Imparável e cada vez mais necessário. Assim pode ser definido Lewis Hamilton, que faturou na temporada de 2020 o sétimo título mundial de Fórmula 1 e se mostrou um símbolo das causas sociais. O inglês teve um desempenho acachapante em um ano de muitas corridas concentradas em pouco tempo: venceu 11 das 16 corridas em que disputou – ficou de fora do GP de Sakhir por pegar Covid-19 – e garantiu o título na 14ª corrida do ano, na Turquia.
Hamilton até começou a temporada mal, com um quarto lugar no GP da Áustria, em prova vencida por Valtteri Bottas. Porém, o inglês precisou de apenas mais duas corridas para tomar a liderança do campeonato mundial, vencendo o GP da Estíria, também no Red Bull Ring, e da Hungria.
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O que se viu a partir do momento em que o inglês tomou a ponta do campeonato foi um atropelamento. Hamilton venceu outros nove GPs: Inglaterra, Espanha, Bélgica, Toscana, Eifel, Portugal, Emilia Romagna, Turquia e Bahrein. Mais do que isso, o dono do Mercedes número 44 só ficou fora do pódio em mais uma oportunidade, no GP da Itália.
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Prova do domínio de Hamilton é que, sozinho, o inglês fez mais pontos do que a Red Bull, equipe que terminou o Mundial de Construtores com o vice-campeonato. O heptacampeão marcou 347 pontos, mesmo tendo ficado de fora do GP de Sakhir. O time austríaco somou 319 pontos, sendo 214 de Max Verstappen e 105 de Alexander Albon.
Hamilton ainda alcançou alguns dos principais recordes da mais importante categoria do automobilismo mundial. O inglês superou Michael Schumacher no número de poles positions, alcançando 98 largadas na primeira colocação, e em vitórias, chegando a 95 triunfos na carreira, ante 91 do alemão, que venceu corridas por Benetton e Ferrari.
Além do desempenho massacrante nas corridas, Hamilton se mostrou engajado em diversas causas sociais, mas mais fortemente na luta contra o racismo. O piloto se tornou uma das personalidades mais importante do movimento “Black Lives Matter” (vidas negras importam), que ganhou força após o assassinato de George Floyd em uma ação violenta da polícia americana.
Hamilton participou de passeatas que protestavam contra o racismo e a violência policial. O piloto ainda encampou a campanha na F1, vestindo camisetas do movimento e se ajoelhando antes das corridas, em gesto feito pelo quarterback Colin Kaepernick, que atuou na NFL, principal liga do Futebol Americano. Tudo isso deu ainda mais visibilidade ao movimento e ao inglês, que se tornou um símbolo na cruzada contra o racismo.
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