Card image
Competições
Especial: Rosberg e o clube dos 200 GPs

9 Minutos de leitura

  • Publicado: 20/09/2016
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:55
  • Por: Racing

<p><img alt="Alemão é o 16º piloto na história a alcançar 200 largadas na Fórmula 1" src="/wp-content/uploads/uploads/nico_200_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Aos 31 anos, Nico Erik Rosberg conseguiu um feito louvável na Fórmula 1. No último dia 18, em Cingapura, o alemão da Mercedes atingiu a marca de 200 largadas em 11 temporadas na categoria. Para se ter uma ideia, em 67 anos de competição, Rosberg é apenas o 16º participante a atingir essa marca. Três deles são brasileiros: Nelson Piquet, Rubens Barrichello e Felipe Massa.</p>

<p>Mais que o ingresso nesse "clube bicentenário", contudo, Nico conquistou algo ainda mais restrito: celebrar o feito com vitória. Além dele, somenteMichael Schumacher, Jenson Button e Fernando Alonso conseguiram triunfar em sua corrida oficial de número 200. </p>

<p>É preciso ressaltar um detalhe: essa estatística é uma das mais controversas entre existentes na Fórmula 1! Há estatísticos que contabilizem, por exemplo, como prova disputada o simples fato de um piloto colocar seu carro no grid para a volta de apresentação; outros alegam que, para considerar uma prova disputada, é preciso que o piloto, ao menos, largue.</p>

<p>A grande prova dessa ambiguidade encontra-se justamente na atual dupla da McLaren. E o ponto da discórdia é o Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2005. Na famigerada “corrida dos seis carros”, 14 carros com pneus Michelin recolheram aos boxes após a volta de apresentação. Oficialmente, não abriram a primeira volta. E se Button não conta essa prova em seu currículo, Alonso, conta.</p>

<p>O espanhol, à época na Ferrari, celebrou a marca no Grande Prêmio da Malásia de 2013, de fato, sua 199ª corrida. Na ocasião, o bicampeão abandonou depois de batida com Sebastian Vettel. Se não tivesse levado em conta a prova de Indianápolis, em 2005, teria comemorado a marca no ponto mais alto do pódio, na China.</p>

<p>Já Jenson Button chegou a 200 provas na F1 com vitória na Hungria, em 2011.</p>

<p>Nesta matéria especial, <span style="color:#B22222;"><strong>RACING Online</strong></span> conta um pouco sobre a largada de número 200 dos colegas de Rosberg nesse clube.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Riccardo Patrese (15/7/1990 – Grande Prêmio da Inglaterra, Silverstone)" src="/wp-content/uploads/uploads/patrese_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Primeiro piloto a alcançar a marca de 200 largadas, o italiano da Williams-Renault até ganhou um bolo para celebrar a conquista. Em pista, contudo, sua vida não foi doce naquele fim de semana. Apenas sétimo no grid, três posições atrás do companheiro no time de Frank Williams, o belga Thierry Boutsen, abandonou na volta 26, por problema mecânico. Boutsen foi o segundo, atrás apenas de Alain Prost, da Ferrari.</p>

<p>Alheio ao rendimento ruim em Silverstone, Patrese se tornou um símbolo de longevidade na F1. O recorde de largadas da categoria pertenceu a ele por nada menos que 20 anos – foi tomado por Rubens Barrichello, em 2008.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Nelson Piquet (8/9/1991 – Grande Prêmio da Itália, Monza)" src="/wp-content/uploads/uploads/piquet_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>A Benetton vivia dias agitados naquele fim de semana em Monza! Além da comemoração ao 200º GP de Piquet, o time acabara de contratar um tal de Michael Schumacher, destaque na corrida anterior, na Bélgica, pela Jordan. E o alemão confirmou a boa fama: chegou na quinta posição, imediatamente à frente de Nelson. Nos treinos, Michael também levou a melhor: foi 0s255 mais veloz que o brasileiro.</p>

<p>Se no vocabulário futebolístico poderíamos afirmar que o futuro heptacampeão carimbou a faixa de Piquet, por outro lado, seria tolice não levar em conta a trajetória brilhante que levou o brasileiro a ser o primeiro campeão no “grupo dos 200” da Fórmula 1.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Andrea de Cesaris (12/6/1994 – Grande Prêmio do Canadá, Montreal)" src="/wp-content/uploads/uploads/de_cesaris_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Dos 16 pilotos com 200 GPs, Andrea é o único que não conseguiu vencer na F1. Mas nada o impediu de fazer uma festa no box da Sauber e ganhar uma inscrição comemorativa nas laterais do carro, com direito a um “In boca al lupo!”, expressão italiana que significa “boa sorte!”.</p>

<p>De Cesaris se classificou em 14º lugar, 0s717 mais lento que o companheiro na equipe suíça, Heinz-Harald Frentzen. Na corrida, abandonou na 25ª volta, por problemas de pressão de óleo.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Gerhard Berger (27/4/1997 – Grande Prêmio de San Marino, Ímola)" src="/wp-content/uploads/uploads/berger_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Assim como Patrese, Berger sofreu com a “maldição do GP 200”.</p>

