E esse não é o caso. Você tem casos de carros que andam apenas em estradas, casos de aplicações mistas, caso de aplicação de off road, e para isso você precisa de diversos pneus e diversos compostos. Por isso a Goodyear tem essa gama de produtos. Temos um portfólio muito completo, e a gente utiliza a competição como laboratório. Por exemplo, a linha de ultra high-performance, a Eagle F1. Ela surgiu a partir dos desenhos e pneu de chuva dos carros de competição, onde você precisa de um escoamento de água bom, de um atrito de um composto muito bom para o molhado, e a gente desenvolve um pneu baseado em competições. O design deste pneu surgiu dos carros de corrida.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong><span style="line-height: 1.6em;">R: Existe transferência tecnológica real do que é feito na pista?</span></strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Sim, outro exemplo que posso dar é sobre os compostos de borracha. O que a gente precisa administrar em um pneu de competição? O desgaste e a temperatura. Para administrar estes dois componentes cruciais na performance de um pneu de competição, você precisa de um composto de borracha adequado para isso. Um composto que te garanta durabilidade, atração e que o pneu não vá esquentar além daquilo que foi desenvolvido. Porque se o pneu esquenta demais, transferindo para a rua, se você anda com um carro ou caminhão oito, dez horas ininterruptas na estrada, esse pneu esquenta. Se o composto deixar que o pneu esquente demais, vai gerar uma bolha e pode gerar um inconveniente para o usuário. Então a gente desenvolve estes compostos</p>

<p style="text-align: justify;">Outro grande exemplo, e este a gente aprendeu em competição, são os chips, o RFID. Todos os pneus de competição da Goodyear são produzidos com um chip de RFID. A gente escaneia esse chip e dentro dele você identifica qual carro em que ele foi montado, qual equipe, quantas vezes ele foi montado, quantas voltas ele deu. A gente tem um sistema interativo onde se tem essa leitura de performance em pista. Algumas informações você consegue ter em tempo real, como pressão. E esse aprendizado a gente levou para nossos pneus de linha. A série 600, para caminhão, é montada com esse chip. A gente ajuda o frotista a administrar o pneu da frota. Ele sabe qual o motorista que utilizou aquele pneu, em quantos caminhões aquele pneu foi montado, para quantas frotas e em quais regiões ele rodou. Por exemplo, de São Paulo ao porto de Santos, levando e transportando, é um tipo de asfalto. Você tem outras frotas que saem de São Paulo e vão para o Nordeste, um tempo de viagem maior, condições de asfalto diferentes, muda piso e a condição de dirigir do motorista.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: E o pneu no transporte de carga é fundamental…</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> É o segundo maior custo da frota, perde só do combustível. Quanto mais controle, mais eficiente é sua gestão.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong><span style="line-height: 1.6em;">R: O uso correto do pneu ajuda a ter maior desempenho e menor desgaste?</span></strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Sim! Se me perguntarem quanto dura um pneu, a resposta é: não tem tempo exato. Porque, dando o exemplo da durabilidade, depende das condições de manutenção do pneu e do veículo, do tipo de piso, do tipo de direção. São quatro exemplos que mostram que um pneu pode durar por quilômetros diferentes entre um ou outro usuário. Em performance, se o usuário calibrar o pneu a cada 15 dias, isso influencia na “pegada” do pneu, como é desenvolvida a área de contato do pneu. Se o pneu estiver muito vazio ou muito cheio, essa área de contato é diferente, e se isso não estiver adequado, você tem um desgaste irregular do pneu, um desgaste prematuro da banda de rodagem, a transferência de força é diferente, o consumo de combustível é diferente. Se o pneu estiver vazio, o motor precisa de mais força para tirar o carro da inércia. Então você tem um desgaste e um consumo maior de combustível. Se o usuário calibrar e alinhar o automóvel, pois o pneu faz parte de diversos componentes da suspensão. Então ele trabalha em conjunto com direção, amortecedor… Se ele tiver uma manutenção preventiva do veículo dele, já vai ajudar muito. E fazer o alinhamento do automóvel, pois o desalinhamento provoca desgaste prematuro do pneu. Então essa manutenção é fundamental para usar o pneu da maneira correta. Ele é um componente de engenharia e que foi desenvolvido para trabalhar em determinada condição. Qualquer componente submetido a um trabalho que ele não foi desenvolvido, certamente você diminui a vida útil dele. E isso não vale só para o pneu.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: O consumidor vê o pneu como um “vilão”, mas ele precisa ser visto como um investimento. Como mostrar que é necessário o investimento em pneus?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> O pneu é o contato do carro com o solo. Um pneu serve para sustentar o peso do carro, precisa te dar tração e mudar o carro de direção. Só que agregado a essas condições, o pneu é uma peça tão importante no desenvolvimento, e qualquer montadora com quem a gente trabalha, qual é o objetivo? Fazer o motorista e os passageiros se sentirem bem dentro dele. O pneu é um item de segurança, mas ele transmite a partir do pneu, todas as reações do carro, do solo, irregularidades, tração… Tudo que o carro sente, é transferido a partir do pneu. Se ele não é adequado ao carro, ou está com a medida errada, você tem diversos inconvenientes. Você pode ter um carro ruidoso, vai afetar o conforto, a dirigibilidade. Você não consegue fazer com que o motorista se sinta bem no carro. Todos os nossos desenvolvimentos são focados no bem-estar do consumidor. Como que eu vou atender o cliente? Seja na situação que for. Tudo que acontece no carro e que chega na mão do condutor pelo volante, pelo pedal, pelo assento, começa no pneu.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Existe o pneu certo para cada carro e é importante o cliente saber qual é. Vocês têm algum trabalho para ajudar os clientes nisso?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> A Goodyear tem mais de mil pontos de venda no Brasil, então nosso consumidor consegue encontrar nosso produto. E, quando ele chega à loja, a primeira coisa que a gente vai garantir é a segurança. Qualquer um dos nossos vendedores vai perguntar qual velocidade e carga que o carro foi produzido. O pneu tem que suportar uma determinada carga e andar a uma determinada velocidade. E todos os pneus têm o índice de carga e o índice de velocidade dele na lateral. Para que eu tenha certeza que, na hora que o consumidor entrar na loja, eu terei um produto adequado para ele. Depois disso, vemos a medida, que é fundamental, pois ela foi desenvolvida por engenheiros e pela montadora, e tem uma razão para estar no carro. Se o consumidor quiser colocar uma roda maior, pode? Pode, desde que atenda os requisitos de equivalência. Existem modelos de carro que saem com configurações de pneus diferentes, aro 15, 16, 17. E essa equivalência vale para que o diâmetro externo do pneu seja o mesmo, pois isso e a eletrônica dos veículos influenciam no velocímetro. Muitos dos carros têm sistema de controle de tração ou de estabilidade. Se você modificar a altura do veículo, isso muda o controle. Tem que observar o diâmetro externo e a largura. Tem esses pontos visando segurança e também a integridade do carro.</p>

