A Fórmula 1 acredita que poderá começar a temporada 2020 no mês de junho, com um campeonato contando com 19 corridas. Quem afirma isso é o diretor esportivo da categoria, Ross Brawn, em entrevista à emissora de TV britânica Sky Sports, publicada na tarde dessa quarta-feira (8). As primeiras corridas acontecerão na Europa, por conta da facilidade logística, já que todas as equipes são baseadas no velho continente, e sem público.
A ideia do dirigente é começar o campeonato na França, no fim de junho, ou na Áustria, no começo de julho, e contar com etapas em semanas seguidas, duas ou três, dependendo da região onde acontecerem os Grandes Prêmios. Essa decisão também ajudaria a controlar a quantidade de pessoas envolvidas nas viagens para cada etapa da principal categoria do automobilismo mundial.
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“As viagens serão um dos maiores problemas, pois envolvem mais gente, mais contato. Na nossa visão, faz sentido começar na Europa e aí até poderiam ser GPs com portões fechados, para garantirmos que ninguém se contaminaria. Faríamos testes antes e depois, um ambiente com menos gente e todos testados. Não é uma saída ótima, mas é melhor que não correr”, disse Brawn.
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“Temos milhões que assistem de casa, muitos estão em isolamento, é importante dar algum entretenimento a essas pessoas no momento de crise que estamos vivendo, mas sem colocar ninguém em risco. A questão é que precisamos planejar tudo e aí começar e seguir o campeonato, sem parar depois”, seguiu o dirigente da Fórmula 1, explicando que só divulgarão um novo calendário quando ele for definitivo.
“Nosso campeonato é maior que a de outras categorias. Acabamos de adiar o Canadá, então achamos melhor esperar antes de ficar revisando calendário. Oito corridas é o mínimo para valer o campeonato, isso daria para alcançar começando em outubro até. Então, outubro é o limite. Mas existem outras variáveis, talvez correr até o ano que vem, muitos cenários. Mas acho que podemos ter 19 corridas se começarmos até o início de julho, talvez com três finais de semanas seguidos correndo e um de folga”, explicou.
Brawn ainda alega que algumas corridas seriam mais complicadas de serem realizadas sem público por acontecerem em circuitos de rua. Este é o caso de Singapura, por exemplo. “Algumas corridas são mais complicadas, tipo Singapura, por ser na rua, então a logística fica bem complicada”, disse Brawn.
“Mas outras são mais fáceis, até mesmo para fazer o isolamento e botar portões fechados. Temos a possibilidade de fazer finais de semana com dois dias, a China é uma possibilidade para algo assim. Vamos ver, ainda estamos analisando, mas a ideia é permitir corridas com portões fechados quando for seguro”, completou o dirigente.
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