A invasão do exército russo à Ucrânia, iniciada na madrugada desta quinta-feira (24), começa a trazer consequências ao ambiente da Fórmula 1. Nesta manhã, Sebastian Vettel disse a jornalistas presentes ao Circuito de Barcelona, onde são realizados os testes de pré-temporada da categoria, que não correrá o Grande Prêmio da Rússia, marcado para o circuito de Sochi para o mês de setembro, caso a corrida seja mantida no calendário.
A categoria mais importante do automobilismo mundial realiza corridas na Rússia desde 2014, e revelou ainda no início desta manhã que “observa de perto os desdobramentos, e que continuará a fazer isso”. Há a possibilidade de um cancelamento da visita da Fórmula 1 ao circuito do Parque Olímpico de Sochi, incluindo rumores de uma possível troca pelo Istanbul Park, na Turquia.
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Jornalistas presentes à Montmeló questionaram Nikita Mazepin, piloto russo que defende a Haas, sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. O atleta disse, ainda na quarta-feira, que seu foco está nos testes da F1, e não em política. “Eu sempre fui um apoiador dos esportes sem política”, disse o piloto do time americano.
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“Hoje estou em Barcelona, mal posso falar sobre minha animação por pilotar o novo carro e estar envolvido nesse desenvolvimento. Estou muito feliz por estar em Barcelona e espero que estes três dias sejam longos, pois é uma experiência agradável”, completou Mazepin.
Além da Fórmula 1, há desdobramentos também em outras grandes competições. A UEFA deverá anunciar nas próximas horas a mudança do local da decisão da Liga dos Campeões da Europa, marcada para São Petersburgo no final de maio. A entidade também adiou jogos que seriam realizados na Ucrânia pela versão sub-20 da competição.
A Premier League ucraniana, principal campeonato nacional de futebol daquele país, seria retomado nesta quinta-feira, mas está suspenso por tempo indeterminado.
Entenda o conflito
O conflito entre Rússia e Ucrânia foi iniciado em 2014, após manifestações causarem a queda do presidente eleito ucraniano Viktor Yanukovych, pró-Rússia. Pouco tempo depois, um governo interino assumiu o poder e, após novas eleições, Petro Poroshenko, líder pró-ocidente, foi eleito, mas não reconhecido pelo governo de Vladimir Putin.
Em fevereiro do mesmo ano, a Rússia lançou ofensiva e anexou a região da Crimeia e parte da região de Donbas, onde fica a cidade de Donetsk. No final de 2021, o governo russo passou a fazer movimentações com seu exército na fronteira com a Ucrânia, agora presidida por Volodymyr Zelenskyy. Nesta semana, Putin reconheceu a independência das regiões de Luhanski e Donetsk, e ordenou que tropas russas fossem aos locais para uma “missão de paz”.
Desde as primeiras horas desta quinta-feira, a Rússia bombardeia centros das forças armadas ucranianas, não apenas no leste do país, onde estão localizadas Luhanski e Donetsk, mas também em outras cidades, incluindo a capital Kiev, no centro do território ucraniano.
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