<p>Foi um fim de semana para esquecer! Em um começo de ano complicado à Benetton em classificações, arrematou apenas o 11º no grid. Ao menos, largou três posições à frente do companheiro, Jean Alesi. Na quarta volta, porém, todas as esperanças de recuperação se foram ao rodar sozinho. Preso à caixa de brita, abandonou.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Jean Alesi (30/9/2001 – Grande Prêmio dos Estados Unidos, Indianápolis)" src="/wp-content/uploads/uploads/alesi_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Em seu penúltimo GP na F1, Alesi fez bem a lição de casa. A bordo de um Jordan-Honda, conquistou o nono lugar no grid, apenas 0s002 atrás do companheiro de equipe, o italiano Jarno Trulli. Na corrida, ficou à porta da zona dos pontos, ao chegar em sétimo. À época, apenas os seis primeiros colocados das corridas eram bonificados.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Michael Schumacher (30/5/2004 – GP da Europa, Nürburgring)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/schumacher_200_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Talvez nem o mais fanático fã de Schumacher pudesse esperar um cenário mais positivo à 200ª largada do alemão na F1: em seu país, com direito a pole position, volta mais rápida de corrida e vitória – com 53 das 60 voltas percorridas na liderança.</p>

<p>Essa foi o 202º fim de semana com participação de Schumacher na categoria. Contudo, em duas ocasiões, ele não largou. A primeira foi no GP da França de 1996, quando o motor de seu Ferrari abriu o bico ainda na volta de apresentação. Já o segundo justamente o GP da Inglaterra de 1999, quando fraturou a perna direita após o pior acidente em suas 19 temporadas no certame, ainda na primeira volta. A corrida foi reiniciada com todas as 60 voltas pré-determinadas e Michael, por questões lógicas, não participou.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Rubens Barrichello (8/5/2005 – Grande Prêmio da Espanha, Barcelona)" src="/wp-content/uploads/uploads/barrichello_05_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Algumas fontes, como o renomado <a href="http://statsf1.com" target="_blank"><span style="color:#FF0000;"><strong>site de estatísticas da categoria F1 Stats</strong></span></a> alegam que a marca foi atingida duas semanas antes de Barcelona, em Ímola. Contudo, estes contabilizam Barrichello como participante no GP da Bélgica de 1998, aquele marcado pelos acidente na largada envolveu mais da metade do grid. Detalhe é que o brasileiro, um dos envolvidos, não participou da segunda largada, que contou com a programação integral de voltas (44). <a href="http://www.formula1.com/en/results.html/1998/races/683/belgium/race-result.html" target="_blank"><span style="color:#FF0000;"><strong>No resultado oficial da prova disponível no site da Fórmula 1</strong></span></a>, Rubens Barrichello e outros três pilotos sequer constam na lista de participantes.</p>

<p>Sendo assim, sua largada 200 aconteceu na Espanha. E sem motivos para celebrar: foi apenas nono colocado. À época, já estava bem claro que a Ferrari não forneceria a Rubinho e a Michael Schumacher um carro à altura dos cinco anos anteriores.</p>

<p> </p>

<p><img alt="David Coulthard (28/5/2006 – Grande Prêmio de Mônaco, Monte Carlo)" src="/wp-content/uploads/uploads/coulthard1_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Se no sábado ele vestiu macacão em alusão ao filme "Superman: O Retorno" como ação promocional, no domingo, teve dia de herói. Partindo da sétima posição do grid, Coulthard fez uma corrida sem sobressaltos com seu Red Bull-Ferrari e terminou em terceiro lugar. Foi o primeiro pódio da equipe austríaca na Fórmula 1, que disputava apenas sua segunda temporada.</p>

<p>E DC fez questão de ir ao pódio com a capa do super-herói das telonas.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Giancarlo Fisichella (25/5/2008 – Grande Prêmio de Mônaco, Monte Carlo)" src="/wp-content/uploads/uploads/fisichella_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Mais um piloto a ingressar no "clube dos 200" em Mônaco, Fisico pouco poderia fazer: se à época o motor Ferrari até empurrava bem os carros da Force India em circuitos de alta, nos travados, como Mônaco, a situação era das menos promissoras. </p>

<p>E, de fato, foi um fim de semana para se lamentar. Além de se classificar na 20ª e última posição – a 0s598 do penúltimo colocado, o companheiro de equipe Adrian Sutil, o italiano abandonou na 36ª volta, por problemas na transmissão.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Jarno Trulli (29/3/2009 – Grande Prêmio da Austrália, Melbourne)" src="/wp-content/uploads/uploads/trulli_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Diferente de seus compatriota De Cesaris e Fisichella, Jarno Trulli se deu muito bem e conquistou um pódio na prova 200. Contudo, o italiano teve de brigar – e muito – pelo resultado.</p>

