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RJ tem prazo curto para construir autódromo para GP em 2021

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  • Publicado: 27/06/2019
  • Atualizado: 27/06/2019 às 11:54
  • Por: Leonardo Marson

Rio de Janeiro e São Paulo negociam com a Fórmula 1 qual das cidades receberá o Grande Prêmio do Brasil a partir de 2021. A capital paulista sedia a prova desde 1990 e tem contrato com a categoria até 2020 para que a etapa seja disputada no Autódromo de Interlagos, mas o presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao lado do governador fluminense Wilson Witzel (PSC) e do prefeito carioca Marcelo Crivella (PSL) apoiam a construção de um novo autódromo no Rio de Janeiro, a ser construído em Deodoro pelo consórcio Rio Motorsports, que tem como CEO JR Pereira.

Autódromo do Rio de Janeiro
Se prazos forem respeitados, autódromo em Deodoro terá 26 meses para ser construído. (Foto: divulgação)

As obras para a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro têm previsão de início para setembro deste ano, mas ainda precisam de licensas de órgãos ambientais para que a área, onde está a Floresta do Camboatá, possa ser desmatada para, só a partir daí, o terreno receba a nova praça esportiva. Considerando que os prazos sejam respeitados, a Rio Motorsports teria 26 meses para construir a pista de corrida a tempo de receber o Grande Prêmio do Brasil em 2021, considerando que a prova brasileira seja disputada em novembro, como acontece nos últimos anos. Bolsonaro alega que o autódromo estaria pronto em 17 meses, prazo que pode ser considerado rápido, levando em conta o prazo de construção de outros autódromos que estão ou estiveram no calendário da Fórmula 1.

Considerando circuitos permanentes, os autódromos que ficaram prontos em menor tempo foram os de Xangai, que recebe o Grande Prêmio da China, e o de Yeongam, pista localizada na Coreia do Sul e que sediou três GPs da categoria máxima do esporte a motor mundial, entre 2010 e 2013. Ambas demoraram 13 meses para ficarem em condições de sediar a Fórmula 1. Mas a pista chinesa teve 3.000 funcionários trabalhando na construção, enquanto a praça sul-coreana recebeu a F1 pela primeira vez ainda inacabada.

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Sepang, circuito que deixou o calendário da Fórmula 1 no ano passado após 18 anos como sede do GP da Malásia, foi construído em 16 meses, prazo próximo ao que Bolsonaro alega ser necessário para a construção do autódromo no Rio de Janeiro. Buddh, na Índia, e Istambul, na Turquia, tiveram a construção de seus autódromos em 23 meses, e já não recebem mais a Fórmula 1, ao passo que Sakhir, no Bahrein, levou 24 meses para ficar pronto, um a menos em relação ao Circuito das Américas, nos Estados Unidos.

Presentes no atual calendário da Fórmula 1, os circuitos de Yas Marina, em Abu Dhabi, e de Sochi, na Rússia, tiveram um prazo de construção que, caso repetido na capital fluminense, inviabilizará a realização do Grande Prêmio do Brasil para 2021. O autódromo localizado nos Emirados Árabes Unidos levou 28 meses para ser finalizado, enquanto a pista que fica no parque olímpico do balneário russo foi construído em 38 meses, contando com forte apoio do presidente Vladimir Putin. Sochi recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014, mesmo ano em que a Fórmula 1 correu por lá.

Circuito que deve estrear na próxima temporada, recebendo o Grande Prêmio do Vietnã de Fórmula 1, Hanói tem previsão de construção de seu traçado em 13 meses. Porém, a pista na antiga Saygon é um traçado de rua, que requer investimentos apenas para a construção da área de boxes e melhoras no que será a reta principal.

Veja quanto tempo alguns dos autódromos que receberam a Fórmula 1 nos últimos anos levaram para serem construídos:

Xangai (China) – 13 meses
Yeongnam (Coreia do Sul) – 13 meses
Sepang (Malásia) – 16 meses
Buddh (Índia) – 23 meses
Sakhir (Bahrein) – 24 meses
Circuito das Américas (Estados Unidos) – 25 meses
Yas Marina (Abu Dhabi/Emirados Árabes Unidos) – 28 meses
Sochi (Rússia) – 38 meses

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