O fã mais atento da Fórmula 1 já reparou: o número de bandeiras vermelhas nos Grandes Prêmios da categoria aumentou exponencialmente nos últimos anos. O ápice se deu no último final de semana, quando o Grande Prêmio da Austrália, disputado mais uma vez no circuito de Albert Park, em Melbourne, contou com três interrupções, um recorde na categoria.
Para colocar isso em números, comparamos as últimas décadas em dois períodos: entre 1997 e 2018, anos em que Charlie Whiting foi o diretor de provas da F1, e de 2019 até o presente momento. E o aumento na média de bandeiras vermelhas é gigante: nos tempos de Whiting, a média de paralisações foi de 0,06, enquanto de 2019 em diante, a média subiu para 0,2. Ou seja, a cada cinco GPs, um é interrompido.
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Whiting esteve na direção de provas da F1 durante 400 GPs, e acionou a bandeira vermelha 24 vezes. Foram 15 vezes por detritos após acidentes, cinco por chuva, três por acidentes na chuva e uma por “outros motivos”. De 2019 em diante, foram disputadas 85 corridas até o momento, com 17 interrupções: 15 por acidentes e detritos, uma por chuva e uma por acidente na chuva.
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Tal mudança não se dá apenas por conta da mudança de direção de prova, mas também passa pela troca de proprietário da F1. Os americanos do Liberty Media buscam aumentar o show e a competitividade nos GPs, e bandeiras vermelhas fazem com que o pelotão se junte. Nas últimas temporadas, as relargadas nesta situação passaram a ser paradas, como nos inícios de corrida.
A F1 volta a correr no próximo dia 30 de abril, com a disputa do Grande Prêmio do Azerbaijão, corrida marcada para o Circuito Internacional de Baku.
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