<p><img alt="Vencedor na Áustria, Hamilton superou barreira dos 2.000 pontos na F-1" src="/wp-content/uploads/uploads/hamilton4_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">Lewis Hamilton saiu de Spielberg, palco da nona etapa da temporada 2016 de Fórmula 1, realizada domingo passado (3), com dois motivos para comemorar. O primeiro, claro, a vitória obtida após dramática ultrapassagem na última volta sobre seu companheiro de Mercedes, o alemão Nico Rosberg. Já o segundo refere-se a uma estatística: o inglês tornou-se o primeiro piloto da história da F-1 a superar a marca dos 2.000 pontos. Com os 25 pontos referentes ao triunfo na Áustria, Hamilton, que disputa a décima temporada na categoria, atingiu 2.009 pontos. </span></p>
<p>Longe de qualquer desmerecimento à marca obtida por Hamilton, fato é que, quando o assunto é pontuação, trata-se da estatística mais controversa da Fórmula 1. Em 67 campeonatos, a Fórmula 1 já passou por sete mudanças no regulamento que distribui pontos durante os Grandes Prêmios. A última delas, em 2010, foi a mais incisiva. Nesse ano, as oito primeiras posições dos GPs saltaram, pela ordem, de dez, oito, seis, cinco, quatro, três, dois e um pontos para 25, 18, 15, 12, dez, oito, seis e quatro pontos. Nono e décimo colocados foram incluídos na zona de bonificação, respectivamente com dois e um pontos.</p>
<p>De 2009 a 2010, somente a vitória foi valorizada em 150%. Para se ter uma ideia, entre 1950 e 1991, o primeiro lugar saltou de oito a dez pontos, ou seja, aumento de apenas 25%.</p>
<p>Não à toa, sete dos oito maiores pontuadores da Fórmula 1 em todos os tempos estão em atividade: Hamilton (2.009), Vettel (1.992), Fernando Alonso (1.796), Nico Rosberg (1.362,5), Kimi Räikkönen (1.270), Jenson Button (1.227) e Felipe Massa (1.109). O único "intruso" é o heptacampeão Michael Schumacher, quarto colocado, com 1.566 pontos.</p>
<p><img alt="Hamilton, Vettel e Alonso: três maiores pontuadores da história da F-1" src="/wp-content/uploads/uploads/hamilton-vettel-alonso_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
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<p><strong>Ordem na casa</strong></p>
<p>A cada mudança de regulamento é muito comum ver veículos que cobrem automobilismo publicar como seria a classificação de campeonatos passados sob as novas regras. Em alguns casos, até títulos mudariam de mãos. Porém, um dos trabalhos mais consistentes em "reestruturação" da estatística de pontos na Fórmula 1 é o feito pelo consultor digital holandês Mark Wessel.</p>
<p>Para colocar “ordem na casa”, Wessel desenvolveu a partir de 2012 uma minuciosa pesquisa na qual mostra como seria a classificação geral de pontos caso o atual regulamento de bonificação vigorasse desde o primeiro campeonato, realizado em 1950. O resultado deste trabalho está no site comandado pelo holandês, o <strong><a href="http://formula1.markwessel.com/alltime" target="_blank">Formula 1 Points Real Comparation</a></strong>.</p>
<p>“Alguns anos atrás eu queria entender quem realmente estava no topo dessa estatística, mas não consegui um comparativo desses na Internet, então decidi desenvolver essa pesquisa”, conta Mark para <span style="color:#B22222;"><strong>RACING ONLINE</strong></span>. “Pode-se discutir se é justo comparar piloto de épocas diferentes, mas essa estatística é provavelmente o mais próximo que podemos obter”.</p>
<p>O site, que oferece uma série de análises sobre o tema, é atualizado após cada Grande Prêmio de Fórmula 1.</p>
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<p><strong>Mas quem lidera?</strong></p>
