Na última semana, cresceram os rumores de que o Grande Prêmio do Brasil passaria a ser realizado no Rio de Janeiro, em um autódromo a ser construído na região de Deodoro, na capital fluminense, deixando Interlagos, em São Paulo (SP), sede da prova desde 1990. Membros do Liberty Media, porém, garantiram que a corrida continuará sendo disputada na capital paulista até 2020 para, somente aí, decidir sobre a manutenção da corrida em Interlagos ou a realização em outro local.
Em entrevista para a repórter Julianne Cerasoli, do UOL Esporte, Chase Carey, CEO da FOM, empresa responsável pelos direitos comerciais da Fórmula 1, foi taxativo quanto a realização da corrida em Interlagos até 2020, citou uma boa relação com os promotores da prova em São Paulo, mas admitiu que está em conversas com paulistanos e cariocas para que a corrida aconteça a partir de 2021.
“Temos um acordo firmado com São Paulo para 2020. Temos uma boa relação com São Paulo. Mas temos que resolver o que fazer em 2021. Estamos em negociações com ambas as cidades e apreciamos o interesse das duas cidades, já que o Brasil é um mercado importante para nós e uma parte importante de nossa história. Estamos animados para avançar nessas negociações e seguir adiante, tomar uma decisão”, disse Carey.
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A declaração do dirigente máximo da Fórmula 1 segue a mesma linha do que Sean Bratches, diretor comercial da categoria, disse no sábado para Mariana Becker, repórter da TV Globo. O dirigente ainda ressaltou que o Brasil é o país em que a principal categoria do automobilismo mundial possui a maior audiência de TV, e negou ter um contrato assinado com o Rio de Janeiro.
“Não (há contrato assinado). Nós temos um contrato com São Paulo até a temporada de 2020. Nós estamos conversando com eles sobre o futuro. Eu li a declaração do presidente e fiquei lisonjeado com isso. Certamente o Brasil é um mercado extremamente importante para a Fórmula 1. Fãs muito apaixonados. Olhando do ponto de vista da televisão, é o nosso mercado número 1. Temos uma grande história lá e queremos muito mais anos de corrida, seja em São Paulo ou no Rio”, disse Bratches.
Atualmente, o Brasil, ao lado de Mônaco, não paga a taxa para receber a Fórmula 1. De acordo com a reportagem do UOL Esporte, as outras 19 etapas do campeonato pagam um montante que varia entre 20 a 25 milhões de dólares para receber as corridas. Isso é possível para a etapa brasileira por conta do relacionamento do ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, com os promotores paulistas. A FOM pretende acabar com este benefício, e a Prefeitura de São Paulo receberá Carey em julho para seguir com as negociações.
A edição deste ano do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 será disputada entre os dias 15 e 17 de novembro, em Interlagos, e marcará a penúltima etapa da temporada.
Foto: Beto Issa
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