<p>Oitavo colocado na classificação, o piloto da Toyota teve cinco segundos acrescidos à sua melhor volta por conta da troca da caixa de transmissão, caindo para o 20º e último posto. Em uma incrível recuperação, terminou em terceiro. Chegou a subir ao pódio e receber troféu, mas, logo depois, a McLaren entrou com recurso no qual alegava que Trulli ultrapassou Hamilton sob bandeira amarela. E a acusação foi aceita pela direção de prova.</p>

<p>A Toyota apelou à FIA para recuperar a posição e o julgamento do recurso se arrastou por uma semana, com veredito favorável a Jarno e ao time japonês.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Jenson Button (31/7/2011, Grande Prêmio da Hungria, Hungaroring)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/button1_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Button tornou-se o segundo piloto a ingressar no clube dos bicentenários com vitória. Em uma prova realizada sob chuva, os carros da McLaren mostraram grande superioridade e, a partir da volta 29, Jenson e seu companheiro, Lewis Hamilton, se alternavam na liderança. </p>

<p>Pouco mais de 20 antes da quadriculada, sob garoa e pista úmida, Button decifrou melhor o cenário e, na estratégia, ficou com a primeira posição; Hamilton, que apostou em compostos intermediários, terminou apenas em quarto lugar.</p>

<p>Curiosamente, essa prova também foi palco da 100ª participação de Nico Rosberg na categoria.</p>

<p> </p>

<p> </p>

<p><img alt="Fernando Alonso (14/4/2013 – Grande Prêmio da China, Xangai)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/alonso_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Alonso celebrou a marca durante o GP da Malásia, com direito a placa comemorativa, champanhe, além de abraços e apertos de mãos por conta dos colegas de Ferrari. Contudo, de fato, a 200ª largada oficial do espanhol aconteceu três semanas depois, na China.</p>

<p>Na etapa em Xangai, Fernando, terceiro no grid, deixou Lewis Hamilton (Mercedes) e Kimi Räikkönen (Lotus-Renault) para trás. E venceu! Cenário bem diferente ao ocorrido em Sepang, quando abandonou no início da segunda volta, preso à brita, por conta do aerofólio dianteiro avariado em acidente pouco depois da largada, com Sebastian Vettel.</p>

<p>Será que o asturiano topa uma revisão em suas contas de corridas disputadas?</p>

<p> </p>

<p><img alt="Mark Webber (21/4/2013 – Grande Prêmio do Bahrein, Sakhir)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/webber1_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Apenas uma corrida após Alonso, foi a vez de Mark Webber atingir a marca. Contudo, essa não representou um "boost" a Webber em pista. Definitivamente. O australiano marcou o quinto melhor tempo da classificação, perdeu três por conta de uma punição referente a um acidente com Jean-Éric Vergne, na corrida anterior, mas recuperou um posto, de Lewis Hamilton, por troca a caixa de transmissão de seu Mercedes.</p>

<p>Portanto, Mark largou em sétimo, mesma posição de chegada, 37s244 atrás do companheiro de Red Bull, o alemão Sebastian Vettel, vencedor da corrida.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Kimi Räikkönen (8/6/2014, Grande Prêmio do Canadá, Montreal)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/raikkonen1_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Räikkönen alcançou 200 largadas na Fórmula 1 com uma participação bastante discreta. No treino classificatório, conquistou a décima posição no grid, com o tempo de 1m16s214. Exatamente 0s4 mais veloz, o companheiro de Ferrari, Fernando Alonso largou em sétimo. Na corrida, Kimi andou grande parte do tempo em posições intermediárias. Terminou na mesma posição da partida: décimo. Desta vez, quatro atrás de Alonso.</p>

<p> </p>

<p><img alt="Felipe Massa (6/7/2014 – Grande Prêmio da Inglaterra, Silverstone)" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/massa4_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Não fosse pela marca histórica, esse certamente seria um fim de semana a ser esquecido na carreira do brasileiro. Na sexta-feira, durante o primeiro treino, bateu forte na curva Stowe. No sábado, sem um carro competitivo, fez apenas o 18º melhor tempo, imediatamente atrás do companheiro de time, o finlandês Valtteri Bottas.</p>

<p>Já no domingo, logo na primeira volta, bateu em uma das rodas que se soltaram da Ferrari de Kimi Räikkönen, que acertara uma tremenda pancada no guard-rail da reta Wellington. Ambos os pilotos abandonaram.</p>

<p>O único fato positivo no fim de semana foi a festa em celebração ao seu 200º GP, no sábado. Entre os convidados, dois de seus companheiros nos tempos de Ferrari: Räikkönen e Fernando Alonso.  </p>

<p> </p>

<p><a href="http://www.motorpress.com.br/racing/formula-1/f1-formula-1/rosberg-vence-em-cingapura-e-toma-lideranca-da-f1/" target="_blank"><span style="color:#FF0000;"><strong>Confira aqui uma cobertura completa do GP que marcou a 200ª largada de Nico Rosberg na F1</strong></span></a>.</p>

Deixe seu Comentário

Comentários