<p>De acordo com o <a href="http://formula1.markwessel.com/alltime" target="_blank"><strong>F1 Points Real Comparation</strong></a>, o maior pontuador de todos os tempos na categoria é o heptacampeão Michael Schumacher. Com o atual regulamento de pontos aplicado às 19 temporadas em que o alemão correu pela Fórmula 1, Schumi teria impressionantes 3.890 pontos, nada menos que 148% de acréscimo aos seus 1.566 pontos originais.</p>
<p>Schumacher, que foi o recordista nesse quesito entre 2001 e 2013, é um dos maiores prejudicados pelo regulamento de pontos iniciado em 2010. Isso porque o alemão cumpriu 84% de sua carreira antes desse ano, quando, por exemplo, uma vitória não valia 25, mas sim apenas dez pontos.</p>
<p><img alt="Sob regulamento atual, Schumi seria recordista absoluto de pontos" src="/wp-content/uploads/uploads/schumi_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>Outros dois pilotos que cresceriam consideravelmente segundo a tabela de Wessel são o espanhol Fernando Alonso e o francês Alain Prost.</p>
<p>O atual piloto da McLaren saltaria de 1.796 para 2.637, aumento de quase 46,9%. Seria o segundo na estatística, seguido por Prost. O tetracampeão, originalmente dono de 798,5 pontos, chegaria a 2.464,5 – assombroso ganho de 208,6%.</p>
<p>Vale lembrar que o vencedor era agraciado com somente nove pontos em dez das 13 temporadas nas quais o adversário de Ayrton Senna esteve na Fórmula 1.</p>
<p><img alt="Segundo Wessel, Prost é o terceiro piloto com mais pontos na F-1" src="/wp-content/uploads/uploads/prost_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p><strong>Controvérsia dos GPs e o recorde de Fangio</strong></p>
<p>Logicamente, os levantamentos de Mark Wessel conferem maior justiça à estatística de pontuação na Fórmula 1. Porém estão distantes de colocar ponto final na subjetiva de discussão sobre “Quem foi o melhor piloto de todos os tempos”. Primeiro, porque é extremamente complicado comparar pilotos de épocas, regulamentos e equipamentos distintos. Segundo, a quantidade de corridas por ano variou muito ao longo destes 67 anos de Fórmula 1.</p>
<p>Se neste ano a categoria terá o recorde de 21 provas, há 60 anos, por exemplo, o calendário era composto por apenas oito corridas. Atualmente, sete dos 22 pilotos do grid já disputaram mais de 150 Grandes Prêmios. Nos anos 1970, só um piloto superou essa marca: o inglês Graham Hill, com 175 largadas.</p>
<p>Diante dessa constatação, o maior ícone de eficiência nas pistas é o argentino Juan Manuel Fangio. O pentacampeão, que construiu sua carreira nos anos 50, é “apenas” o 36º no ranking de Wessel, com 806 pontos – e 32º no ranking original. Contudo, é preciso ressaltar um detalhe: o Maestro disputou somente 51 provas de Fórmula 1. Com a espetacular média de 15,8 pontos por corrida, trata-se do recordista nesse quesito. Bem à frente de nomes como Michael Schumacher (12,67), Alain Prost (12,38), Ayrton Senna (11,55).</p>
<p><img alt="Fangio: média superior a 15 pontos por Grande Prêmio" src="/wp-content/uploads/uploads/fangio_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
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<p><strong>E os brasileiros?</strong></p>
<p>Para os pilotos do País, o ranking desenvolvido por Mark Wessel causaria mudanças consideráveis. Atual recordista nacional de pontos, com 1.109, Felipe Massa cairia à quarta posição. O novo líder seria Rubens Barrichello. Com 1.892 pontos, ocuparia o sétimo posto no ranking geral. Imediatamente atrás viria Ayrton Senna, com 1.860,5 pontos.</p>
<p>Na média de pontos por corrida, Senna sobraria na liderança nacional, com 11,55 pontos. O tricampeão seria seguido por Nelson Piquet (8,19), Emerson Fittipaldi (6,89), Massa (6,82) e Barrichello (5,85).</p>