<p style="text-align: justify;"><img alt="Vinicius Sá" src="/wp-content/uploads/uploads/nota002_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Como funciona a divisão das vendas da Goodyear? A maior parte dela está voltada a pneus que já saem com os carros da fábrica?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Nós somos uma multinacional e nosso objetivo hoje é só o consumidor. Não priorizamos nenhum tipo de negócio específico e a gente atende o consumidor em todos os canais de distribuição. Montadora é um canal? Sim, e estamos presentes muito fortemente, não só nos veículos de passeio e unidade de consumo. A gente divide dentro da Goodyear em duas unidades de negócio: os pneus de automóveis, pick-ups, SUVs e utilitários. A outra linha é a comercial com pneus de ônibus e caminhão. Hoje, temos negócio com montadora, reposição, exportação. Temos veículos importados ao mercado brasileiro com nossos produtos, então temos que garantir a reposição, e fazemos isso, sejam pneus produzidos aqui ou não. Hoje a gente atende o consumidor em todos os canais. E não tem prioridade um em relação ao outro. Temos nossas negociações, mas atendemos o consumidor onde e como ele precisar.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: A gente vê diversas novas marcas. O que é a experiência de uma marca com muito tempo de mercado e como isso faz diferença?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> A Goodyear tem mais de 100 anos de experiência nos EUA e 97 no Brasil. Usando o Brasil como exemplo, o País mudou muito neste período, obviamente. E se modernizou muito. As condições de uso do produto são diferentes em relação ao início e, para atender isso, a Goodyear foca o desenvolvimento em dois centros técnicos, um nos EUA e outro em Luxemburgo. Não tem um centro técnico no Brasil, então a gente coleta informações ao longo de 97 anos, com parceiros de frotas, montadoras, os mais de mil centros de vendas com contato direto com o consumidor… Fatores como terreno. Se a gente conseguir controlar um País continental como o Brasil, você consegue um pneu adequado.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Esse tipo contribui também no exterior, não?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> A Goodyear, nestes 97 anos aqui, não só com a troca de informação com o centro técnico e as frotas, hoje, nós temos aqui o campo de provas mais moderno para desenvolvimento de pneus na América Latina. Todos os testes de todos os países latino-americanos acontecem aqui. E um grande exemplo desse desenvolvimento é que nos últimos dois anos nós começamos um turn-around de todo nosso portfólio de produtos de consumo. Nós lançamos três produtos em 2013, quatro linhas de produtos diferentes no ano passado e teremos novidades neste ano. Como a Goodyear consegue neste período de tempo entregar tantos produtos? Não só com testes em campos de prova, mas também em campo, para atender o consumidor da melhor maneira. E tudo para necessidades diferentes, veículos de alta e baixa potência, on road, off road.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: E para consumidores, também é diferente?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Temos cinco pilares de produtos em geral. O primeiro ponto para desenvolver o produto é o segmento, qual é essa indústria e o mercado. Depois, buscamos qual o consumidor que está no mercado. Cada consumidor tem necessidades e comportamentos diferentes. Esse consumidor é quem? Qual a idade dele? O que ele precisa? Por exemplo, no segmento do SUV, que tem o maior crescimento no País hoje. Quem é o SUV? Quantos carros têm neste seguimento? Qual o parque veicular dele? O consumidor deste seguimento é a pessoa de 18 anos ou mais, pois é um segmento em que o cara acabou de tirar a carteira. Se ele tiver dinheiro para comprar o carro, ele vai. Ele tem em mente isso. 40% desse segmento é feminino. E eles querem que o pneu dele leve o carro para onde precisar, e quer ir à praia no final de semana. Quem é o direcionador de compra neste segmento? Eu busco duas coisas: performance e segurança. Para o consumidor, desempenho não quer dizer correr, mas sim “fazer com o pneu aquilo que eu preciso”. Nosso consumidor está preocupado com o compromisso. Não adianta o pneu ser bom um, dois ou três características. Ele quer poder dirigir no molhado, ter eficiência de combustível, durabilidade, conforto, ruído. Não adianta eu desenvolver um pneu excepcional de performance, mas que faz muito barulho e incomoda o motorista. Você precisa desse compromisso, não pode atender uma coisa só. Aí chegamos no terceiro ponto, que é o que o consumidor precisa. Daí, levamos isso dentro da Goodyear e busco atender a necessidade do consumidor. No centro técnico, a gente começa a desenvolver cada parte do pneu para que, no final, a gente atenda a necessidade do consumidor.</p>

