A Stock Car anunciou nesta terça-feira (23) mudanças no calendário para a temporada deste ano. As etapas marcadas para os autódromos de Curitiba, em Pinhais (PR), e Tarumã, em Viamão (RS), tiveram suas praças alteradas. A etapa do dia 15 de setembro, marcada inicialmente para o Paraná, será disputada no Velopark, em Nova Santa Rita (RS), enquanto a rodada dupla viamonense, marcada para 10 de novembro, foi transferida para o Velo Città, em Mogi Guaçu (SP).
É o segundo ano seguido que Tarumã é colocada no calendário e substituída posteriormente. O circuito, que recebeu a primeira corrida da história da Stock Car em 1979, precisa passar por obras de melhoria que não foram feitas até o momento, e, atualmente, não possui homologação da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) para receber provas nacionais.
“A situação já existia quando definimos o calendário, mas, pelo respeito que temos por essa pista, e também por sua tradição, decidimos mantê-la na programação. Era nossa esperança de que houvesse uma solução, que não foi possível até esta data. Estamos em nossa temporada de 40 anos e posso dizer que Tarumã era a praça onde nós mais desejávamos correr em 2019, por que a Stock Car nasceu lá em 1979. É um fato lamentável”, diz Carlos Col, CEO da Vicar, promotora da Stock Car.
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No caso do Autódromo Internacional de Curitiba, a saída do calendário se dá por conta de problemas na infraestrutura da praça esportiva. A pista é particular, e os proprietários enfrentam dificuldades financeiras que se refletiram na estrutura atual do autódromo, que até poucos anos era considerado um dos mais bem equipados do País. Col também lamenta não realizar uma etapa da Stock Car naquela praça.
“Este autódromo enfrenta um desafio nos últimos anos. No aspecto logístico e estrutural, Curitiba foi durante muito tempo uma boa pista para a realização de corridas no Brasil. Mas por alguns motivos essa realidade vem mudando. Para correr lá em 2019 seria preciso um investimento muito superior ao de outras praças”, diz o promotor da Stock Car.
“Some-se a isso a questão de haver agora um fator ambiental específico, que coloca a realização de grandes eventos como o nosso em discussão. Então, até que essas e outras questões sejam solucionadas, pelo menos neste ano não podemos competir lá”, segue Col. “Pilotos, equipes e patrocinadores são fãs deste autódromo. Esta é outra decisão difícil que não gostaríamos de tomar”, completa o dirigente.
De acordo com reportagem do portal GloboEsporte.com, a questão ambiental citada por Col é uma multa de 50 mil reais aplicada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) contra os administradores do autódromo para a realização do evento.
“Estes são os reflexos negativos que nossas instituições têm trazido para o nosso cambaleante automobilismo. Custos altos e poucas alternativas para os pilotos no cenário internacional. Uma pena!”, diz Jauvenal de Oms, o Peteco, proprietário do autódromo desde sua fundação, aos jornalistas Rafael Lopes e Reginaldo Leme.
Os autódromos substitutos de Curitiba e Tarumã já receberam etapas na atual temporada da Stock Car. O Velopark sediou a corrida de número 500 da história da categoria, e viu uma vitória de Daniel Serra, piloto da Eurofarma RC. Já o Velo Città foi a casa da segunda etapa deste ano, e teve duas corridas, que foram vencidas por Thiago Camilo, da Ipiranga Racing, e Rubens Barrichello, da Full Time.
Veja como ficou o calendário da Stock Car com as alterações anunciadas nesta terça-feira:
11/08 – Campo Grande (MS)
25/08 – Interlagos, São Paulo (SP), Corrida do Milhão
15/09 – Velopark, Nova Santa Rita (RS)
20/10 – Cascavel (PR)
10/11 – Velo Città, Mogi Guaçu (SP)
24/11 – Goiânia (GO)
15/12 – Interlagos, São Paulo (SP), Superfinal
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