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Fórmula 1
F1: Nelsinho Piquet revela bastidores do GP de Singapura de 2008

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  • Publicado: 12/04/2023
  • Atualizado: 12/04/2023 às 10:44
  • Por: Leonardo Marson

Um dos personagens do polêmico Grande Prêmio de Singapura de F1 em 2008 é Nelsinho Piquet. O piloto bateu de propósito sua Renault para causar uma entrada do Safety Car que favoreceu Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, que venceu a prova em Marina Bay. Naquele dia, Felipe Massa fez uma parada de box desastrada durante a neutralização que lhe custou pontos importantes que ajudaram na perda do título mundial para Lewis Hamilton. 15 anos depois, Piquet voltou a falar sobre o assunto.

Nelsinho Piquet
Foto: reprodução/FOM

Há algumas semanas, o tema veio à tona novamente após Bernie Ecclestone admitir que sabia da situação que causou o incidente ainda em 2008. O caso foi revelado apenas em 2009 pelo jornalista Reginaldo Leme, então comentarista das corridas da Fórmula 1 na TV Globo. A manifestação do ex-chefe da categoria fez com que Felipe Massa passasse a buscar meios legais de anular o resultado daquela corrida. Nelsinho Piquet, então, resolveu falar sobre o assunto em seu podcast, o “Pelas Pistas”.

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De acordo com o atual piloto da Stock Car, houve pressão psicológica de Flavio Briatore, então presidente da equipe Renault, e Pat Symonds, diretor de engenharia da equipe, para que ele participasse do complô. Segundo Piquet, a chegada de Fernando Alonso ao time, apenas um ano depois de uma temporada na McLaren, fizeram com que as atenções do time se voltassem ao espanhol, que havia conquistado o bicampeonato mundial pelo time.

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“Em 2007, os dois pilotos da equipe (Renault) eram Kovalainen e Fisichella, um piloto novato e um piloto que estava no final da carreira dele, mas que queria continuar tendo resultados, então ele queria treinar. Foi o ano em que os treinos diminuíram 80%, então não sobram muitos treinos para mim. Para tornar minha situação mais difícil um pouquinho, o Alonso teve o atrito dele na McLaren em 2007 com o Hamilton e aí, em 2008, quando eu fui para o carro, eles trocaram”, disse Piquet.

“Ia ser eu e o Kovalainen, mas botaram ele no lugar do Alonso na McLaren e o Alonso veio andar comigo. O Alonso, se ele anda hoje em dia, imagina 15 anos atrás? Ele estava com a faca nos dentes, tinha acabado de ser duas vezes campeão do mundo e voltou querendo abraçar o mundo e chacoalhar, né? E eu era um piloto novato, não tinha treinado, e não sabia exatamente o que eu iria enfrentar”, seguiu Nelsinho.

“A única pessoa mais próxima de mim era o meu treinador, o Gabrielli, que até hoje é meu amigo, família praticamente, que era a única pessoa que eu podia conversar e tentar amenizar as grosserias do Flavio. A pressão do Flavio era muito grande para cima de mim. Até que chegou naquele final de semana e resumindo a história, me colocaram psicologicamente contra a parede e eu não tive como, sabe?”, explicou o brasileiro.

“Por mais que tenha sido traumatizante e ainda é – muita gente não entende, julga – eu não fiz isso para afetar uma pessoa diretamente, foi uma ordem da equipe para ajudar alguém dentro da nossa equipe, não foi para atrapalhar o Felipe. A gente não sabe o que iria acontecer, entendeu? O Felipe poderia muito bem ter vencido aquela corrida se não tivesse dado errado no pit stop”, completou Piquet.

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