<p style="text-align: justify;">Seguindo no caso do SUV, temos o pneu Efficient Grip SUV, pois ele tem performance no molhado. Esse modelo, hoje, produzido na fábrica de Americana (SP), usa no composto da banda de rodagem sílica é o mais moderno do mundo. A Goodyear consegue processar e produzir em Americana, graças aos investimentos feitos na fábrica. Esse é o modelo de pneu e de composto de borracha mais evoluído do mundo. E ele me ajuda a entregar uma performance eficiente no molhado para meu consumidor. Eficiência de combustível também é importante, e a estrutura deste pneu é muito mais leve e otimizado que o antecessor. E, sendo mais leve, você gasta menos energia, você consegue com componentes mais evoluídos, diminuir o peso do pneu, contribuindo com a queda do consumo de combustível.</p>

<p style="text-align: justify;">Mas eu consegui fazer aquilo que eu me propus a fazer? Vou para o campo de provas e faço testes. Ter um campo de provas faz a gente diminuir demais o tempo de desenvolvimento. Isso faz parte, nos ajuda por estar a tanto tempo no mercado. Conseguindo isso, a gente tem um produto que pode ser lançado. E o lançamento do produto é o quinto ponto. Explicamos tudo isso para nossos revendedores, investimos em treinamento. Imagina se eu faço tudo isso e não treino o vendedor? Esse quinto pilar é fundamental para termos certeza de que nosso pessoal entende o que é aquele produto.</p>

<p style="text-align: justify;"><img alt="Trabalho no campo de provas facilita e acelera o desenvolvimento de novas tecnologias" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/nota003_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Como que a Goodyear trabalha nos pneus verdes? Quais compostos são envolvidos neste processo?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Um pneu precisa entregar mobilidade para o consumidor. O pneu verde é um primeiro passo para essa convenção, pois você gasta menos e consegue componentes melhores. Quando falamos em pneu verde, para a Goodyear, não é um produto que apenas economiza combustível e entrega algum benefício para o carro. É todo o processo. É desde o processo de recolhimento da matéria prima, como a gente processa essa matéria prima, como que a gente fábrica, como o consumidor utiliza e como a gente recolhe esse pneu. Todo o processo, para nós, tem que ser verde. O pneu pode ser eficiente por gastar menos água para produzir, que gaste menos componentes, que tenha menos descarte de material. Tudo isso contribui para que o pneu seja verde.</p>