<p>De acordo com o ranking de Wessel, o Brasil teria quatro pilotos entre os 12 principais pontuadores. E 26 dos 31 representantes nacionais teriam somado pontos. Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro, Raul Boesel, Ricardo Rosset, Tarso Marques, Enrique Bernoldi e Luciano Burti, que não conquistaram pontos durante suas passagens pelo certame, estariam no rol de pontuadores da categoria.</p>
<p><img alt="Segundo levantamento, os cinco brasileiros de 2001 teriam pontos na F-1" src="/wp-content/uploads/uploads/brasileiro_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
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<p><strong>OS 25 MAIORES PONTUADORES, SEGUNDO O RANKING DE WESSEL</strong></p>
<p><strong>(Em negrito, brasileiros)</strong></p>
<p><em>(Em itálico, pilotos em atividade)</em></p>
<p>1º Michael Schumacher (ALE), 3.890 pontos</p>
<p><em>2º Fernando Alonso (ESP), 2.637</em></p>
<p>3º Alain Prost (FRA), 2.464,5</p>
<p><em>4º Lewis Hamilton (ING), 2.359</em></p>
<p><em>5º Kimi Räikkönen (FIN), 2.188</em></p>
<p><em>6º Sebastian Vettel (ALE), 2.178</em></p>
<p><strong>7º Rubens Barrichello (BRA), 1.892</strong></p>
<p><strong>8º Ayrton Senna (BRA), 1.860,5</strong></p>
<p><em>9º Jenson Button (ING), 1.828,5</em></p>
<p>10º David Coulthard (ESC), 1.720</p>
<p><strong>11º Nelson Piquet (BRA), 1.672</strong></p>
<p><em><strong>12º Felipe Massa (BRA), 1.624</strong></em></p>
<p><em>13º Nico Rosberg (ALE), 1.505</em></p>
<p>14º Nigel Mansell (ING), 1.500</p>
<p>15º Gerhard Berger (AUT), 1.409,5</p>
<p>16º Mika Häkkinen (FIN), 1.382</p>
<p>17º Mark Webber (AUS), 1.358</p>
<p>18º Niki Lauda (AUT), 1.338</p>
<p>19º Carlos Reutemann (ARG), 1.123,5</p>
<p>20º Jackie Stewart (ESC), 1.109</p>
<p>21º Riccardo Patrese (ITA), 1.105</p>
<p>22º Ralf Schumacher (ALE), 1.095</p>
<p>23º Damon Hill (ING), 1.091</p>
<p>24º Graham Hill (ING), 1.043</p>
<p>25º Jean Alesi (FRA), 1.033</p>
<p> </p>
<p><strong>DEMAIS PILOTOS EM ATIVIDADE:</strong></p>
<p><em>62º Daniel Ricciardo (AUS), 436 pontos</em></p>
<p><em>73º Valtteri Bottas (FIN), 365</em></p>
<p><em>82º Romain Grosjean (FRA), 315</em></p>
<p><em>83º Nico Hülkenberg (ALE), 302</em></p>
<p><em>84º Sergio Pérez (MEX), 299</em></p>
<p><em>123º Daniil Kvyat (RUS), 125</em></p>
<p><em>127º Max Verstappen (HOL), 121</em></p>
<p><em>171º Kevin Magnussen (DIN), 61</em></p>
<p><em>208º Carlos Sainz Jr. (ESP), 40</em></p>
<p><strong><em>257º Felipe Nasr (BRA), 27</em></strong></p>
<p><em>345º Marcus Ericsson (SUE), 9</em></p>
<p><em>371º Esteban Gutierrez (MEX), 6</em></p>
<p><em>449º Pascal Wehrlein (ALE) e Stoffel Vandoorne (BEL), 1</em></p>
<p> </p>
<p><strong><span style="line-height: 1.6em;">DEMAIS BRASILEIROS:</span></strong></p>
<p><strong><span style="line-height: 1.6em;">26º Emerson Fittipaldi, 993 pontos</span></strong></p>
<p><strong>90º José Carlos Pace, 257</strong></p>
<p><strong>124º Pedro Paulo Diniz, 124</strong></p>
<p><strong>129º Maurício Gugelmin, 120</strong></p>
<p><strong>137º Christian Fittipaldi, 100</strong></p>
<p><strong>152º Roberto Moreno, 81</strong></p>
<p><strong>188º Nelsinho Piquet, 50</strong></p>
<p><strong>190º Ricardo Zonta, 49</strong></p>
<p><strong>197º Cristiano da Matta, 45</strong></p>
<p><strong>214º Wilson Fittipaldi Jr., 38</strong></p>
<p><strong>227º Bruno Senna, 33</strong></p>
<p><strong>235º Chico Serra, 32</strong></p>
<p><strong>247º Antônio Pizzonia, 29</strong></p>
<p><strong>282º Hermano da Silva-Ramos, 18</strong></p>
<p><strong>295º Raul Boesel, 16</strong></p>
<p><strong>315º Ricardo Rosset, 12</strong></p>
<p><strong>325º Chico Landi, 11</strong></p>
<p><strong>329º Luciano Burti, 10</strong></p>
<p><strong>349º Alex Dias Ribeiro, 8</strong></p>
<p><strong>374º Enrique Bernoldi, 7</strong></p>
<p><strong>371º Ingo Hoffmann, 6</strong></p>
<p><strong>397º Tarso Marques, 5</strong></p>
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