<p style="text-align: justify;">E, para o futuro, estamos nestas novas plataformas de pneus de carros elétricos. Nosso objetivo é, sempre, minimizar o esforço do veículo para andar com o produto mas, ao mesmo tempo, nunca abrir mão da segurança. O pneu vai continuar sendo um item de segurança. Então você tem que ter muito critério para conseguir novas tecnologias, novos desenvolvimentos, mantendo a segurança.</p>

<p style="text-align: justify;">E o nosso ponto para o futuro sempre é a mobilidade. A gente vê cada vez mais crescendo no mercado consumidores utilizando pneus run flat, onde mesmo que o pneu fure você tem uma mobilidade maior. Nossos pneus run flat estão na terceira geração, que são muito mais leves que os primeiros. O desenvolvimento é muito maior. Nosso foco sempre é encontrar alternativas e novidades de matérias primas para que a gente consiga fazer produtos inovadores, garantindo mobilidade ao consumidor.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Como é hoje a plataforma de motorsport da Goodyear?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Nossa principal categoria hoje é a NASCAR, no mercado americano. Mas nós temos programas de competição na Europa e em todos os países em que a gente atua. E vamos continuar com estas plataformas, porque não só para pneus de pista, nós temos pneus para competição fora estrada, de Rally. Temos uma linha completa e vencedora de pneus de arrancada, também nos EUA, onde você tem uma transferência de potência imediata. É um laboratório importante para tração e desenvolvimento.</p>

<p style="text-align: justify;">O grande desafio da Goodyear é a gente fazer com que nossos produtos atendam cada mercado de forma específica. Mas não perdendo o nosso fundamento em relação aos produtos. Precisamos ter essa uniformidade de produtos, temos tecnologias que podem ser compartilhadas em diversos países, mas, ao mesmo tempo, a gente tem um monte de aprendizado de cada país que a gente tem que juntar essas duas e fazer um produto certo. Não existe um produto que vai atender a todos. Se a gente não administrar essa complexidade do parque veicular nacional, acabaremos nos atrapalhando e nos perdendo. Nosso desafio para a América Latina é como fazer com que os produtos da América Latina sejam eficientes para os mercados e para o parque veicular de cada um. Hoje, a vida útil de um automóvel dentro de uma montadora é muito menor do que era dez anos atrás. Os produtos são globais, então precisamos de produtos que atendam todos os mercados.</p>

<p style="text-align: justify;">O que a gente quer é atender nosso consumidor. E na NASCAR a gente quer a experiência de levar um consumidor para ver uma corrida. O consumidor que gosta de automobilismo. Literalmente, a gente vê nisso uma oportunidade de dar uma experiência para o consumidor que não poderia comprar isso. Se qualquer um de nós, hoje, quiser ir lá e comprar isso, esse produto não está à venda (diz referindo-se à experiência nos bastidores da NASCAR, que será proporcionada pela promoção “Corrida para NASCAR®”, que vai até 29 de fevereiro).</p>

<p style="text-align: justify;">E<span style="line-height: 1.6em;">le vai para lá, verá nossa estrutura da NASCAR, estará em contato com a principal categoria de turismo do mundo, com marcas que ele associa. Ele vai ver um show de organização como um evento em si, não só pela Sprint Cup, mas por as outras categorias. O cliente vai estar lá o final de semana inteiro e vai conhecer um pouco o desenvolvimento da categoria, para a gente apresentar nossa estrutura. Ele vai ser recebido pelos nossos organizadores.</span></p>

<p style="text-align: justify;">Ele está indo para essa corrida para ver muito mais do que uma corrida. Queremos ver o desenvolvimento técnico de nossos produtos e a experiência que a competição pode trazer para o consumidor final. Então teremos três contemplados que vão para lá acompanhar a corrida conosco e vão estar no final de semana inteiro, com dois dias de automobilismo na veia, pra poder falar ‘viemos aqui e valeu a pena’.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>R: Será na primeira etapa?</strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>VS:</strong> Não. A etapa ainda não está definida, pois a promoção começou agora no final do ano passado. A gente quer que, no final de semana que o ganhador for, vai ser uma corrida bacana, impactante. Não vamos perder jamais essa oportunidade e a NASCAR nos dá essa facilidade, pois são muitas corridas.</p>

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